Editorial – O campeão dos faniquitos

Vencer é ótimo. Ser campeão, melhor ainda.

Quem torce para um clube do tamanho do Fluminense tem sempre a expectativa de ser campeão, mas evidentemente o Tricolor não ganhará todas as competições.

Acontece que depois de dez anos de seca, o Fluminense voltou a conquistar títulos: o bicampeonato carioca, a sonhada Copa Libertadores e, por fim, a Recopa – que é um título importante pelo simbolismo e só.

Alguns jogadores acima da média, como Arias, Martinelli e Cano, são exemplos do Fluminense de sempre: jamais se colocam acima do clube, são sempre solícitos e educados no trato público, incapazes de oferecer munição para qualquer falácia. Falam pelo futebol que jogam. Estão no topo.

Outros, infelizmente não. Há tempos, todos temos visto um show de grosserias, truculência e intimidação partindo de jogadores, comissão técnica e da própria presidência, praticados contra jornalistas e torcedores. Como se ser campeão pelo Fluminense desse a alguém um salvo conduto para se desrespeitar a quem quiser. Um problema tão mal administrado que recentemente atinge até jovens jogadores com excelência técnica, caso de André, numa lista que também contém Ganso, Felipe Melo, Marcelo, Fernando Diniz, seu patético auxiliar e o atual presidente do clube.

Em todos os casos, o modelo se repete: empáfia, arrogância e uma profunda ignorância sobre a história e liturgia do clube, além da covardia de quem usa seu ambiente de trabalho para assediar pessoas – nenhum dos personagens acima faria as mesmas coisas sozinhos na rua, sem a presença de holofotes e seguranças.

Os discursos parecem prontos na mesma fonte: nós sabemos tudo, vocês não sabem nada, só querem tumultuar, são falsos tricolores, escrevem qualquer coisa em blogzinhos (sic), acham que fazem sucesso (senhor…), nós estamos bem, somos campeões, vocês só veem defeitos. Um festival de estupidez que não se viu no Fluminense nem em seus piores momentos passados.

Agem como se quisessem não uma torcida, mas uma manada subserviente que aplauda as situações mais bizarras, e isso já ficou claro que não acontecerá.

Como se o Fluminense fosse uma confraria de patetas deslumbrados, fazendo uma revolução tática imbecil onde seu principal ponto de apoio é tocar a bola dentro da pequena área, levando a torcida tricolor à loucura. Isso não ė viver no risco, mas sim na perturbação mental.

Como se fosse pouca coisa igualar o pior resultado em sequência de clássicos da história do Fluminense ao longo de 122 anos. Ou perder o tricampeonato carioca esperado há quase 40 anos por conta de planejamentos bizarros – no fim, por muito pouco o Flu simplesmente não fica de fora das finais do campeonato.

Como se fosse pouca coisa estar há meses sem jogar uma única boa partida os 90 minutos, ou ser ridicularizado pelo Flamengo na primeira partida das semifinais.

Como se não fosse óbvio que o Fluminense, mesmo campeão, sabota quase todos os seus jogadores da base para priorizar a alameda dos veteranos por simples questões comerciais. Ou alguém acha normal um goleiro reserva acompanhar um treinador em OITO times diferentes? Ou ter um jovem zagueiro do nível de seleções de base, mas atuar com dois volantes improvisados na zaga há meses – o que jamais aconteceu antes na história do clube.

Ser campeão não garante a ninguém ter ética, caráter e dignidade. O futebol é elástico o suficiente para abrigar campeões grotescos. Mas o pior é ver homens na faixa dos 40/50 anos fazendo o papel de porta-vozes mofados e um discurso de faniquitos, calhorda e que não condiz com as tradições do Fluminense.

Não se trata de terra arrasada, nem deveria.

É a simples constatação de que nenhum título, nem a Libertadores ou a Recopa, vai fazer com meia dúzia de puxa-sacos arrogantes e covardes se torne maior do que Castilho, Rivellino, Pinheiro, Edinho, Assis, Romerito, Didi, Telê, Parreira, Abel, Zezé Moreira, Arnaldo Guinle, Oscar Cox, Francisco Horta, Manoel Schwartz, Altair, Ricardo Gomes, Carlos Alberto Torres Flávio, Lula, Samarone, Manfrini, Batatais, Romeu, Tim, Welfare, Marcos Carneiro de Mendonça e outros 150 nomes.

Quanto a Fernando Diniz, que dobre a língua antes de querer determinar verdadeiros e falsos tricolores. Até outro dia, virgem de conquistas, foi no Fluminense que começou a construir sua carreira séria como treinador. E foi muito apoiado por aqueles que agora chama de falsos, só porque se opõem às suas sandices.

A história do Fluminense ė muito maior do que meia dúzia de faniquitos em entrevistas.

A Libertadores e a Recopa estão lá, todos somos gratos por ela, mas que fique claro: a torcida do Fluminense jamais será refém de jogadores, dirigentes e comissão técnica.

CHEGA DE FANIQUITOS!

Quem insistir nessa estupidez, que aguente as consequências do futuro e da história.

4 Comments

  1. Saite de blogerinhos que gosta de laiqui.
    O Diniz nos deu a Libertadoras, eu daria até minha mulher pra ele se ele pediçe.

    Antes de vocês criticar ele, deveriam ser tricolor. Devem serem flamenguista inrustido

    1. Que dureza, hein Flu Analfa? Comentarista de rodapé de blogueirinhos. Vai procurar uma gramática.

  2. Deve ser dura a vida de comentarista de rodapé de blogzinho. Zero minutos de fama.

  3. Reclamar da flapress pode, reclamar de comentaristas pode, mas não pode mexer nos blogsinhos. São todos bipolar. Likes para sobreviver a custa da torcida. Aí fazem uma lauda de fanikitos. Me poupem.

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