Fuerza, Venezuela… força, Abel! (por Marcus Vinicius Caldeira)

Ontem, na Venezuela, morreu o presidente Hugo Chávez, aquele que se recusou a governar para as elites venezuelanas e para o capital e fez um governo para os pobres e excluídos de seu país. Chávez foi o governante venezuelano que conseguiu tirar mais gente da extrema pobreza e da pobreza, dando condições mais dignas para as camadas mais sofridas da população. Nenhum outro ousou fazê-lo!

Não obstante isso, a velha midia internacional sempre subserviente aos interesses do capital, tratrou de ridicularizá-lo e caricaturalizá-lo – e essa caricatura ganhou eco na classe média mundial, que não se cansa de proclamá-lo como uma figura folclórica e sem importância – para eu parar por aqui.

O problema é que o cotidiano, a dinâmica da luta de classes e a vida real atropelam a covardia da retórica vazia e do discurso ensaiado. Ontem, assistimos, no meio da tarde, a multidão venezuelana ir para as ruas para começar a se despedir-se daquele que governou para eles e não para os de cima da linha do Equador. Contra fatos, não há argumentos.

Mais tarde, no Engenhão, à noite, o Fluminense, pela terceira vez consecutiva joga melhor que seu adversário, pressionando-o na saída de bola – como eu gosto -, porém desperdiçando chances e tomando gol bobo. Pela segunda vez seguida, sai com o resultado adverso. Como tem se repetido ao longo desse ano, acha que pode matar a partida a hora que quer e complica um resultado fácil.

Some-se a isso o fato de ridiculamente apenas onze mil torcedores aparecerem no estádio – eu cantei a bola após a derrota pro Vasco. Como dizia minha falecida e saudosa mãe: “Conheço meu eleitorado”. Nossa torcida só vai na boa! É histórico! Esse elenco foi campeão brasileiro ano passado, sem a ajuda da torcida. Basta ver a média de público. E este ano não está diferente!

Quem carrega e empurra este time no estádio são os dez a quinze mil de sempre. O resto é tudo “Maria vai com as outras” que só vai quando o time está na boa.

Mas, o pior ainda está por vir. Não tenho dúvida que assistirei neste começo de semana, uma das maiores covardias do futebol nos últimos tempos: vão tirar o técnico campeão brasileiro e campeão carioca de 2012! Quero estar enganado, mas parece que é este o cenário que se apresenta: dez dias sem jogar pelo carioca, um mês pela Libertadores… quer momento melhor para uma substituição?

Se isso acontecer, será a vitória da covardia e da estupidez. Abel é um treinador vitorioso, que encaixou um esquema que o fez perder menos de 6 partidas ano passado. Um esquema que se não fazia o time jogar bonito, trouxe duas taças a mais para a sala de troféus em Laranjeiras, uma delas, nacional.

E se eu concordasse que de fato nosso treinador está mal – ele, definitivamente, não foi culpado dos últimos resultados negativos – quem colocaríamos no lugar? Não tem treinador qualificado no Brasil para substituí-lo. Só se vier um europeu ou um sul-americano de ponta (os treinadores de ponta do continente são melhores que os de ponta do Brasil).

Será um erro grotesco se isso vier a se concretizar. E com conivência da torcida – a mesma que não vai ao estádio –  que ajudou junto com a imprensa a provocar esta situação – ou vocês não viram a capa do Lance, hoje?

Abel poderá cair, mas contra fatos não há argumentos: é um técnico multicampeão e com números excelentes. O resto é retórica vazia!

Espero estar errado! Espero que a diretoria seja serena agora e não tome decisões açodadas, mas…

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Ninguém me tira da cabeça que parte do elenco, sabe-se lá porque, está jogando para derrubar o Abel. A seguir cenas…

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Esta torcidinha que só coloca dez mil no estádio num jogo chave de Libertadores merece a volta do rei do rachão! Merece… E muito!

