O bar do Zé Porreta (por Marcus Vinicius Caldeira)

BAR DO ZÉ

Sim, meus amigos: este final de semana “tricolebei”!Resolvi esticar o feriadão até nossa casa de praia em Maricá, Rio de Janeiro, para descansar um pouco e ficar mais aos lados dos sobrinhos pequenos amados. Todos sabem da minha tara por ver os jogos do Fluminense, no estádio. Gosto muito. Não troco a emoção dos estádios pela frieza e pasmaceira da televisão. Mas, neste fim de semana abri uma exceção.

E confesso que foi legal, embora deva ter sido muito mais divertido ter ido a Moça Bonita. Meu irmão havia comentado comigo sobre um cara que foi fazer um serviço lá em casa, um tricolor, e cujo irmão, também tricolor, tinha um bar que transmitia jogos do Fluminense e era todo ornamentado com coisas do Fluminense.

Não pensei duas vezes, corri pra lá. Aliás, corremos: eu e Vinicinho. Vestimos nossas camisas tricolores e fomos.

Chegando no bar, Zé Porreta, o dono, nos recepcionou. Expliquei a história que o meu irmão falou e ele explicou a dele. Embora tivesse vestindo uma camiseta do São Cristovão, logo mostrou o escudo do Flu tatuado no braço. Contou-me que faz parte de uma família de onze irmãos, onde dez são tricolores e apenas um é vascaíno. Aliás, uma salva de palmas para o pai do Zé Porreta que colocou dez tricolores no mundo! Sensacional!

O bar é um ambiente rústico de beira de estrada, o que aliás me anima muito. Sou desses que não gosta do estigma do Fluminense em ser o time da elite. Até porque as elites desse país são nefastas. O Fluminense, como qualquer time grande, tem torcedores em todas as classes sociais, e o Bar do Zé Porreta está aí para provar isso. Na parede onde fica a TV estão posters dos títulos recentes do Tricolor. Uma imagem de São Jorge também ornamenta a parede e ao lado da TV, uma pequena bandeira tricolor.

Por falar em bandeira, Zé pegou seu bandeirão para que pudéssemos tirar fotos. Um de seus irmãos tricolores estavam no bar, e nos divertimos muito com ele colocando a camisa do Fluminense no neto –  que é filho de pai flamenguista. A filha tricolor do Zé estava lá com camisa e boné do Fluminense e como estava ouvindo também o jogo no rádio, gritou o segundo gol do Fluminense antes dele acontecer na TV.

Pra variar, um flamenguista apareceu do nada querendo botar pilha – por isso não vejo jogo na rua – mas, logo no começo do segundo tempo o Fluminense fez o seu gol e o rubro-negro teve que assumir: “o Fluminense é disparado o melhor time do Rio e um dos melhores do Brasil”. Pensei: “Até que enfim um molambo consciente”.

O jogo rolou regado a umas cervejinhas, bom papo e com o Zé Porreta contando suas histórias. Falou que lá havia a Maricá-Flu que descia para ver o jogo no Maracanã, mas que com o fechamento do estádio eles não se animaram mais a descer pro Rio pra ver jogos. Disse também que nos jogos decisivos reúne muito tricolor no bar e solta fogos e tudo.

Ao final do jogo, celebramos mais uma vitória do Tricolor. Despedi-me do Zé, prometendo que voltaria mais vezes. O Bar do Zé Porreta é mais um bar tricolor que descobri nas minhas andanças por aí! Eu recomendo. Quem quiser é só chegar na rua 104 (entre Maricá e Ponta Negra) e o Zé o recepcionará com sua alegria e fidalguia tricolor!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

3 Comments

  1. Na moral, sou vizinho do bar apesar de flamenguista doente, queria parabenizar essa matéria com um teor bem esportista essa galera do Zé porreta merece to-
    tal respeito! abraço!

  2. Olá eu soi irmão do zé Porreta… sou tbm um tricolor de coração….adorei a reportagem do bar do bar do meu irmão… Voltei smp..Que td tricolor e bem vindo!!
    Abraços dos irmãos tricolores…

    1. Valeu! Quando estiver aí e tiver jogo do Flu, certamente passarei lá! Abraços!

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