Fluminense 1 x 0 Cerro Porteño – Muito resultado para pouco futebol (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, vivemos uma estranha situação. Garantimos, com duas vitórias, em quatro dias, duas vagas em quartas de final das duas competições de mata-mata que disputamos. E que fique claro que uma delas é a Copa Libertadores da América, em que estamos a cinco jogos do título. No caso da Copa do Brasil, são seis jogos.

Mesmo assim, não consigo imaginar um único tricolor que esteja satisfeito com o que tem visto em campo. Nos dois últimos jogos, contra Avaí e Cerro, as vitórias vieram mais por fragilidade dos adversários, apesar do 3 a 0 expressivo em cima do Criciúma, partida em que tememos pela eliminação para um time rebaixado no Campeonato Catarinense e que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro.

No jogo da noite de hoje, por outro lado, uma vitória do Cerro não teria sido injusta, mas é preciso aproveitar esse “porém” para tentar analisar o que é o Fluminense na temporada. Porque não podemos deixar de frisar que existe um Fluminense Tipo A, que de vez em quando aparece em campo. Foi o Fluminense que fez 2 a 0 no Cerro em Assunção e que poderia ter feito quatro.

Esse Fluminense Tipo A é o que nos dá esperança de avançarmos a partir de agora, porque o que jogou nas duas últimas partidas não tem a menor chance de passar pelo Barcelona. Pelos adversários que devemos ter pela frente na Copa do Brasil, o diagnóstico é o mesmo. Se o Fluminense seguir com esse futebol, acabou aqui.

O que fazer? A pergunta certa é: “o que Roger precisa fazer?”. E eu não vou ficar me repetindo. É uma questão de olhar nossa trajetória e ver o que funciona. Tivemos variações de desempenho ao longo da temporada. Jogamos algumas partidas que nos colocam em condições de brigar por esses títulos. É só a gente se lembrar da partida contra o Cerro no jogo de ida, depois do qual não fizemos mais nada de relevante em termos de dar motivos à nossa torcida para acreditar.

Há muito pouco a fazer exceto esperar que haja algum espírito de Fluminense dentro do futebol do Fluminense. Vamos comemorar essa vaga, porque ela foi merecida pelo que fizemos no primeiro jogo, com a certeza de que precisamos repetir sempre o que fizemos no Paraguai se quisermos cumprir nossa obrigação, que é conquistar a Libertadores e a Copa do Brasil, porque o Brasileiro já virou miragem.

Saudações Tricolores!

6 Comments

  1. Acho que tem que ser feito como 1984, que naquela época foi injusto com o Carbone, mas talvez se o Parreira não tivesse sido contratado não teríamos sido campeões brasileiros naquele ano.

    No caso, seria colocar o Marcão, que não é grande técnico no comando do time principal e fazer o Roger treinar o time sub-23 do Angione. Se quiser pode levar o Nenë, o Wellington e o Hudson, quando se recuperar, para o aspirante.

    Saudações Tricolores. Fernando Ventura Jr.

  2. Vamos corrigir o texto, já que o colunista viu um jogo contra o Avaí que não existiu. O Fluminense eliminou o Criciúma. Realmente o futebol hoje foi fraco, maa o gramado não ajuda quem joga futebol. Vamos passar pelo Barcelona, que ainda bem, não é o da Espanha. Bom que o jogo é no nível do mar. ST

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