Fluminense 1 x 1 Tigres (por Mauro Jácome)

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Tigres e ratos

A vitória do Madureira complicou a vida do Fluminense. Menos mal que o Macaé gastou tudo na rodada passada e, nesta, tropeçou no Bangu. Para retornar ao G4, teria que ganhar do Tigres e, o mais difícil, torcer para o Flamengo perder do Vasco no fechamento da rodada. Mas o Fluminense não fez a sua parte e continua fora da zona de classificação.

Finalmente, Guilherme Santos estreou. Não entendi o porquê do lateral ainda não ter sido testado. Incompreensível, também, foi a escalação de Marlone no ataque e, ainda, de ponta-direita. É um jogador que não tem velocidade para trabalhar pelo lado do campo. Suas características são mais indicadas para a distribuição de bola pela intermediária adversária.

É certo que o time não jogou bem, mas a arbitragem, a serviço dos ratos do futebol carioca, contribuiu decisivamente para o resultado. Mesmo com os problemas em campo, o gol da virada aos 17’ do segundo tempo, mudaria o panorama. Está muito difícil acompanhar esse campeonato, que a cada ano se definha. Não digo especificamente aos jogos do Fluminense. Qualquer um. E ninguém toma uma providência.

1º Tempo

O jogo começou com o Fluminense pressionando. As chances foram aparecendo: Gerson, Edson, Edson novamente. A marcação era no campo do Tigres e o domínio amplo.

O gol não saiu logo e o Tigres ganhou alguns espaços para ameaçar o gol de Cavalieri. Aos 28’, o Fluminense teve um gol anulado que, antes do tira-teima, pensava-se numa infantilidade de Edson: Fred ganhou do goleiro numa jogada aérea, a bola ia entrando, mas Edson, aparentemente impedido, tocou para as redes.

No lance seguinte, o Tigres marcou: em mais uma bobeira da zaga, mais precisamente de Marlon, e a bola sobrou para Jean Carioca, que bateu no contrapé de Cavalieri.

O gol degringolou o Fluminense. Nada mais funcionou do meio para frente. A defesa, que já demonstrava indecisão e mau posicionamento, ficou mais exposta. O Tigres ainda chegou com perigo algumas vezes.

Por sorte, o árbitro deu 2 minutos de acréscimo e, no último lance, Wellington Silva avançou até a intermediária e alçou a bola na área. Fred ajeitou para Wagner, que bateu com precisão, no canto, e empatou. Ufa! Ufa!

A torcida que já estava com a vaia na boca, engoliu e deu um crédito de confiança.

2º Tempo

O Fluminense voltou da mesma forma que terminou o primeiro tempo: lento, sem criatividade, carregando muito a bola. E o Tigres truncando o jogo, matando a jogada antes de a bola chegar à área.

Ao contrário do começo da etapa anterior, o Fluminense pouco criou. Aos 15’, Walter entrou no lugar de Marlone, que fazia péssima partida. Aliás, o meia ficou perdido no lado direito do ataque.

Aos 17’, outro gol anulado erroneamente: Jean cruzou e Walter, atrás quase dois metros de um defensor do Tigres, cabeceou para dentro do gol. Incrível o erro. A aberração da marcação foi tamanha que na transmissão o narrador e o comentarista tentaram encontrar algo que explicasse a anulação do gol. Obviamente, nada descobriram.

Aos 26’, numa dupla deixada, de Fred e de Walter, a bola sobrou limpa para Guilherme Santos, que cruzou muito forte e desperdiçou boa oportunidade fazer uma assistência para alguém no meio da área.

Aos 30’, entrou Lucas Gomes no lugar de Gerson. A torcida não aprovou, pois vaiou a substituição. Com razão. Gerson tem muito talento, muita visão de jogo, no entanto, não pode ficar colado na linha lateral, como estava ao ser substituído. Tem que se posicionar no meio e, dependendo da situação, deslocar-se para o lado do campo. Mais uma invencionice de Cristóvão.

O jogo estava chegando ao fim e o desespero começou a tomar conta. O Fluminense foi para o tradicional abafa. E, por pouco, não conseguiu a virada. Aos 38’, uma grande chance: Fred deixou mais uma, Lucas Gomes driblou o goleiro, mas o zagueiro tirou em cima da linha. Aos 47’, Fred cabeceou para o gol, o goleiro defendeu e Jean bateu, mas o goleiro fez grande defesa. Por fim, aos 48’, Jean recebeu livre, entrou, mas, em vez de rolar para o meio, bateu cruzado, mal, com vários companheiros pelo meio.

Péssimo resultado. Na saída de campo, Fred resumiu bem o que está acontecendo: as pressões da FFERJ sobre a arbitragem têm funcionado (dois gols anulados indevidamente) e, também, o time não está correspondendo em campo. Cristóvão está na berlinda.

Atuações

Cavalieri – no gol do Tigres, foi pego no contrapé. No mais, só uma saída importante para evitar o segundo gol.

Wellington Silva – sempre atrapalhado por algum companheiro deslocado para o seu setor, limitando seu trabalho, pois não ajudavam para tirar a marcação.

Gum – melhorando aos poucos, mas tem ficado em situações difíceis, pois o meio dá muitos espaços para jogadas em velocidade do adversário.

Marlon – partida catastrófica. Errou demais, inclusive, no gol do Tigres. Voltou muito mal da Seleção.

Guilherme Santos – pouco acionado, mas, nas vezes que subiu ao ataque, criou algumas boas jogadas. Precisa ser mais testado para ganhar confiança.

Edson – um monstro. Defendeu, cobriu os espaços, buscou o jogo, chegou à área adversária. No afã de resolver, atrapalhou o Fred em duas ocasiões. O melhor do time.

Jean – participou de quase todas as jogadas de ataque no fim do jogo e teve chances de virar o jogo.

Gerson – tem que jogar no meio e cair pelos lados quando tiver espaços e não o contrário. Começou tão bem, não entendo porque mudar a forma de jogar.

Wagner – correu muito, tentou, mas o esquema (ou falta dele) não ajuda. Fez um belo gol.

Marloni – péssimo, mas foi prejudicado ao ser escalado de ponta-direita.

Fred – tentou de tudo. Está se especializando em deixadas que colocam os companheiros na cara do gol.

Walter – procurou o gol, mas foi individualista algumas vezes. Marcou um gol mal anulado pela arbitragem. O peso atrapalha sua mobilidade.

Lucas Gomes – no pouco que jogou, produziu boas jogadas pela direita. Este, sim, pode jogar pelo lado do campo, pois tem velocidade, bom drible e sabe jogar com o lateral.

Cristóvão Borges – o pior em campo. Time estático, sem alternativas. Inventou o Marlone de ponta-direita e, depois, o Gerson. Matou os dois. Ou o Fluminense muda seu modo de jogar, ou vai ter sérios problemas no Brasileiro. Lá não vai ter Tigres…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: espn

#SejasóciodoFlu

1 Comments

  1. E já era pro Cristóvão burro…
    Problema também são os nomes dos próximos: Ney Franco e Adilson Batista. Tá osso… Será que Mano não seria uma opção boa não, héin Maurão?

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