Figueirense 1 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Não falarei mais desse ridículo horário de sete e meia. É inútil, tanto quanto contabilizar esperanças do penta. Sinto-me à vontade para dizer isso: em 2009, o mundo inteiro queria a cabeça do Fluminense sangrando no corte da guilhotina e eu escrevi o contrário – por isso, estou aqui. Foi um jogo, o começo do returno, agora a luta é diferente.

Inegavelmente o time correu e forçou o ataque. Não funcionou porque Conca não brilhou e isso pesa muito. Mais tarde, com a atuação do Elivélton, a dificuldade aumentou. Falando nele e em Cavalieri – depois da dor de barriga do Guiness Book -, os dois abusaram do ridículo quando tomamos 1 x 0 num momento em que o jogo era muito disputado nas intermediárias mas sem grandes finalizações – a bola passar no meio das pernas de dois jogadores é dose. Lamuriar não é preciso porque nossa incompetência esteve nas bolas na trave, com exceção da que resultou no gol de empate feito por Cícero no segundo tempo. Quando sofre gol, o Flu custa a se recuperar.

Veio a etapa final, fizemos a pressão bumba meu boi, que teria sido maior se Bruno não insistisse em destruir qualquer tentativa de elogio ao seu futebol. Eram 11 contra dez, eles perderam o Garibaldo antes, claro que o árbitro poderia igualar e assim o fez. Os cruzamentos parando na grande área ou na lateral bundal de quem marcava. Paciência. O frango a passarinho do Vieira estava bom.

Parecia que não ia dar. A garotada correndo, mostrando disposição. Biro Biro brigou demais. O Diguinho foi um monstro de novo: virou zagueiro na saída dura do Elivélton, pancada grave mas que não atenua sua péssima atuação. O volante pode não renovar contrato e nem ficar no Flu, mas tem mostrado vontade de leão em 2014, seu melhor ano desde o Time de Guerreiros. O Kennedy, com um N a menos, correu, se esforçou e só não produziu mais porque os evidentes limites não deixam – que bom que desviaram a bola. Se o Caldeira o xingasse, a mandinga teria dado certo.

Valeu pela dedicação e o ponto fora no fim, o Figueirense é chato em casa. Não há indícios de que o quadro será além da luta pelo G4. Anos atrás, no mesmo Orlando Scarpelli, o Fluminense lutava por um ansiado título nacional que o reabilitasse. Agora, muitas emoções, a história foi outra. Uma coisa é certa: com planejamento e atitude, a juventude tricolor pode dar mais caldo do que o reality show de consagrados e entediados jogadores.

Nota importante: em uma hora e meia comentando na TV, o Edinho não cometeu uma vírgula de injustiça. A turma que corneta não deu um pio. A vida sem casuísmo seria melhor.

Deu para empatar. Bom para os dias de hoje, ruim para um time de quase 100 milhões por ano. Lá vem Palmeiras.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra

ESTREIA RADIO PANORAMA TRICOLOR 11 09 2014

2 Comments

  1. Disse tudo e eu colocaria que nossa torcida tb se encontra precisando se acalmar…

Comments are closed.