Fluminense 3 x 0 Criciúma (por Marcelo Vivone)

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O jogo foi fácil, como tem que ser um jogo em casa contra adversário do porte do time catarinense.

Especialmente no 1º tempo, o time jogou na intermediária do adversário, que não teve uma chance de chegar sequer perto do nosso gol. No 2º tempo, o time diminuiu o ritmo e administrou bem o restante do jogo.

Voltou a funcionar a bola aérea. Essa jogada que foi tão forte no ano de 2012 e nos garantiu, junto com Cavallieri e Fred, vários 3 pontos em partida complicadas na campanha do tetracampeonato e que nos fez tanta falta na Libertadores.

O time continua se ressentindo de um jogador de criação no meio. Com a dupla Wagner e Rhayner em campo, não existe um jogador que saiba fazer essa importante função em nosso time. Com essa formação, a exemplo do que ocorreu na eliminação da Libertadores, a bola é trabalhada de um lado para o outro, mas falta uma bola mais vertical, aquela capaz de deixar um atacante na cara do gol.

O lance do 3º gol é um bom exemplo da falta que faz um jogador que possui a qualidade da jogada vertical. Nos 15 minutos que Felipe esteve em campo, tentou essa bola algumas vezes e, em uma delas, deixou Nem na cara do gol. O zagueiro foi obrigado a fazer o pênalti. Se não podemos contar com o próprio Felipe durante um jogo inteiro e se for confirmado o afastamento do Deco, faz-se necessária a contratação de um jogador com essa capacidade.

Por conta da convocação para a Copa das Confederações, o torcedor terá que aturar até junho a dupla de “inhos” na cabeça da área da equipe, sendo que um deles, de quebra, ainda assumiu a braçadeira de capitão do time.

Notícia boa nesse jogo foi a entrada do lateral Wellington Silva. Não exatamente pela sua entrada, mas pela saída do Bruno. Ruim por ruim, fico com o novo titular. Wellington precisa melhorar a sua capacidade de marcação. Na frente, é um jogador muito mais útil do que o nulo Bruno, mas precisa treinar cruzamentos.

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Os 3 gols do jogo vieram de Xerém. O Flu ao lado do Internacional possui a melhor formação de base do país. Abel deveria dar mais oportunidades para alguns meninos que têm muito talento e estão babando por conseguir um lugar ao sol.

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Por que nosso treinador deixou para barrar 3 jogadores somente após a eliminação na Libertadores? Há tempos leio e ouço a grande maioria da torcida pedir a saída em especial de Bruno e LE. Somente após ser eliminado do torneio mais importante do ano é que a mudança vem? Não dá pra entender.

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Embora não comungue da opinião da diretoria, entendo a sua opção pela continuidade do trabalho do treinador. Estou muito longe de ser o dono da verdade, como alguns torcedores parecem se considerar. Mas é necessária uma sacudida em todo o grupo, inclusive no próprio treinador. Trabalho de sucesso tem que ter cobrança.

Não entendo é a continuidade das equivocadas declarações do início do ano de que o grupo é forte e não precisa de reforços. Até o Stevie Wonder já viu que o time titular, e não somente o elenco, precisa de reforços pelo menos na zaga e no meio de campo de criação.
Seria muito bom também um lateral direito e um segundo zagueiro, mas entendo que falta dinheiro para tanto.

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Incrível o que representa o Fluminense para história do futebol brasileiro. Fred anotou o 1º gol do novo Maracanã, como foi de João Coelho Neto, o Preguinho, em 1930, o 1º gol brasileiro em Copas do Mundo. Foi também de um tricolor, Waldir Pereira, o Didi, que à época vestia o nosso manto, o 1o gol da história do Maracanã, em 1950. Sem falar do 1º título internacional do Brasil, conquistado na nossa casa, as Laranjeiras, em 1919. Ainda tem o nosso título mundial que o Maracanã testemunhou em 1952. Nós somos a história e, provavelmente por isso, incomodamos tanto.

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Muito legal a atitude da torcida do Fluminense com o Tartá.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Foto: www.lancenet.com.br

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4 Comments

  1. Caro Vivone,

    Precisa a sua análise de nosso Fluminense.

    Creio que o grande pecado no “planejamento” de nossa diretoria tenha se dado ao “sentar” sobre o título brasileiro de 2012, que foi conseguido com certa facilidade, eis que com quatro rodadas de antecedência para o final da competição.

    Isto foi horrível para nós, pois, os homens que administram nosso Fluzão acreditaram ter em mãos um super time, uma super zaga, etc. Ledo engano.

    Todos sabemos da fragilidade de nossa zaga, sempre confusa e pessimamente colocada nas bolas aéreas. Nossos zagueiros são, sem exceção, lutadores e voluntariosos. Mas na técnica temos graves deficiências. Em que pese grande parte de nossa torcida criticá-lo, gosto do futebol do menino Digão (o mais lúcido do setor).

    Da mesma forma, o Bruno é um dos piores laterais da gloriosa história do Fluminense. Não possui técnica, não sabe o que é uma linha de fundo, pois, nunca chegou lá. além de ser extremamente frágil na defesa. Concordo com o amigo Fabrício e, acho que vale muito a pena o Abel dar oportunidades ao garoto Igor Julião. Já o vi algumas vezes e, posso assegurar: é muito bom.

    No meio campo, com a aposentadoria do Deco desde 2012, precisamos urgentemente de um líder para o setor, alguém que pense o jogo, pois, o Wagner tem suas limitações. O TN vem mal já há algum tempo, precisando de sequência de jogos para sabermos se vai engrenar ou não.

    Enquanto os poderosos Barcelona e Bayern Munich, mesmo com os timaços que possuem, estão sempre se reforçando, buscando aprimorar o que já é bom, nós achamos que possuímos o que que jamais tivemos: um timaço.

    ST, Luiz.

  2. Vivone,

    Duas pinceladas: há um erro no texto, o time é catarinense e não paranaense;

    Outra: ante o fraco futebol apresentado pela dupla Bruno/W.Silva, é chegada à hora

    do Abel dar uma oportunidade pro Igor Julião!
    Saudações Tetracampeãs ( querendo e muito ser penta! )

    1. Marcelo Vivone:

      Fabrício, obrigado pela correção. Corrigi o texto. Adicionei mais um item aos feitos do nosso Flu. Foi do Didi o 1o gol de toda a história do Maracanã, em 1950. Ele nessa época vestia o nosso manto.

      Um abraço.

      1. Vivone, li também que foi de um jogador do Flu (não me pergunte o nome) o primeiro gol da seleção brasileira em toda sua história. Devemos lembrar também que o primeiro gol no Engenhão foi do Flu (Alex Dias) e que o primeiro título no Engenhão foi do Flu. E ouvi dizer que o estádio das Laranjeiras sediou o primeiro jogo da seleção brasileira. Tá bom, né ?

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