Um épico tricolor (por Paulo Rocha)

O cenário era típico de Libertadores: estádio lotado, clima hostil, adversário violento e árbitro que não fala nossa língua. Mas o Fluminense, apesar das falhas no início das duas etapas, mostrou a razão de, um dia, ser chamado de Time de Guerreiros. E voltou da Colômbia com um triunfo importante, alegrando e lavando a alma da torcida tricolor.

Como bate esse time do Millonarios… Os caras pareciam dopados, ensandecidos. O atacante que fez o gol deles foi expulso ainda no início após um acesso de violência, no qual atingiu o rosto de Willian Bigode com uma cotovelada. Foi um ponto ao nosso favor, pois, com um homem a mais, conseguimos equilibrar o fator altitude. E chegamos à virada.

Seria injusto dizer quem foi o melhor em campo. David Braz, um monstro, Callegari e André mostraram muita personalidade, Luiz Henrique idem. Cano, Arias e Martinelli entraram bem para cacete. Mas não há como não fazer uma homenagem especial a Fábio.

Experiente, cascudo, o goleiro tricolor está acostumado a esse tipo de duelo. O pênalti que defendeu, num momento importantíssimo, valeu como um gol. Aliás, eu e meu filho, que assistimos ao jogo, vibramos mais com a aquela defesa do que com os gols tricolores. Não fosse Fábio, o Fluminense não teria regressado com a vitória do fervilhante El Campín.

Agora é descansar e voltar nossa atenção para o clássico de sábado, contra o Vasco, pelo Campeonato Carioca – ah, como queremos esse título que não vem há nove anos! Que o espírito guerreiro continue conosco e nos conduza às glórias que são a razão do nosso sentimento incondicional por estas cores. Olê, olê, meu Tricolor amo você!

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