Libertadores (por Marcelo Vivone)

Amanhã tem clássico pelo campeonato carioca. Jogar contra o gigante da colina é sempre tarefa difícil, mas meu interesse pelo campeonato carioca é, por ora, praticamente desprezível. Almejo apenas que o time cumpra sua obrigação e se classifique para as semifinais do turno.

O que realmente me interessa, e imagino que a todo o tricolor, é o jogo da quarta-feira de cinzas. Nesse dia teremos o nosso primeiro confronto pelo torneio sul-americano contra um time venezuelano que é, para mim, desconhecido.

Conhecido, e muito bem, é o nosso time. E por conhecer amplamente o nosso time e elenco, acho que o time poderíamos hoje estar em um patamar melhor do que atual. Mas acho também, ou pelo menos tenho esperança, que os próprio jogadores não atuem no auge de sua motivação ao enfrentar times de pequeno porte do estado e que nos jogos da Libertadores todos estarão realmente comprometidos em realizar grandes performances.

O fato é que o tempo urge e teremos nas próximas 3 semanas jogos pelo torneio continental, sendo que no dia 20 já teremos um confronto duríssimo contra o Grêmio. Esse sim, um jogo que pode começar a definir as pretensões dos 2 times brasileiros, que, a princípio, são os favoritos a conquistar as 2 vagas do grupo.

Gostaria ainda de dar uma pincelada no assunto da semana, o tal vídeo do técnico do Botafogo, já tão debatido em várias colunas aqui mesmo do Panorama e em várias outras páginas da internet e programas de rádio e televisão.

Como um cara que viveu durante algum tempo o mundo dos vestiários de futebol, não estranho nem um pouco aquele tipo de manifestação do técnico. O que foi dito e a forma como foi feito é quase que uma rotina no mundo dos esportes.

Para mim, foram estranhos apenas 2 aspectos: primeiro, que a tal sacudida na equipe tenha sido feita apenas no final da partida, pois aquele tipo de performance é típica de um intervalo de partida, quando o técnico vai para o vestiário p… com a atuação de sua equipe e tenta mexer com os brios de seus comandados. Sinceramente, não entendi por que fazê-lo somente ao término do jogo.

Segundo, que o Botafogo tenha publicado a tal filmagem. Não vejo motivo razoável para a divulgação da conversa do seu técnico, que deveria ficar restrita tão somente aos bastidores do clube da estrela solitária.

A divulgação do vídeo pareceu-me tão somente um tipo de provocação ao nosso tricolor. Para mim, o caso se configura como mais uma tentativa desesperada de abalar um clube que nos últimos tempos tem sido infinitamente superior aos seus adversários locais e até brasileiros, com algumas poucas exceções.

Atitudes como essa, aliás, têm se repetido, em maior ou menor grau de apelação, nos meios de comunicação oficiais. Não é segredo para qualquer tricolor a constante sabotagem que o clube sofre nas páginas e programas esportivos da globo produções.

O nosso momento, que já dura 5 anos, parece incomodar muito os nossos rivais locais e, principalmente, a imprensa do maior jornal do país, que sabidamente busca a todo o custo favorecer o maior das galáxias.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

2 Comments

  1. Esse momento tem que atingir o ápice com uma conquista da Libertadores e, se possível, do mundial de clubes, se o Barcelona deixar. E tem que ser irreversível, ou seja, se tornar perene, transformando definitivamente o Flu em um clube de futebol de classe mundial, assim como aconteceu com o São Paulo, o melhor exemplo brasileiro. O Flu tem que passar a estar sempre entre os melhores do Brasil para consolidar essa imagem, disputando seguidamente a Libertadores, vencendo campeonatos brasileiros com maior frequência e figurando entre os grandes clubes do mundo. Não pode e não deve continuar sendo um time de consumo local, tem que fixar sua marca no cenário internacional. E isso só se fará com gestões acertadas, inovadoras e ousadas, sem amadorismos e timidez.
    O Flu e seus torcedores tem que se conscientizar que venceu a fase de discutir com o Botafogo quem é o terceiro do Rio e coisas do tipo. Isso tem que ficar pra trás e passarmos a enxergar um horizonte mais profundo. Nossas discussões tem que ser outras, em maior nível, em outros fóruns onde estejam os grandes clubes mundiais.

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