Mário e seus arroubos de pequenez (por Edgard FC)

Não foi possível deixar de lado o sorteio da Libertadores, momento mais que aguardado pela Torcida Tricolor, que vive um momento próximo ao que merecemos e nos acostumamos, de estar entre os gigantes, nas principais competições e sendo visto como ele realmente é, ENORME.

Não bastasse um dia em que para muitos o sorteio foi bom (mas não para mim, rs), já que enfrentaremos a equipe do Cerro Porteño de Assuncion, Paraguay, que nos traz boas lembranças e ser considerada acessível, porém uma equipe acostumada a disputar a competição continental de forma regular, argumento usado pelo presidente em exercício do clube da Álvaro Chaves e Pinheiro Machado como sendo o motivo que torna uma equipe campeã da competição.

O problema não está no argumento em si, porque além de tudo é raso e sem fundamento tangível, mas oportunista. Ora, é claro que só vence quem disputa. Mas daí teríamos os levantamentos de quantos campeonatos cariocas precisamos disputar para vencer o primeiro? Quantos brasileiros? É muito mais narrativa do que para evidenciar uma tese, um raciocínio.

Porém o meu senão nem é pelo falado e sim pelo modo. Como sempre, o cidadão Mário trata a Torcida do Fluminense como um fator pequeno e menor, com ar de superioridade (que não tem e nunca terá) se utilizando do jargão professoral: “o torcedor tem que entender que”, se referindo ao fato do clube ter de participar sempre da Libertadores a fim de pleiteá-la para si.

Não nos diga, Bittencourt.

Nós sabemos e cobramos por isso diuturnamente, mas para isso não basta somente isso, temos de ter mentalidade de vencer as competições que participamos, até porque, via Brasileirão hoje, uma classificação à competição sul-americana é quase um prêmio de consolação.

Mais uma vez o presidente, que adora dar seus pulinhos atrevidos no vestiário quando a equipe vence em vídeos divulgados pelo canal oficial na plataforma Youtube, perde a oportunidade de ser conciliador, de abraçar a torcida, de surfar na onda. Na verdade ele faz o oposto: usa o ‘bom momento’ (é mera obrigação) para alfinetar a Torcida que cobra O FLUMINENSE sempre forte e gigante.

E, para fechar com chave de ouro, colocar colar de havaiana e tudo o mais, o anúncio de um patrocínio principal que estampará a parte frontal das camisas de jogo vem em tom de deboche e mostra um tom de vingança com o Torcedor que vem cobrando isso, que aliás foi promessa de campanha ainda em 2019.

Em vez de apresentar a marca e junto um pedido de apoio, ou até mesmo, se nobre ele fosse, um pedido de desculpas pela demora e o baixo valor, não, prefere utilizar de imagens capturadas nas redes sociais dos torcedores, que assim como eu mesmo, vinha cobrando por esse patrocínio. Mostrando que sempre leva tudo para o lado pessoal, evidenciando o tempo inteiro que não tem o tamanho moral para ocupar o cargo de tal magnitude.

Não que haja alguém com o tamanho ideal para ocupar o cargo: o Fluminense sempre será maior que qualquer um de nós. A vocação para a eternidade é real e inabalável. Quem duvida sempre sofre. Mas há de se ter compostura e tentar, minimamente, buscar meios de vivenciar do cargo com a virtude que ele merece.

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