Na conta do Abel (por Mauro Jácome)

 

No desenrolar do segundo tempo, pouco depois do segundo gol, idealizei o título desta coluna como sendo “Xixi de porta aberta”. Afinal, o Fluminense jogava com muita folga na casa alheia. Já dominara o primeiro tempo e no segundo tempo, liquidava o jogo logo aos sete minutos. Implico com os clichês do futebol, mas “2 x 0 era um placar perigoso; quem estava na frente pensava que já ganhara e quem estava perdendo achava que ainda daria”.

A diferença entre os times era muito grande. No primeiro tempo, o Figueirense não conseguia achar o Fluminense. Jean, Wagner e Sóbis trocavam passes e chamavam os laterais para o apoio. Nem e Samuel se movimentavam e abriam buracos na zaga do time de Santa Catarina. O gol era questão de tempo. No entanto, talvez sentindo a ausência do artilheiro Fred, o time não achou aquela bola.

A volta do intervalo foi arrasadora. O Fluminense se lançou para decidir o jogo e conseguiu dois gols logo de cara. Não demorou muito e caiu naquele tradicional relaxamento de quem abre dois gols de frente. Partida ganha, agora é tocar a bola e esperar o apito final.

Faltava muito tempo e o Abel fez uma modificação que contribuiu para o resultado final: tirou Wellington Nem e colocou Diguinho. Talvez, passasse na cabeça dele reforçar o meio-campo para evitar que o Figueirense crescesse. Ainda, o Nem mostrava cansaço. A substituição aconteceu aos 21 minutos e o primeiro gol deles saiu aos 22. O plano deu errado: o Fluminense não conseguiu segurar o ímpeto do time da casa, Diguinho errou muito e, ainda, ficou sem contra-ataque.

Daí para frente, foi só sufoco. Pressão, bola aérea, Cavallieri. O empate era questão de tempo. Ao contrário do gol tricolor que amadureceu no primeiro tempo e não brotou, o do Figueirense veio aos 41 minutos. O Fluminense ainda teve a bola do jogo no fim, quando Jean meteu no travessão.

Credito o empate-derrota à infeliz substituição. A ausência do Fred também dificulta. O artilheiro faz uma falta imensa. É o cara que atrai o gol, que orienta, que chama os jogadores de volta quando estão desconcentrados, enfim, que evita o que aconteceu ontem. Mais preocupação: Fred ainda fica de fora contra Santos e Internacional. Complicado.

Individualmente, destacam-se duas defesas excelentes do Cavallieri, que retardaram o empate. Jean foi outro bom nome. Um primeiro tempo de muita personalidade, ajudando na distribuição do jogo, e um segundo que tentou evitar a pressão do Figueirense. Teve a chance de sair como herói, mas o travessão…

Os laterais erraram muito. Na marcação, quando o Fluminense foi pressionado, e na frente, desperdiçando vários lances de ataque. A dupla de zaga errou feio no primeiro gol, deixando o Aloísio livre para cabecear. Edinho jogou com tranquilidade na etapa inicial e deu muitos passes errados no segundo tempo. Wagner participou bem do jogo e Sóbis ficou a maior parte do tempo sumido. Méritos pelo gol. Samuel voltou a se posicionar mal. Tem que perceber que, às vezes, pode cair pelos lados do campo. É rápido e pode avançar em velocidade, no entanto, fica quase sempre perdido entre os zagueiros. Difícil achá-lo.

Agora, o negócio é secar o Atlético contra o Corinthians. O Grêmio também estacionou no Pacaembu e isso é bom. Na quinta, o Fluminense tem pela frente o Santos sem Neymar, que joga pela Seleção no dia seguinte.

Melhor sorte para nós daqui para frente.

Mauro Jácome

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

Revisão: Rosa Jácome

 Foto: http://odia.ig.com.br/portal/ataque

8 Comments

  1. Não entendi. Estou fora do Brasil, mais precisamente em Bariloche, Argentina. Assisti aos melhores momentos e fiquei pasmo com a forma como Flu entregou um jogo ganho. Desperdiçou a liderança duas vezes seguidas, como se não a desejasse. Se ganhasse esses dois jogos fáceis contra Corinthians e Figueirense estaria com quatro pontos de vantagem sobre o Galo. Estamos jogando fora o campeonato.

  2. Mauro Bom Dia

    Prezado Mauro , suas critícas sem muito bem colocadas , mas ontem e ate agora estou tremendamente irritado, como podemos deixar de ganhar um jogo em que saimos ganhando de 2 a 0 de um time que transita na zona de rebaixamento, fico me perguntando se eu todos os tricolores que amam esse time merecem realmente isso. Porque?, Porque o
    Abel faz isso com a torcida. Tirar o Nem para colocar o Diguinho, nunca esse rapaz não tem condições de jogar no nosso time, e o Abel as poucos em dose homeopatica vem colocando ele no time fico me perguntando porque? NÃO JOGA NADA , SÓ PASSE PARA O LADO E O PIOR NÃO MARCA E AINDA FICA FAZENDO FALTA , FALTA,FALTA…..
    Bruno era outro que ontem perdeu a grande oportunidade de ficar por lá mesmo , um bonde , um latearl que não sabe cruzar, não marcar, enfim só suja o uniforme.
    Ai Mauro peço sua ajuda , porque esse bondes jogam , porque o nosso treineiro faz isso com a torcida, porque esta satisfeiti com o segundo lugar? Coitado do Celso Barros paga uma furtuna para isso.
    Não gosto de cornetar treinador, mas ontem a DERROTA TEM UM RESPONSAVEL , ABEL BRAGA logo você Abel , Diguinho , não , Bruno é banco……
    fica aqui minha revolta

    1. Apoio. Tenho o Abel Brega intalado na garganta desde quando o time ficou quase 6 meses esperando esse cara chegar das arábias… Abel estraga o time, temos sempre 3 adversários em todos os jogas: o próprio adversário, o juiz e o Abel

  3. Diguinho não protege a área e faz uma porrada de faltas desnecessárias em frente a ela. Se tivesse entrado o Valência em vez do Diguinho provavelmente sairíamos com os 3 pts de lá! E aí, a culpa é de quem?

    1. O Diguinho entra bem quando o time já garantiu o placar e o adversário está batido. Aí, ele enseba com a bola e faz o tempo passar. No entanto, ontem, o placar ainda não estava garantido e o adversário estava em cima. Além disso, perdemos o contra-ataque com a saída do Nem. Tudo bem, o Nem já estava morto, mas, talvez, era hora de colocar o Matheus Carvalho para manter alguém para correr e marcar a saída de bola do Figueirense. O que o Abel fez foi chamar de vez o Figueirense para o campo do Flu. Tudo que eles precisavam.

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