Fluminense, um líder em formação (por Heitor Teixeira)

Uma atuação nem desastrosa e nem heroica. O empate em 1 a 1 contra o Junior Barranquilla vem trazendo reações polarizadas da torcida, alguns o tratam como inaceitável, outros como um bom resultado dadas as circunstâncias. A verdade é que a atuação no Equador mostrou um time aplicado, mas que sofreu com problemas táticos.

Primeiro precisamos considerar o contexto que envolveu o jogo. Uma viagem desnecessária, um desgaste grande causado pela incompetência da Conmebol e dentro de campo uma péssima atuação do árbitro, que comprometeu o Fluminense em diversas ocasiões.

Dito isso, o duelo em si expôs muitas dificuldades da equipe Tricolor. O Fluminense de Roger Machado, técnico marcado por ser muito convicto de suas ideias, tem um claro problema ao tentar manter a bola, o que vem prejudicando muito a capacidade criativa da equipe. Ter mais posse de bola não deve ser uma religião, mas não a ter por quatro jogos seguidos, sendo um contra a Portuguesa, mostra uma deficiência da equipe. Com opções interessantes no banco, não faz sentido em todos os jogos apresentar as mesmas mexidas, as mesmas ideias e as mesmas táticas, precisamos urgentemente de alternativas ao enfrentar diferentes adversários.

Não é hora de crucificar ninguém, nem jogadores que vêm oscilando como Yago e Martinelli e nem o treinador, que apesar de algumas atuações questionáveis da equipe vem entregando bons resultados. Ao mesmo tempo os visíveis problemas não podem ser ignorados, principalmente os da parte tática que ficam mais evidentes a cada jogo. A próxima partida pode ser um bom teste para o Fluminense, que mesmo com um time alternativo pode tentar novas estratégias por um enfrentar uma equipe bem inferior. Que testes sejam feitos e opções sejam criadas, pois excesso de convicção também pode ser um problema.

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