Madureira 2 x 2 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Embora absolutamente indesejável, o Fluminense desceu para o intervalo derrotado pelo Madureira. É possível elencar várias razões como ter que mudar de time toda hora em várias frentes, e também poupando jogadores – ou desfalcado de outros, mas o que explicou o 0 a 1 contra nos primeiros 45 minutos foi o argumento mais simples: perdeu 46 gols. E no futebol, quem desperdiça as chances sente falta. Tudo isso num horário de jogo para heróis das três cores, uma prática antiga do Cariocão. Antigamente, era porque os estádios não tinham iluminação adequada; hoje em dia, também por isso e porque o público nas arquibancadas não faz parte da prioridade da televisão. Ok, mas custava ter feito um golzinho de empate? Deixa para depois.

Atacando na direção do sol na segunda etapa, o Flu manteve o ritmo e virou o jogo em 16 minutos. Destaque-se os lances que resultaram nos gols: no primeiro, a garra de Richarlison e Pedro, já caído, dando o último toque e, no segundo, a enorme categoria de Sornoza cruzando de trivela para a cabeçada de Nogueira, finalizando como se fosse centroavante. Antes dos dois gols, já tinha perdido uns outros quatro ou cinco. Até a parada para o Gatorade, só deu Flu contra o Madura, com sua camisa Palmeiras 1993 (será?).

Bom, como futebol é a mais deliciosa das desgraceiras, é claro que o Madureira empatou depois da parada técnica, no único ataque que concluíra até ali no segundo tempo. Tabelinha com chutaço no ângulo direito, 2 a 2. Mal, sapão. Então, Maranhão e Marcos Jr dentro, Marquinho e Wellington Silva fora. O gol de empate tirou o Madureira do sufoco permanente que levava, mas não evitou o predomínio tricolor em busca do 3 a 2. Na última cartada, Lucas Fernandes em lugar de Richarlison. Repararam como Abel, ao contrário de 2011/2013, agora mexe na equipe com tempo para que os jogadores mostrem serviço ao entrarem?

Nos quinze minutos finais, Marcos Jr. poderia ter marcado duas vezes, numa cabeçada que o goleiro Rafael defendeu com o joelho e numa cobrança de falta. Nogueira, noutra cabeçada. O Madureira deu um sustinho com Júlio César defendendo em dois tempos. Podia ter sido melhor, num jogo de muito empenho e pouco brilho, mas uma coisa faz pensar: há quanto tempo não marcávamos só dois gols, hein? E se placar moral valer na mesa de bar, deu Flu 10 x 3. O que importa agora é não falhar em conclusões nas partidas decisivas.

O Flu está na semifinal do Carioca com a vantagem do empate. Mas tem dois jogões à frente: o clássico em Cariacica e a esperada volta ao Maracanã pela Sul-Americana. Caminhamos.

Ah: o jogo parou rápida e novamente por causa de pipa. Certas coisas nunca mudam em Moça Bonita.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: xulla/rap

1 Comments

  1. sem chororo,que não é prática nossa
    Marcelo Henrique no apito, 1o gol do Madureira, impedido
    As finais prometem
    Será que ele vai ser ” sorteado” para apitar algum jogo decisivo

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