No pain, no gain (por Rods)

Abel Braga - Fluminense
Fácil não tá, mas é assim que funciona. Certo, Abel?

Meus amigos tricolores, de clichês vive o futebol. “Clássico é clássico”, “só perde pênalti quem bate”, “quem não faz leva” e tantas outras frases movem declarações e discussões pré e pós-jogo. O que não falta é situação para torná-las verdadeiras. Poucos sabem que “no pain, no gain” –  ou em bom português “não há ganho sem dor” – é uma expressão trazida do halterofilismo e que bem pode caminhar junto a um dos clichês favoritos da torcida tricolor: se não for sofrido, não é Fluminense.

Fato. Provado e comprovado através dos anos. Mas é claro que toda regra tem sua exceção (olha mais um clichê aí!) e o título do ano passado foi atípico. Podemos contar nos dedos as vezes em que um campeonato foi tão tranquilo para nós. Basta olhar para o passado recente. No Carioca de 2012, por pouco não nos classificamos para as finais e no Brasileiro de 2010, tivemos que suar um bocado pra tirar o título do Corinthians. Preciso relembrar a trajetória de 1995 também?

A Taça Libertadores da América multiplica essa dificuldade. Ganhamos apenas de um a zero do time no qual o país tem como prioridades criar modelos e ver beisebol. Chilenos, que em juntos recebem metade do que recebe nosso camisa 20, nos encararam de igual pra igual. Não importa quem vista a camisa tricolor, a dificuldade é a nossa maior companheira e talvez seja por causa dela que a nossa alegria seja a maior entre todos os torcedores.

Para aqueles que a cada jogo esperam um novo 6×0 ou um novo 7×1, digo que tudo bem, podem esperar. Eu também quero ver novamente placares tão elásticos, gols tão lindos e futebol tão majestoso. Mas não exijam isso! Não do Fluminense. Sim, vence o Fluminense! Mas vence de um a zero, de dois a um, de três a dois, de gol de barriga. E é assim que somos campeões.

Fluminense x Huachipato

 Até ontem, o nosso grupo era o grupo dos visitantes. Se alguém tinha medo desse estigma, pode ficar tranquilo, pois o Grêmio não se importou com o luto dos venezuelanos e os fez cair de quatro. É claro que eu não acredito que o Huachipato tenha vindo para perder, mas acho que a competição entrou nos eixos. Também não acredito em uma vitória fácil, mas sei que ela virá com propriedade. Nós vamos nos impor e vencer.

Como eu já repeti algumas vezes aqui no Panorama, no jogo da semana passada enfim o Fluminense incorporou o espírito da Libertadores. Meu placar é de 3×1.

Quase foi possível escalar o time tido como titular. Mas aparentemente, apesar de ter treinado, Leandro Euzébio está de fora da relação do jogo. Com Anderson também fora, entra Digão em campo e Elivélton no banco.

Fluminense: Cavalieri; Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco e Thiago Neves; Wellington Nem e Fred. No banco: Ricardo Berna, Elivélton, Wellington Silva, Valencia, Wagner, Rafael Sobis, Rhayner e Samuel.

Espero encontrar vocês no Engenhão! Vale a campanha dos 800 mil.

ST!

Nos acréscimos:

– Meu total repúdio aos que continuam tentando plantar crise dentro do Fluminense. Espalhar que o Celso Barros está puto porque o Abel não coloca o Felipe para jogar e que já estão sendo ventilados nomes de outros técnicos é uma grande irresponsabilidade e falta de respeito com o torcedor e o próprio Fluminense.

– Hoje podemos falar que são cinco tricolores na Seleção. Além de Cavalieri, Jean e Fred, não podemos deixar de citar Marcelo e Thiago Silva, que chegaram onde chegaram graças ao Fluminense.

– Fiquem atentos ao twitter do Panorama Tricolor – @PanoramaTri – pois pode pintar uma promoção relâmpago ainda hoje!

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.

8 Comments

  1. Ave, Rods, equilíbrio na ponta dos cascos! Desculpe a brincadeira, nosso amigo, o texto, pra variar um pouco, tá lúcido, ponderado, sem perder o amor pelo Fluminense. Parabéns! STT, rumo à sofrida Libertadores dela América! Waldir e Waléria Barbosa.

  2. Imagino esses corneteiros vendo Dom Pedro x Fluminense pela Série C em 1999. Provavelmente eles não lembram. Têm memória curta. Mas eu lembro. Temos é que agradecer por estar vivendo nessa era, e não ficar morrendo de saudosismo por quem não vimos jogar! NENHUM time do Fluminense, NENHUM elenco na história ganhou tantos títulos nacionais em tão pouco tempo, tampouco participou tanto da Libertadores. Se formos campeões da Libertadores e ainda paparmos um Mundial nessa DÉCADA, será a época mais vitoriosa de TODA A HISTÓRIA DO FLUMINENSE. E isso com todos os problemas que você apontou. Mas parece que temos um bando de cegos e amnésicos na nossa torcida. Fazer o quê, né?

  3. Hoje será um bom jogo para medir o Fluminense. Jogo, teoricamente, fácil, mas, ao mesmo tempo, perigoso. Cabe ao time transformá-lo em jogo fácil na prática. Além disso, bom jogo para retomar a confiança e porte na competição. O Grêmio fez isso ontem.

  4. Corneteiros que querem desestabilizar para ter chance na politica do clube. que possamos ignorá-los!
    abs

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