Flamengo 0 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

O clássico teve dois tempos bem distintos. No primeiro, o Fluminense estava lá encolhido, tomando socos na cabeça e sonhando levar o jogo para o décimo-segundo round, sofrendo de doer. Acontece que a tradicional empáfia da Gávea tenta convencer que o time reserva é tão bom quanto o titular. Nenhum time brasileiro tem isso hoje.

Bateu, bateu, bateu mas não bateu certo. Não é de hoje, vide Bragantino e Juventude, sem chororô pelo campo molhado. Acuado, o Flu aguentou como pode. Não precisava ter sido assim, mais uma vez.

No segundo tempo a coisa mudou de figura, especialmente a partir das substituições, que tornaram o time tricolor cada vez mais perigoso nos contragolpes. O Fluminense passou a atacar e concluir mais, então a coisa se equilibrou. Deve ter sido a primeira partida em que Roger acertou nas modificações, sem a mera troca de jogadores. E a evolução pontual foi premiada no fim, com um gol de garra feito por André com a cara de Xerém, jovem que merece mais do que escalações ocasionais – a bola passando por Kayky e Luiz Henrique. No saldo dos dois tempos, o Flu foi mais pragmático. Não apagou o desastre de quarta mas alimentou os corações tricolores com alguma emoção e o velho desfecho dos tempos de glória.

O final da partida mostrou que não precisávamos ter passado aquela vergonha na final do Carioca. Vitinho deveria ter sido expulso ainda no primeiro tempo; aliás, o time rubro-negro bate pra danar. Marcos Felipe foi esplêndido, um monstro.

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