A torcida tricolor cruza os dedos pensando no sorteio da Libertadores, que será realizado nesta sexta-feira, no Paraguai. As bolinhas decidirão quais serão os adversários do Fluminense na primeira fase da competição. O que nos reservará o destino?

Bom, sejam adversários de primeira grandeza ou não, o que está claro é que, com o panorama atual, não se pode sonhar tão alto quanto gostaríamos. Nosso elenco não permite. Temos, no máximo, a conta do chá – falando de maneira otimista.

O tempo passou, os reforços que chegaram até agora não permitem grande expectativa. E, pelo que vimos nos últimos jogos da equipe no caricato Campeonato Carioca, vai sobrar mesmo para os moleques de Xerém. Pelo visto, serão eles que coadjuvarão nossos veteranos em busca deste título com o qual tanto sonhamos.

Agora, a pergunta: será suficiente? Poderá a molecada, capitaneada por Luccas Claro, Nenê e Fred (e eventualmente Ganso) operar o milagre de surpreender a tudo e a todos e conquistar a América? Nem precisa ser um gênio para saber que isso é muito improvável. Delegar a Xerém essa tarefa hercúlea chega a ser covardia.

A diretoria tricolor, que tanto se esforça para manter em dia as remunerações, parece ter deixado a desejar na prospecção dos reforços. Dá a entender que, ao constatar que o plantel dispõe de Martinelli, Kayky, Gabriel Teixeira e outros de naipe semelhante, isso será suficiente para ganhar a Libertadores. E não será.

Temos o privilégio de dispor de uma safra excepcional de jovens valores. Contudo, fazer os jovens dividirem o protagonismo é uma aposta arriscada. Dá para ganhar do Macaé, do Boavista, quem sabe até do Botafogo. Mas na Libertadores o buraco é muito mais embaixo.