Nós somos a história, mas é preciso divulgá-la (por Jorge Corpas)

Ontem foi um dia bastante movimentado e tenso. Mamãe teve problema de pressão, mas já está bem e em casa. Andei muitos quilômetros por causa do trabalho. Estou até com dor na panturrilha (risos).

Trabalhei até tarde, umas onze da noite, e aí como de costume fui ver umas séries, tudo repetido. Por fim acabei no Sportv que, confesso, a cada dia está mais difícil de assistir devido a tanto clubismo.

No programa semanal do canal, foi apresentado um vídeo do Santos FC, lançado na intenção de resgatar e internacionalizar a marca. Um vídeo muito legal que se passa dentro de um avião, como que simulando um voo que vai mostrando a história do Santos, suas conquistas, os eventos onde o clube foi protagonista e seus jogadores.

Confesso que fiquei com bastante inveja do trabalho realizado pelo marketing santista.

O Fluminense precisa definitivamente trabalhar sua história, que é extremamente rica e cheia de atitudes que mudaram a história.

Temos que divulgar para todo mundo que foi no Fluminense que nasceu o termo “torcedor”.

Precisamos apresentar ao mundo o estádio onde nasceu o futebol brasileiro, onde a seleção brasileira ganhou seu primeiro título.

Todos os grandes e ilustres tricolores que fizeram a cultura e a história do Rio de Janeiro e do Brasil.

Sem falar nos craques que nasceram, cresceram e viveram o Fluminense, afinal o Fluminense não revela grandes craques após e tão somente em Xerém.

O Tricolor tem muitas conquistas regionais, nacionais e internacionais que a maioria da sua torcida desconhece e que a imprensa oficial não faz nenhuma questão de revelar ou exaltar.

Quem comenta que o Fluminense simplesmente ganhou o maior campeonato brasileiro de todos os tempos, com todos os jogadores tricampeões mundiais na disputa?

Honestamente torço muito para um dia o Fluminense volte a ser o time de vanguarda que outrora o foi.

Não gostei da timidez nas homenagens a Lula, falecido na sexta passada. Para muitos, um dos maiores pontas-esquerdas da história do Flu, campeão carioca e brasileiro, autor de mais de 100 gols com a camisa tricolor, sendo um deles decidindo um título.

Espero muito que o Fluminense tenha sua defesa institucional acima de tudo e que não seja um caso pontual como foi neste último episódio, no domingo passado, onde mais uma vez a imprensa tentou nos colocar como vilões e fracassou. Aliás, o que ainda falta para o jogador Gabigol registrar ocorrência policial pela injúria racial que sofreu? Racismo é inaceitável, mas o não comparecimento do jogador à Polícia é no mínimo estranho.

Nós, torcedores tricolores, o verdadeiro, o sem nome composto, temos que pedir, clamar, exigir que nossa história seja cantada e clamada aos quatro cantos do mundo e só desta forma seremos reconhecidos como devido SOMOS A HISTÓRIA.

No mais, quero mostrar meu apoio ao jogador Paulo Henrique Ganso. O que estão fazendo com ele é revoltante. Um clube com a grandeza do Fluminense e, como somos o time de todos, não podemos aceitar este tipo de covardia.