Futebol não é apenas números (por Crys Bruno)

“Comemorando” e aproveitando para descansar meu coração nesses dias de férias de Fluminense, após assistir derrotas vergonhosas para aquele Vasco e um Londrina, refaço a espera pela melhora e uma reta final digna, o que significa, no mínimo, a vaga na Libertadores.

Dias atrás, li algo comparando a campanha do Fluminense do ano passado e desse ano, afirmando que um ponto de diferença apenas, na rodada. Discordo com a comparação tremendamente. Por quê? Futebol não pode ser analisado apenas pelos números.

O time de 2016 estava em curva decrescente, tinha um meio-campo lento, Pierre e Cícero, com Henrique Dourado e Richarlison pressionados e mal tecnicamente, uma defesa decadente e um treinador mais preocupado em fazer gracinhas para jornalistas nas coletivas, um presidente omisso e em fim de mandato, enfim, um time “morto” e um ambiente torto.

O time de 2017 que encantou no Carioca, só deve repetir seu meio-campo, o corpo, a alma e criação de um time, agora: primeiro, perdemos Gustavo Scarpa do trio que desequilibrava e dava dinamismo; depois, perdemos Sornoza, o mais completo jogador do elenco e quando Scarpa voltou, perdemos Welington Silva por semanas, que acabou retornando.

Analisar futebol não é ver somente número; é ver característica e qualidade de jogador, perspectiva de melhora e esse Fluminense com Orejuela, Douglas, Sornoza, Scarpa e Welington, com Dourado em boa fase, nada tem a ver com o time do ano passado e dá esperança por se reunir no momento decisivo da temporada, tanto no Brasileirão nas rodadas decisivas quanto à Sul-Americana.

Estamos no bolo, a um ponto da vaga, na briga pela Libertadores com Flamengo, Cruzeiro, Botafogo e os dois Atléticos, do Paraná e de Minas. Lembrando que Cruzeiro ou Flamengo conquistará a Copa do Brasil, abrindo nova vaga.

Então, pessoal, não vejo futebol com números, mas com esperança que o “time do Carioca” retorne e, se isso ocorrer, e tem tudo para ser assim, brigaremos e conquistaremos a vaga na Libertadores. É minha aposta. Com base na qualidade do nosso meio-campo e no futebol que os adversários estão jogando, não em números, porque tento fugir ao máximo de ser comentarista da rodada, remando conforme a maré. Muito fácil falar de futebol assim: é como ser um engenheiro de obra pronta.

Toques Rápidos:

– Recém-contratado para gerir os esportes olímpicos do Fluminense, o talentoso e vitorioso ex-jogador de Vôlei, Emanuel, aposta no futebol americano, esporte que gosta, como afirmou. O futebol americano ainda não é esporte olímpico, por ser trilionário, pode até vir a ser, mas não para as Olímpiadas de 2020, em Tóquio. Ou o Emanuel é um visionário ou como cantaria o tricolor Evandro Mesquita: “Mas, realmente…”

– E que notícia espetacular: contrataram um boleiro de talento, o Válber, zagueiro técnico, para ser treinador de fundamentos. Para mim, assim como o goleiro tem, cada posição deveria ter um ex-jogador que tenha sido talentoso, técnico, que tenha noção de como unir os pés à bola, treinando os meninos da base. Válber pode ser um começo. Certo é que já é um excelente começo. Que golaço, Torres!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: buc

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