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Não acredito em Deus, mas nessa hora vale tudo: “Senhor, ilumine a cabeça de nossos dirigentes”!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

16 Comments

  1. Flusao84,

    Para começo de conversa sugiro que você assine seus comentários na internet, assim sabemos, de fato, com quem estamos falando. Pode ver que aqui no Panorama todos nós assinamos nossos posts e comentários.

    Segundo, creia: quem dita a pauta do site são os integrantes do Panorama. Portanto, não precisamos de pessoas de fora para dizer o que escrevemos ou não, embora aceitemos muitas sugestões que vem de nossos leitores – que não são poucos.

    Meu caro, não preciso que alguém me diga o que eu deva ler ou não, e olha eu leio muito, desde os meus 11 anos no Colégio São Bento, onde parte do meu recreio eu passava na bibilioteca.

    De qualquer maneira, vou dar uma passadinha no livro, por curiosidade intelectual. Tenho certeza que como fala do que eles chamam de “idiotas latino americanos” eu deva encontrar o seu nome lá – claro se você tiver a coragem de se apresentar!

    1. Ok. Marcus Vinicius.

      Veja bem… Eu não te chamei de idiota em momento algum. Eu recomendei um livro escrito por ex-esquerdistas radicais. Você utilizou um espaço que é de torcida de futebol para falar bem de um sujeito que se aliou ao Iran, financiou as Farc e criou hiperinflação na Venezuela.

      Com tudo isso, você ainda acha que Chavez foi o redentor da Venezuela. E você que está aqui no Brasil, se preocupou em dedicar um post ao fundador da república bolivariana.

      Sabe, acho que recomendei o livro errado. Você deveria ler nosso profeta Nelson Rodrigues. Em 67 e 68, ele já falava de cenários que se repetem agora.

      Não vou mais atrapalhar a tua panfletagem. Siga em frente, ou melhor, Adelante!

  2. O que tem a ver Chavez com o Flu? Quanto a ser o “governante que mais tirou gente da miséria” sugiro que pare de ler propagandas na Internet e estude a verdadeira história Venezuelana. De mais a mais sugiro também a leitura do “Manual do perfeito Idiota Latino-Americano” de Plinio Apuleyo Mendonza, Carlos Alberto Montaner e Alberto Vargas Llosa.

    ST.

  3. Renato,

    Também gosto do Sampaoli, mas não sei se daria certo no Brasil!

  4. Caro Caldeira,
    Concordo que o time jogou “bem” ontem. E também não quero que o Abel saia, aliás, se saísse (“fosse saído”) agora, seria de uma EXTREMA irresponsabilidade da diretoria, mesmo que o próximo jogo da Liberta seja só daqui um mês.
    Porém, entretanto, todavia, penso que falta CORAGEM ao nosso comandante para acabar com essa panelinha maldita que ele tem. Falta a ele a coragem que o Cuca teve em 2009 ao barrar os cabeçudos que certamente nos custariam o rebaixamento naquele ano.
    Edinho não dá mais, tem que entrar com Valência. Bruno é irritante, não marca e tampouco ataca, mas também não vejo um W. Silva melhor que ele, pois ou eu e meu pai somos loucos, ou não entendemos nada de futebol, pq toda vez que esse cidadão entra nos irritamos; o maluco é displicente, e só ganha do Bruno no quesito velocidade/vontade, pois também não acerta nada.
    Nossa zaga bate cabeça há muito tempo e sinceramente não sei como melhorar isso, não sou técnico e não temos Thiago Silva para salvar.

    Quem sabe um milagre não revive aquele Digão de 2009?
    E pq não dar chance aos garotos da base? Bota Eduardo, bota Igor Julião, bota Elivélton nesse time! Alguma coisa tem que acontecer, pois do jeito que está não dá.
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    Não vejo, repito, NÃO VEJO técnico “melhor” que o Abel no mercado. Pessoal sempre fala de Autuori, mas esse também não quer saber de voltar pro Brasil. Todo técnico que sai, independente do clube, especulam esse cara e nada. Reinight, gosto dele como ídolo, não como técnico, está aí, só no seu fut-vôlei em Ipanema, só na espreita.
    A única opção que vejo seria o Jorge Sampaoli, técnico da La U, que gosta de futebol ofensivo e de velocidade, tipo o Cuca, e o homem sempre quis trabalhar no Brasil, o próprio já disse isso em entrevista na ESPN. MAAAAAAAAAAAS, dirigente no Brasil não gosta de técnico estrangeiro…

  5. Ontem após o jogo, também comentei sobre essa possibilidade de “pedirem” a cabeça do Abel, principalmente pelo fato da distância para o nosso próximo jogo na LA.
    Concordo que será de uma estupidez e covardia sem tamanho.
    E se realmente acontecer, todo mundo sabe quem virá.

