Fluminense: dignidade ou comodismo (por Thiago Muniz)

Amigo e amiga tricolor,

O que venho escrever aqui não é conspiração e muito menos torcer contra nosso Tricolor nesse campeonato Brasileiro, combalido devido à pandemia e muito mal administrado devido a falência múltipla da atual confederação brasileira.

O Fluminense não vem bem das pernas desde a conquista do Brasileiro de 2012, lá se vão oito anos de perduras e sofrimentos dentro de campo. Não conseguimos montar um bom elenco ou pelo menos um elenco coeso para ser competitivo.

Fora as administrações péssimas presidenciais, ex-Midas querendo dar palpites, reuniões escusas de forças inóspitas políticas, aprovações patéticas pré-elaboradas, negociações de jogadores sem fundamentos com empresários ocultos, abandono de Xerém, e outros pontos tão emergenciais quanto as que já citei pelos meus colegas cronistas.

Qual o caminho disso tudo? Fundo do poço! Poço de lama com muito lodo. As vezes até penso que talvez o poço possa ser um recomeço, uma reinvenção do Fluminense como marca, com orgulho e como tradição. O que vemos hoje é um clube medíocre.

Existem dois caminhos: seguir o fluxo e aceitarmos a pequenez ou reinventarmos e darmos uma sacudida geral.

Seguir o fluxo é o caminho mais cômodo e menos trabalhoso, basta continuar a mesmice administrativa, a esbórnia financeira e a fadiga política. Mais cedo ou mais tarde o clube cairá para a série B e lá ficará entre caídas para a série C e retornos para a B, vez ou outra volta para a A como “aquele que um dia foi clube grande”. Cena triste? Sim! Mas estamos nesse caminho se nada mudar.

Reinventar será penoso para o Flu. Teremos que ter paciência ao máximo de nossos limites, é provável que continuaremos não conquistando títulos, questionaremos se esse é o caminho correto mas o clube deverá ter foco no objetivo. Sanar dívidas, erradicar relações obscuras com empresários oportunistas, elaborar um teto salarial, valorizar novamente o nosso celeiro de craques, fortalecer o nosso jurídico e principalmente priorizar uma política limpa no clube, respeitar e fidelizar com qualidade o nosso torcedor, independente se é sócio-torcedor-votante ou não, todos são iguais. Valorizar a nossa gestão da marca Fluminense no mercado é primordial, pois quem não é visto não é lembrado. Não precisamos inventar a roda, existem cases de sucesso tanto no Brasil como no exterior, seja com futebol e diversos esportes.

Dá trabalho, né? Muito! Mas esse é o caminho para a glória.

Resta sabermos qual o caminho vamos escolher: a dignidade ou o comodismo.

Cartas lançadas.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. Realmente não vejo outra solução. Hoje não há sequer coerência nas contratações. É fato que passaremos dificuldades com esse elenco no Brasileiro. O Campeonato Carioca já nos mostrou que não adianta somente ter vontade, uma hora a qualidade pesa.

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