O amor maior (por Lennon Pereira)

torcidafluTenho visto pelas redes sociais declarações apaixonadas de um lado e de outro, falando do nosso querido Fluminense. Uns querem a imediata demissão do Abel, de um ou outro diretor e promover uma barca de jogadores. Outros defendem o comandante e seus soldados, todos de forma ferrenha e contundente.  A pergunta que fica na minha mente é: amam o mesmo Clube? Ou ainda: isso é amor?

Vou novamente me permitir sair do mundo do futebol, para discorrer melhor sobre o assunto.

Se mudarmos o mote e fizermos alguns testes, vejo que mundos diferentes às vezes se comportam de forma parecida.

Resolvi postar nas redes sociais uma música de amor de um cantor popular e polêmico. Faça o mesmo com uma personalidade publica qualquer. Nem precisa ser uma que você admire. Pode ser uma que você despreze.

O resultado é muito curioso e homogêneo.

Quando a personalidade ou cantor/cantora citado é alguém que mexe muito com os sentimentos, as reações são interessantíssimas. Aqueles que são fãs elogiam, vibram e aplaudem. Aqueles que não são falam mal e desdenham. Logo começa um debate, ou melhor, um embate entre os grupos.

Esse é um dos ângulos, o ângulo dos antagônicos. Daí o embate e o enfrentamento. Esse é o amor que separa. Acho que não é sobre esse que quero falar hoje.

Refleti mais um pouco e então cheguei à minha conclusão usando outro parâmetro e outro paralelo de exemplo de amor.

Quantas vezes vi pai e mãe discutirem, às vezes acirradamente, por discordarem de certa decisão a ser tomada com relação à criação ou à educação de um filho. Ao analisar esse cenário, eu entendi.

É o tipo de amor do qual quero falar. O amor que os pais têm pelos seus filhos. Um amor tão grande, tão imenso e tão incondicional que ambos tem certeza de querer, e de saber, exatamente o que é melhor para o ser amado filho. Quem ama demais não quer que o outro sofra, que se frustre, que sinta dor, que se machuque, que cometa erros.

Esse tipo de amor é tão grande tão grande, que não admite ver o outro sofrer e por isso quer fazer de tudo para evitar tal fato.

Assim é o amor dos torcedores do meu Fluminense. Um amor de pai e mãe, um amor que não admite derrotas ou frustrações.

Quando um torcedor  esbraveja contra um treinador, jogador ou dirigente, é porque tem certeza que esse sujeito é quem está fazendo algum tipo de mal ao seu amado. Briga e esbraveja simplesmente porque não consegue ver seu amado sofrer.

Nossos torcedores são assim: pais e mães que amam incondicionalmente e eternamente seus queridos.

Nesse ponto meus amigos, posso afirmar que apesar de tudo que possa parecer, o Fluminense ainda é mais feliz do que nós que somos ou fomos filhos.

Os torcedores se renovam, sempre, como a água que desce rio abaixo. Uns se vão e outros nascem e a torcida se mantém sempre viva.

Nós todos um dia perderemos aqueles que mais nos amam na vida. Um dia seremos órfãos dos nossos maiores torcedores, aqueles que fazem de tudo para sermos felizes, que vão a qualquer lugar que estejamos, que se pudessem levariam para eles nossas dores, nossas tristezas, nossas frustrações. Se pudessem lutariam nossas batalhas.

É o caminho natural da vida. Um dia não teremos o calor de nossa mais amorosa, fiel e incondicional  torcida.

Aos que ainda os têm, meu humilde conselho: aproveitem, digam a eles o que sentem, deitem em seus colos e lhes deem muitos abraços.

Se você por algum motivo os tem e está afastado ou distante, reflita enquanto é tempo e abra seu coração. A vida é uma só e um dia pode ser tarde demais. Nela não há prorrogações ou disputa de pênaltis. Um dia o juiz apita, muitas vezes sem dar sinais, sem avisar.

Aos que não mais os têm aqui no plano terrestre, minha solidariedade, meu respeito e meu carinho em forma de abraço. Com certeza vocês sabem muito melhor do que eu sobre o que estou escrevendo.

Tenho fé que um dia estarão juntos novamente, num mundo onde não haverá mais partidas ou separações. Entendo vocês e sei que a saudade só vai passar quando esse dia chegar.

Meu muito obrigado pelos minutos que dedicaram a minha crônica de hoje e que ela possa tocar seu coração, seja lá como for, de uma forma positiva.

Um grande abraço à todos. Que o amor sempre una e nunca separe.

“…sem amor eu nada seria…”

Até semana que vem!

Lennon Pereira
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
ANUNCIO 1995

7 Comments

  1. Muito obrigado Sonia, fico feliz que tenha gostado da Crônica e que comece a simpatizar com meu querido Fluminense! beijo e boa semana

  2. Lindo, Lennon! Sei bem do q vc fala nas entrelinhas. De futebol, pouco entendo, e estou começando a gostar do tal Fluminense, mas da vida entendo muito, pq perdi meus pais mt cedo, qdo tinha apenas 20 anos, e foi traumático, pq minha mãe faleceu em abril, e meu pai em agosto, e o pior de tudo, é q eu não tinha o menor conhecimento da doutrina cristã. Foi difícil, mas superei. Hoje, seria diferente, pq conheço o plano de Deus para nossa vida, por isto valorizo cd momento q posso ir à Igreja, ouvir a palavra palavra, participar da Sta Ceia e poder estar com os amigos de verdade, meus irmãos na fé. Td isto, agradeço ao Arthur, meu marido, q me ensinou o verdadeiro “caminho”.
    Seguremos firmes na mão de Deus e sigamos em frente.
    Deus está no controle, creia nisto firmemente.
    Bjs Sonia

  3. Pô cara, encheu meus olhos de lágrimas…bela crônica companheiro.

    Como queria que os abraços e afetos em nossos familiares queridos fossem eternos aqui na Terra…mas a certeza que seguiremos juntos em outro plano nos conforta um pouco….

    Como é bom a vida, os amigos, o nosso Fluminense e principalmente que nos amam de verdade…

    Excelente semana…Saudações Tricolores

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