Final de cartas marcadas (por Marcus Vinicius Caldeira)

IMG_20150421_002810

Sábado chegou ao final para nós, tricolores, este circo chamado Campeonato Carioca 2015. Foram quatro meses de maracutaias, armações de bastidores, brigas fraticidas entre o mafioso presidente da federação e dois de seus principais afiliados: Fluminense e Flamengo.

Terminou para nós, tricolores, com um julgamento sem pé nem cabeça de Fred por ele ter falado que o campeonato carioca tinha que acabar. Pior do que o julgamento, o resultado: condenação por um jogo, o suficiente para deixá-lo de fora do confronto decisivo que, por sinal, foi decidido em um erro do bandeira ao não assinalar impedimento no primeiro gol do Botafogo. Tivesse cumprido a regra e o Fluminense seria o finalista. E, para piorar, a negação do efeito suspensivo

Sem o nosso principal jogador e com um gol tomado em completo impedimento. Assim despedimo-nos deste campeonato ridículo. Campeonato que teve o mafioso presidente do Vasco fazendo conchavos na federação para que a torcida do Vasco não entrasse pelo lado esquerdo do Maracanã no jogo contra o Fluminense. De fato ela não entrou pelo lado esquerdo: o jogo foi disputado no Engenhão. Patético não?

E as semi entre Botafogo e Fluminense? O primeiro jogo não teve mando de campo. O segundo teve, do Botafogo, que jogou a partida para o Engenhão para fazer valer seu sócio futebol e espantar a torcida tricolor sem o plano idem. A diretoria do Fluminense agiu rápido e abriu mão do seu dinheiro para que o programa de sócio futebol do clube pudesse valer. Onde esse presidente do Botafogo quer chegar?

Amigo meu que milita no futebol lançou a denúncia nas redes sociais. Eurico Miranda chamou o presidente da comissão de arbitragem e ordenou que tirasse da geladeira vários juízes como o Índio, o Bassols e o pilantra que apitou nosso jogo contra o Resende. E fez o presidente da comissão lembrar-lhes quem os tinha tirado da geladeira. O Vasco nesse primeiro quarto do ano foi o segundo clube que teve mais pênaltis marcados a seu favor (oito em 17 jogos) no Brasil, só perdendo pro Inter-RS.

E o Vasco se classificou para a final com um pênalti inexistente contra o Flamengo.

Mas a hipocrisia é geral. Os vascaínos que choraram a perda do título ano passado em lance ilegal zoam os flamenguistas, que disseram ano passado que roubado era mais gostoso.

Os botafoguenses que choram a vida inteira não falam um pio sobre a classificação com gol ilegítimo. E o patético presidente do Botafogo – que na verdade é o inocente útil dessa história – resolve fazer bravata ironizando o Fluminense. Esquece-se que seu time está na série B e é um dos dois maiores devedores do Brasil. Não tem torcida pra lhe bancar e tem um time limitado que vai cortar um dobrado na segunda divisão. O final do ano é logo ali.

Não podem mais juízes e bandeirinhas definirem jogos e campeonatos. Isso facilita as maracutaias extracampo. Defendo o uso da tecnologia para apurar na hora se o lance foi irregular ou não. Poderia ser usado o “desafio” como é no futebol americano, vôlei, tênis e outros esportes. Em todo lance de gol, juízes de fora com uso da tecnologia reveriam o lance e validariam ou não.

Não há dúvida que Flamengo e Fluminense ficaram de fora das finais por conta da arbitragem e propositalmente armado pela federação.

Mas nada como um dia após o outro. Não tenho dúvida que os dois clubes não participarão mais de campeonato organizado por esta FERJ, ou participarão de fachada.

Urge uma chacoalhada no futebol brasileiro. Quem sabe uma criação de uma liga com Fla, Flu e outros clubes não seja o embrião de uma nova era no nosso futebol?

Enquanto isso, o inocente útil do Botafogo, com seu patético presidente, fará a final com o Vasco do criminoso Eurico Miranda (adorado por milhões de vascaínos).

Uma final de cartas marcadas.

Uma final de circo.

De fora, regozijo-me com essa vergonha alheia. E agradeço pelo Fluminense não fazer parte dela.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: google

FB_IMG_1429366011889

3 Comments

  1. Acho quando se peita o sistema tem que haver o plano B para modificá-lo. Senão perderemos tudo e o sistema continuará mandando. Se ano que vem não houver mudanças, urge que o Fluminense se adapte ao sistema, sob pena de não ganhar mais nada e ficar só reclamando. E assim que funciona! ST

  2. e o Danton, que saiu cobrando FGTS atrasados e não quis acordo e só deixou de ganhar dois brasileiros, um carioca, deixou de jogar tres libertadores e foi pro ostracismo da bola…
    A bola pune e a hora de Eurico, Rubinho, Rubobo e os demais vai acabar chegando…

  3. Como sempre dizia o Muricy, A BOLA PUNE:
    * Ele próprio saiu do Flu de forma deselegante, ganhou uma libertadores em que assumiu praticamente na final ( o Santos já vinha bem com o auxiliar Marcelo não lembro o sobrenome )
    e só o que conseguiu foi levar uma sova do Barcelona que decidiu o jogo com sobras no primeiro tempo e o Ratocy voltou humilhado pro Brasil e não ganhou mais nada…
    continua…

Comments are closed.