Ô Cride, fala pra mãe! (por Walace Cestari)

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Desde pequeno sou viciado em televisão. Depois de grandinho, aprendi também a ler alguns jornais para melhorar minha formação. Diferentemente dos loucos que não leem ou não se informam, acompanho tudo o que acontece e, assim, penso por mim mesmo. Por isso que me irrito tanto com o mundo em que vivemos, esse país controlado por essa camarilha terrorista que há tempos quis explodir o Riocentro! Enquanto os homens da Revolução mantinham a ordem e a economia, os pilantras preparavam seu golpe que só chegaria no século seguinte.

E assim cresci, vendo futebol e me cercando sempre de informações. Apesar de reconhecer a superioridade rubro-negra – um esquadrão comparável apenas ao Santos de Pelé – acabei por me tornar tricolor. Como era coisa de criança, resolvi jamais mudar de time – li na imprensa que se muda de mulher, mas nunca de time! – mesmo com todas as coisas ruins que o Fluminense fez. Viramos demais a mesa, subimos da série C direto para a série A… e isso nos deixa uma dívida de que nem gosto de falar.

Aliás, nem sabia direito dessas histórias, mas consegui apurá-las pela pena de Renato Maurício Prado. Ainda bem que consegui essas informações. Agora posso admitir nossos erros, o que já é um passo para melhorarmos e, quem sabe, um dia, alcançarmos um patamar próximo do Mais Querido.

Nessa volta de 2014 queria falar sobre 2013, um ano em que os vândalos dominaram as ruas, tentando bagunçar a sociedade, mas também um ano em que os ladrões do mensalão foram colocados na cadeia! Atribulado, o ano passou, mas nos deixou uma marca negativa: viramos a mesa de novo! Poxa, não consigo entender porque fazemos isso, porque não temos a honra de jogar a série B.

Advogados, STJD, quanta coisa chata ocupando os jornais. Tirar pontos da pobre Portuguesa… O rapaz nem é bom de bola e só jogou quinze minutos. Realmente injusto rebaixá-los por isso. Pior ainda no caso do Flamengo. É um absurdo que nós, cariocas, queiramos o mal de nosso próprio futebol! Ora, aquele jogo com o Cruzeiro nada valia. A própria transmissão da Globo disse isso e por esta razão o jogo foi antecipado. Nossa, não precisávamos disso. Agora, todos estão contra nós, somos os odiados.

Leio o que meus colegas escrevem e não consigo acreditar. Ora, se houvesse algo é claro que a imprensa já teria nos informado. Eles sempre nos informam. O Brasil democrático tem espaço para pluralidades, sabemos de tudo o que ocorre na política, por exemplo, por isso podemos votar bem. É só comparar com o Nordeste, que não tem como se informar direito e vive à base da ajuda do governo – como eles votam mal.

É por isso que sei que nunca houve nada além de erros nas escalações da última rodada. Aliás, como li no site da Sportv, um erro sobrevalorizado, punido além da conta. Devemos deixar a política de lado, pedir para que o procurador – que torce pelo nosso time (eu vi a bandeirinha tricolor na foto que um amigo meu publicou no Facebook) – retire as acusações e não devemos mais representar contra ninguém. Essa politicagem que temos com o STJD prejudica nossa imagem.

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ironia (i.ro.ni.a)

sf (gr. eironeía, pelo lat.) 1. Ret. Figura com que se diz o contrário do que as palavras significam. 2. Dito irônico. 3. Ar ou gesto irônico. 4. Zombaria insultuosa; sarcasmo: Ironia do destino.

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Lembrem-se: o destino não faz ironia. É a versão da verdade que nos contam que torna a ironia verdade. Não vamos deixar a ignorância selar nosso destino. Não hoje. Não com as três cores.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri 

Imagem: Artista Rage

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