Eu patrocino o Flu (por Marcus Vinicius Caldeira)

A hora é agora. Com a decisão da Unimed de não mais patrocinar o Fluminense – decisão unilateral e estratégica da empresa para reequilibrar suas combalidas finanças – o tempo das vacas gordas – mal aproveitado, já que lutamos cinco vezes contra o rebaixamento, fomos rebaixados uma vez e não se podia estruturar o clube já que o dinheiro era usado diretamente para pagar salários aos jogadores – acabaram.

E o Fluminense precisa se adequar a essa nova realidade de orçamentos apertados. Já arrumamos um patrocínio rapidamente, da empresa Viton 44 que renderá 14 milhões neste primeiro ano. Mas ainda não é o suficiente.

Para piorar, a saída da Unimed acontece no momento em que o mercado do futebol brasileiro passa por tempos difíceis com queda de valores de patrocínio, empresas não mais querendo patrocinar times de futebol, ao mesmo tempo em que a nefasta TV Globo tenta espanholizar o futebol brasileiro, dando muito mais dinheiro de cota a Flamengo e Corinthians do que aos demais clubes.

Alguns clubes há anos atrás vislumbraram no programa de sócio futebol a saída para sua auto-suficiência. O Internacional de Porto Alegre é o exemplo mais bem sucedido dessa experiência em que conseguiu 107.000 sócios e este ano arrecadou 39 milhões contra 32 milhões que a TV pagou ao clube. Grêmio, Cruzeiro e São Paulo também são casos de experiências bem sucedidas com programa de sócio futebol.

O Fluminense na gestão atual criou o programa de sócio futebol, já que o que era feito pela gestão anterior era um arremedo. Hoje o clube possui em torno de 23.000 associados que tem direito a desconto de 50% do valor do ingresso, preferência na compra do ingresso, acesso a áreas do futebol, direito a voto pra presidente e descontos em alguns produtos de determinadas lojas.

Esse número ainda é pequeno pro tamanho da torcida do Fluminense e para a necessidade do clube. A luta é para chegar a 50.000 sócios, mas acho que temos capacidade para chegar a 100.000. Sinceramente não entendo porque da dificuldade em trazer mais associados. Muitos falam que não tem muitos benefícios. Discordo frontalmenfe, já que relatei os benefícios acima.

Talvez, de fato, falte uma comunicação e uma propaganda melhor em relação ao programa. Pode ser. Com certeza o clube não foi capaz de sensibilizar o torcedor para que ele se afilie ao programa. É preciso que se faça um estudo, descubra o motivo e ataque o problema.

Por outro lado, coloco na conta da passividade do torcedor tricolor, que só vai ao estádio na boa, que dirá se associar ao clube e pagar uma quantia por mês (R$ 29,90) Independentemente se o futebol vai bem em campo ou não. A qualquer problema no campo eu ouço e leio: “Vou cancelar meu programa de sócio”.  Não pode ser assim. O programa é de fidelidade. De longo prazo. Independe das intempéries do campo.

O torcedor do Fluminense precisa comprar de vez a idéia de associação ao clube, de patrocino ao clube. Não tem jeito: a torcida precisa patrocinar o clube para que tenhamos um porto seguro independente da volatilidade do mercado da bola.

O apelo segue para que o torcedor que ainda não é sócio associe-se ao Fluminense. Custa R$ 1,00 por dia. Não é muito, já que o Fluminense tem uma torcida reconhecidamente com poder aquisitivo.

O caminho para a pavimentação do futuro do Fluminense é a associação em massa.

Pense nisso.

Associe-se aqui: http://sejasocio.fluminense.com.br/

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: ffc

6 Comments

  1. Perfeita a sua análise. Não é possivel que tenhamos estacionado no patamar de apenas 23.000 sócios.

    Que cheguemos logo nos 50.000 !! ST!

  2. Entendo que uma das coisas que mais atrapalha a associação em massa é o fato do pagamento NÃO poder ser realizado de outra forma além de cartão de crédito. Qual é o problema de liberar-se débito em conta, por exemplo?

    Eu mesmo não tenho cartão e não consigo me associar justamente por isso. E, convenhamos, é chato ter que pedir o cartão aos meus pais para me associar, pois estes, apesar de super tricolores, também andam com as contas muito combalidas. Não é apenas uma observação, é um pedido.

    1. Falo isso, pois meu pai pagou anos de sócio na época de Romário e afins, porém nunca viu retorno NENHUM do clube, transparência zero.

      Lembro dele feliz da vida quando recebeu a carteirinha: “Que cartão é esse, pai?” – “Cartão de sócio do Flu, filho.” – “Mas pai, a gente mora em Brasília, não temos como ir a quase nenhum jogo” – “Não importa, vou ajudar meu clube do coração, meu filho.” Depois disso tudo, ele acabou cancelando o plano pois “não sabia onde o dinheiro dele estava…

    1. Se a terceirização render 100.000 sócios e pelo menso 25 milhões por ano. Tá valendo. Não tenho posição fechada no assunto, apesar de achar que vale todo o esforço para nós gerirmos o programa.

      1. por que cargas d`água a terceirização implicaria mais sócios?

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