No limite da fidalguia (por Rods)

1510877_622911711104170_1033860178_n“Vence o fluminense,
Usando a fidalguia.
Branco é paz e harmonia.”

Mas afinal, o que é essa fidalguia que os tricolores tanto se orgulham em ter? Bem, vamos lá. Dentro do meu limitado conhecimento vou tentar explicar a vocês. Fidalgo é uma palavra que surgiu da aglutinação de “filho-de-algo”. Apesar de parecer, está longe de ser um xingamento. Uma pessoa fidalga ou a classe dos fidalgos era a designação usada na monarquia portuguesa e na monarquia espanhola (hidalgo) para nomear filhos de nobres. Por exemplo, o filho de um Duque qualquer era considerado parte da nobreza, porém não possuía um titulo próprio. Logo era um fidalgo.

É uma versão bem resumida e talvez um pouco torta, mas não foge da verdade. Com o passar do tempo passou a ser chamado de fidalgo aquele que era bem educado, bem criado, era generoso e nobre de caráter. Essa é a fidalguia tricolor. Mesmo porque nada temos com a família real.

Mas tudo bem, exercer a fidalguia é uma coisa boa. Porém, eu penso – e acredito que vocês também – que às vezes convém engrossar a voz, bater na mesa, ser mais firme. Isso principalmente na hora de defender sua casa e sua família. Mas por que estou dizendo isso? Porque o Fluminense neste momento precisa deixar seus bons modos e polidez um pouco de lado.

Não preciso repetir aqui o bombardeio que recebemos da imprensa neste período “Gaveanindé”. É verdade que diminuiu um pouco, mas não cessou. Mesmo com todas as descobertas recentes apontando os prováveis vilões. Digo prováveis porque infelizmente ainda não conseguimos provar nada e quem tem esse poder está se fazendo de morto. Pior que a nossa conhecida FlaPress está a ESPN. Esses caras, com poucas exceções – leia-se PVC – insistem no caso. Até pareceu haver um esboço de bandeira branca quando convidaram nosso Presidente Peter Siemsen para participar do programa “A Bola da Vez”.

Acontece que Peter é a fidalguia em pessoa. Ao lado da palavra no dicionário, deveria haver uma foto dele. Foi lá apertou as mãos de todos – nossos maiores acusadores não estavam lá – trocaram gracejos e palavras bonitas. Após uma conversa que me pareceu completamente combinada, todos devem ter saído juntos para tomar um café. Não houve a defesa que a torcida tricolor esperava.

Depois convidaram o Renato Gaúcho para responder algumas perguntas na mesa redonda deles. Juca QueFuro provocou e tomou a dele. PVC aproveitou o momento para retificar que pensa de forma diferente dos seus colegas. Talvez falte um pouco de Renato no Peter. Entendo que seu cargo pede atitudes políticas, mas, acho eu, podia ser menos. À propósito, é por isso que concordo com meu amigo João Leonardo, que, em sua coluna aqui no Panorama, defendeu a contratação do Renato. Não seria um Caio ou Dorival ou Cristóvão que peitariam assim a imprensa. Não por acaso, Nathália Fortins, nossa convidada no último Programa Panorama Tricolor, defende a mesma ideia.

A última da ESPN foi colocar “Tapetão” ao invés de Fluminense para encabeçar uma notícia referente ao nosso time. Eu acho que já basta. Gostaria que ao menos nós nos espelhássemos no que fez o Palmeiras em relação ao Neto, ex-jogador e hoje comentarista da Band. Após várias bolas foras sem retratação, o time do Parque Antárctica vetou publicamente a participação de todos seus funcionários, atletas e dirigentes em programas da emissora e ainda colocou o seguinte:

“Por fim, o Palmeiras recomenda aos palestrinos de verdade que façam seu julgamento sobre quais veículos ou programas tratam o clube com o respeito que os 16 milhões de apaixonados merecem.”

Caso você queira ler a nota na íntegra, basta clicar aqui.

Essa é a ação que eu esperava da diretoria tricolor. Marcus Vinícius Caldeira está tentando fomentar dentro do Clube uma ação de retaliação, mas até que isso aconteça peço a você tricolor: menos fidalguia, mais ação.

Na próxima segunda-feira à noite estaremos na porta da ESPN protestando. Esperamos a sua participação.

Página da manifestação no Facebook

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

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6 Comments

  1. nosso presidente é um OMISSO. No auge do problema o que ele fez? Viajou com a familia. Conversa de fidalguia é desculpa para que se esconde,

    1. Rods comenta:

      Entendo seu ponto de vista, Wellington, mas não é apenas o Peter, mas toda a diretoria que rege o Clube numa situação dessa.

      Não é agradável saber, mas por praticamente toda sua história, foi assim que o Fluminense agiu (ou não agiu) em situações similares. É como se fosse algo inerente ao Clube.

      É preciso mudar.

      ST!

  2. Tenho dito isso sempre em meus comentários no Twitter e nas notícias afrontosas ao FLU! Já passou da hora de nosso presidente, ou alguém dentro do clube, “Euricar”, ou seja, pegar pesado com essa imprensa nefasta! A ultima agora deles é a campanha contra o Fred na seleção e, pior, querendo empurrar no lugar dele O BROCADOR! Chega, já deu!

    1. Rods comenta:

      realmente, apesar de ser considerado um tremendo mafioso, o Eurico não deixava ninguém afrontar o Vasco. Ninguém tem só defeitos ou só qualidades. Passou da hora de “euricarmos” quanto à imprensa, como vc bem colocou.

      “Brochador” na Seleção só pode ser brincadeira. Pra eles é um fla-Flu.

      ST!

  3. Depois disso tudo,
    Meu medo maior desta inércia é que o Flu tenha algum tipo de culpa ou cumplicidade.
    Pq? Pois aceitou tudo como um cordeiro.
    Não, brigar com a imprensa não é inteligente.
    Mas “cobrar” a todo momento da justiça quem é o culpado e manter sempre viva a investigação, pode.

    Renato consegue fazer o que ninguém fez ano passado. Um time que começa a ser competitivo. Se vai durar? Espero! Mas precisamos de elenco!

    1. Rods comenta:

      olha, Raphael, infelizmente vc não é o único tricolor que começa a ter esse receio. A diretoria já deveria ter entendido que optou por uma estratégia errada no lidar com a imprensa.

      O rojão sempre vai estourar na mão da torcida.

      ST!

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