    Não acredito que exista um racha para derrubar o Abel (a não ser que tenhamos muitos bons atores no elenco).

    Espero só que “ninguém” surte e que o trabalho continue. Temos dez dias até o próximo jogo para corrigir falhas e acertar o último passe nas finalizações. Com frieza e raciocínio a bola entra.

    DVD de 2009/2010 e 2012 na preleção já!

  6. Ae Caldeira! Você está enganado: Chavez estava forte e heróico até ontem, de acordo com sua assessoria, portanto não pode ter morrido de uma hora para outra. Chavez vive, você é que não tem pensamento positivo. Quanto ao Abel, um técnico que coloca o Samuel para jogar aos 47 do segundo tempo pode precisar de qualquer coisa, menos de força. 😛

  7. Caro Rodrigo, quem deve estar de sacanagem é você! Quer dizer que só temos tricolores nestes bairros citados por você? Às dificuldades não valem para os 11.000 que foram?

    É sempre uma desculpinha. Semana passado foram os preços.

    Não torço pra torcida do Fluminense e sim para o Fluminense e digo mais,: o Fluminense foi campeão sem sua torcida ano passado.

    Ridículo!

  8. Discordo de vc. Fico muito a vontade para criticar o Abel, pois SEMPRE achei ele um treinador horroroso, mas com MUITA SORTE. Mesmo com problemas particulares, fui ao Engenhão no sábado e ontem (tive que fazer sacrificio absurdo) e voltei pra casa frustrado, como todos. Ano passado, quando fomos campeões, diversos amigos me criticaram por ter mantido minha opinião sobre o Abel. Espero estar errado, mas acho que a sorte do nosso “treinador”está acabando…se fosse pra mandá-lo embora (e, ao contrário do que vc pensa, não acredito que isso vá acontecer), teria que vir alguém de ponta (gosto do Autuori), e não Renights da vida…agora, a pergunta que não quer calar: Abelão, botar o Samuel aos 47 do 2 tempo??? Era pra “ganhar tempo”, por acaso?! Fala sério…

  9. A torcida da casa mais atrapalha que ajuda. Fluminense só joga bem fora de casa e isso é fato e ainda digo mais, a torcida do Fluminense de outros estados dão show de apoio ao Fluminense nos Estádios mesmo na derrota. Vaias e desrespeito ao próprio clube tem mais presença no Rio. Só parar para observar!

  10. Eu moro há 2 horas do Rio, quase 3 do Engenhão… e vou no minimo, em 8 a 10 jogos do Fluminense… Gasto mais de 150 reais sempre… e fico indignado com quem mora no Rio e fica falando mal do Engenhão… Po, a gente tem que ir ver o Fluminense e não ir ao Engenhão!

  11. Maria vai com as outras? Você só pode está (sic) de sacanagem! Um time que não empolga ninguém que esse ano tomou gol em praticamante em todos os jogos e você quer estádio cheio? Para ver aquilo de ontem? Você só pode está de sacanagem! Quem mora em Sta Cruz, Campo Grande, Bangu, Deodoro, isto é, quem mora na Zona Oeste e não é vagabundo não tem como ver um jogo às 22:00 horas e acordar as 5:00/ 5:30 para trabalhar no outro dia! Sobre o fato do Fluminense somente perder seis partidas ano passado muito se deve a atuações bilhantes de Fred, Deco e D. Cavalieri… Que em 2013 não estão sendo tão brilhantes como no ano que passou, porque tática esse time não nunca teve.

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