Flu: Bienal 2013 (por Paulo-Roberto Andel)

bienal hoje

Ontem, mais uma vez o Fluminense marcou sua permanente posição de vanguarda, desta vez por conta da Bienal do Livro 2013 recém-encerrada.

Há anos, o futebol rugia por uma carga literária à sua altura. Morreram os tempos em que o velho esporte era coisa de alienado ou ignorante – na verdade nunca foi. Não confundamos humildade com ignorância.

O velho Fluminense de guerra foi lá e fez seu papel de sempre: desbravador, desafiador de definições, sem esperar uma inspiração alheia para espelhar-se. Afinal, nós somos o espelho. Sempre foi assim.

Além das garbosas publicações direcionadas pelo clube, dezenas de obras literárias publicadas pelas mais diversas editoras.

Entre textos caudalosos e outros econômicos, sagas e simplicidades, a história e a literatura, decanos e craques que acabaram de chegar, viagens e o suposto real, há de tudo um pouco.

Não percamos tempo em competições inúteis e pequenas sobre o que é “melhor” ou não, o que “faz sentido” ou não – a literatura é grande demais para que qualquer parlapatão queira conduzir seus destinos sobre o que deve ser histórico ou factual ou temporal.

Escrever é uma viagem individual, cada um tem seu jeito. E talento, lógico: sem ele, não há escritor e editora que resistam – a não ser que o mau autor ponha os tostões do bolso. O que seria dos beats se não fosse a visão de águia de Lawrence Ferlinghetti? Tudo bem, eu não vou pagar nada. Aliás, pagar o quê?

Importante é que vem muito mais por aí.

É que o Fluminense merece uma Biblioteca Nacional inteira somente para si. E ainda será pouco.

Vamos falar das nossas cores e glórias, das nossas cicatrizes e lágrimas – por que não? -, das pequenas grandes histórias que passaram ao largo da memória e merecem ser desveladas. Vamos falar da fé e da conquista, mas também do oco e do esquecido.

Vamos fazer poemas e sonhos, escrever fábulas de fantásticas fábricas de chocolate ou encantarmo-nos com nossas lindas bailarinas à ribalta do luar.

Ou berrar num bar.

Que tal contar sobre partidas desimportantes? Ou jogadores opacos? Tudo é Fluminense, tudo é matéria-prima para páginas, páginas e páginas.

Um orgulho enorme estar nessa festa pioneira ao lado de gigantes, dos quais aproprio ombros para enxergar o que vem mais adiante: Marcus Vinicius Caldeira, Cezar Santa Ana e meu querido parceiro – e sócio – João Garcez – com sua fidalguia oceânica. Um monstro. Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia.

Reitero a generosidade e a grande iniciativa tricolor de Dhaniel Cohen, Heitor D’Alincourt e João Boltshauser  – também pela excelente acolhida, palavras lindas e exageradas, pois. Bravo!

O mesmo para o mestre Marcos Caetano, nosso Dexter Gordon das crônicas – o Flu espera ávido por um livro teu! – Todos esperamos!

Da pequenina parte que me cabe – já disse isso outras vezes e muitas outras direi -, não serão poupados esforços no sentido de aumentar essa biblioteca, o que, aliás, acontecerá dentro de poucas horas mais outra vez. Estou chegando, João!

Meu nome é Paulo. Ou melhor, Paulo-Roberto Andel, com hífen mesmo porque não tem outro igual.

Para alguns desavisados – ou de má-fé mesmo – ou recalcadinhos sem talento enlouquecidos por 2,675 minutos de fama -, cheguei ontem.

Para outros, mui exageradamente, gênio. Agradeço e acho graça.

Se você chegou até essa linha ou passou mais de uma vez por este site, já deve saber do que se trata.

Ou do que eu ainda tenho a dizer.

Uma pena, FlaPress.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

6 Comments

  1. Meus parabéns Andel !

    Aliás, parabéns a todos envolvidos nessa idéia sensacional de levar o Fluminense para Bienal do Livro, Dhaniel Cohen, Heitor D’Alincourt e João Boltshauser.

    Parabéns também ao amigo Garcez, o bate papo entre vocês foi muito bacana, quem estava lá pode conferir a emoção que vocês transmitiram a todos.

    Saudações !

  2. Após tudo que dito foi só cantando/
    …fluminense me domina eu tenho amor ao tricolor…
    das três cores que trduzem tradição,a paz ,a esperança e o vigor …
    eu sou é TRICOLOR
    OBRIGADA THEREZA BULHÕES

  3. Caro Paulo,

    parabens aos organizadores, aos escritores, ao Fluminense Football Club !!!

    e… pagar o que ????

    forte abraço

    luciano

  4. Parabéns a todos, principalmente Paulo-Roberto Andel, sua diferença se faz em tudo!!!!
    Bjos…

  5. Parabéns aos envolvidos neste projeto magnífico do stand tricolor na Bienal do Livro, em especial aos incansáveis Dhaniel Cohen, Heitor D’Alincourt e João Boltshauser .

    Parabéns ao Andel, Garcez, e todos aqueles que escreveram sobre o Fluminense.

    Muito bom ouvir as histórias do tricolorzaço Marcos Caetano.

    Muito bom ver o recalque dos transeuntes de outros times que exclamavam “stand do Fluminense” ou queriam fazer gracinhas prontamente respondidas.

    O Flu segue sua saga de…

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