Fluminense 1 x 0 Bahia (por Mauro Jácome)

94 - 07092013 - Fluminense 1 x 0 Bahia

Finalmente, o Fluminense entrou no campeonato. Não nesta rodada, mas desde o meio de semana. O jogo contra o Atlético e o segundo tempo de ontem foram muito diferentes de quase todas as 17 rodadas anteriores.

Luxemburgo repetiu o trio de meio-campo defensivo do jogo no Independência, com Edinho, William e Rafinha, liberando Wagner para encostar nos atacantes. No entanto, Samuel e Marcos Júnior ficaram presos no congestionamento que o time do Bahia fez do meio para trás. Bruno, como de praxe, não apoiou e Carlinhos teve o caminho bloqueado por dois ou três adversários.

No primeiro tempo, o time baiano adotou o esquema tradicional de se fechar com 9 ou 10 jogadores atrás da linha da bola e partir em contra-ataque, principalmente, com Wiliam Barbio e Fernandão. Nas vezes em que conseguiram partir em velocidade, a marcação do Fluminense teve dificuldades. Todas as jogadas de perigo foram do time baiano. O saldo do Fluminense no primeiro tempo foi muito ruim. A torcida não perdoou na saída para o vestiário e vaiou os jogadores.

Na volta do intervalo, o time estava bem mais aceso, procurando encurralar o Bahia. A torcida veio junto, apoiando com força. O Maracanã reviveu os gritos altos e tradicionais dos tricolores.

Luxemburgo foi muito feliz nas alterações: Biro-Biro, no lugar de Marcos Júnior e Felipe, no de William. Com as jogadas ariscas do atacante, o apoio de Carlinhos, os avanços de Rafinha e a distribuição de passes de Felipe e Wagner, o Fluminense começou a levar perigo ao gol de Marcelo Lomba. Por mais incrível que possa parecer, até o Bruno foi à frente. Pasmem, conseguiu chegar à linha de fundo. Guardem essa data histórica.

As linhas tricolores avançaram e as do time de três cores recuaram. E tome Fluminense. Para coroar o seu rol de alterações, Luxemburgo colocou Rafael Sóbis no lugar de Samuel, que fez uma partida horrorosa. Na primeira bola que o atacante, dublê de roqueiro-popstar, chutou, Marcelo Lomba não conseguiu segurar o petardo, Biro-Biro pegou o rebote e estufou as redes. A torcida foi ao delírio e o garoto para a galera.

Com a vantagem, o Fluminense procurou manter a bola no pé. Wagner foi a peça-chave do controle do jogo. Tocava e se posicionava para receber novamente, tocava e se posicionava para receber novamente. Foi assim até os 40’ minutos. Nos 8 minutos finais (5 regulamentares mais 3 de acréscimo), o Fluminense recuou, montou uma linha de cinco, com Edinho entre os dois zagueiros, e uma de quatro à frente do gol de Cavallieri. Biro-Biro ficou mais à frente para puxar um eventual contra-ataque.

Com relação aos setores, a zaga mostrou as dificuldades regulares nos contra-ataques adversários, mas está mais bem protegida. Anderson evitou as faltas infantis. Aliás, recuperou-se, relativamente, da catastrófica atuação de quarta-feira. O meio-campo teve momentos completamente opostos: no primeiro tempo, não conseguiu sair do bloqueio que Cristóvão criou. No segundo, Wagner, Rafinha e Felipe tocaram com mais rapidez e contaram com os deslocamentos de Biro-Biro e o apoio de Carlinhos para fazer a transição da defesa para o campo adversário. O mesmo aconteceu com o ataque. De inoperante, com Marcos Júnior e Samuel, a criativo com Biro-Biro e consistente depois da entrada de Rafael Sóbis.

O resultado foi excelente nessa fundamental partida. Era preciso ganhar do Bahia de qualquer jeito. Times da zona de baixo ganharam alguns jogos nas últimas rodadas e a linha de rebaixamento se aproximou perigosamente.

Como na vida nada é fácil, na quarta-feira, o Fluminense vai a Curitiba pegar a surpresa do campeonato: o Atlético-PR. Preparem-se para muita pressão. Mais do que nunca, vamos precisar de São Cavalieri.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Pré-revisão: Rosa Jácome

Foto: http://www.espn.com.br

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2 Comments

  1. Mauro, quarta, venceremos por 1 x 0. Gol do Rhayner! rs
    A bênção, João de Deus!!
    ST4

  2. é aquela goleada de 3 pontos. kkk
    mas faltou você agradecer ao Fernandão. ajudou muito, heim.

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