Time chato. Há vários times chatos e o Goiás é um deles. Por várias vezes, os esmeraldinos já complicaram o Fluminense. É certo que eram outros tempos, quando tinham um time bem melhor do que o atual. Do outro lado, o tricolor, também, não era a força que é hoje. Mesmo assim, quando vejo o Goiás na tabela, torço o nariz.

Vi esse time atual na partida contra o Botafogo, aqui em Brasília. Por pouco não ganhou. Tivesse mais um Walter, teria saído daqui com os três pontos. Aliás, o centroavante vem causando estragos no Campeonato Brasileiro. Notadamente acima do peso, tem desenvoltura dentro de campo igual à de qualquer outro jogador. As suas principais características são: noção de área, capacidade de se desmarcar e precisão nos arremates. Deve ser vigiado de perto. É bom que os zagueiros tricolores, principalmente o Leandro Euzébio, vejam e revejam o gol que ele marcou contra a Ponte Preta no final de semana. Ao perceber que um jogador do Goiás escapava pela esquerda, ele começou a correr em direção à área adversária em zigue-zague. Pouco antes do cruzamento, correu para trás do zagueiro e, em seguida, para a sua frente, antecipando-se e tocando para o fundo das redes. Achei o lance muito interessante.

Quem quiser assistir, acesse o link http://globoesporte.globo.com/temporeal/futebol/18-08-2013/ponte-preta-goias/ e observe.

Com relação ao Fluminense, espero que a comissão técnica não comece com aquele papo de priorizar e, consequentemente, poupar jogadores. Não precisa. Um ou outro, em uma ou outra partida, até vai, mas colocar todo um time reserva, ou quase todo, em determinada competição, não leva a lugar algum. Tem que disputar para vencer os dois torneios restantes do ano. Ah! Com essa zaga não dá! Será difícil, mas dá. Aperta o sistema defensivo, protege mais os zagueiros, que a coisa fica melhor. Aliás, o Luxemburgo já está fazendo algumas coisas nesse sentido.

No entanto, o Fluminense está sem jogadas ofensivas. As que saem são no improviso dos jogadores. Não há nada ensaiado, tanto é que, quando alguém pega a bola, tem poucas opções de passe e tenta resolver sozinho. Contra o Náutico, ganhou com uma única chance. E não foi um gol fácil, pois Samuel teve que fazer fila. Um fator que ajudaria seria mais velocidade na transição defesa-ataque.

Hoje, os jogadores tricolores não devem ir a campo com ideia fixa nos gols que terão que fazer para jogar com tranquilidade na volta, em Goiânia. Devem pensar em jogar num ritmo forte, como os donos da casa, marcando o Goiás por pressão. Os gols sairão naturalmente. Caso contrário, se entrar em uma paranoia de criar gordura, terá adversários maiores que o time goiano: a ansiedade e o nervosismo.

Vamos torcer. Mais tarde, o Maracanã será o nosso centro do mundo.

Mauro Jácome

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Pré-revisão: Rosa Jácome

Imagem: http://eucomentoesportes.blogspot.com.br

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