Editorial – É obrigação honrar o discurso

A nova gestão do Fluminense foi recentemente eleita com um discurso bastante rico em promessas, que a levou a uma expressiva votação. Uma das mais conhecidas é a de que o Tricolor deveria voltar a pensar grande.

Pedro é uma das maiores revelações do clube nos últimos vinte ou trinta anos. Depois do tempo necessário para se firmar no time profissional, virou referência e encantou o país. A contusão e a longa recuperação ficaram para trás, com o jovem artilheiro aos poucos buscando sua melhor forma.

É sabido por todos que o Fluminense tem uma dívida de curto prazo gigantesca, deixada pela gestão anterior, mas que não constitui novidade aos atuais comandantes tricolores, uma vez que estiveram à frente do clube em momentos da chamada “Era Flusocio”. Não lhe cabe a desculpa de desconhecimento. E também é esperado por todos os tricolores que a nova gestão não repita a fórmula – mofada – de retalhar o time durante a temporada, buscando outras alternativas financeiras para honrar os salários.

Uma eventual negociação de Pedro para o maior rival seria um verdadeiro tiro no pé da própria gestão. Seria rasgar o discurso, pensar pequeno, de forma imediatista e jogando água fria na campanha recente do próprio presidente, que acabou de convocar a torcida tricolor para cinco jogos consecutivos no Maracanã.

Ainda que a nova gestão esteja dando seus primeiros passos – e alguns deles já são contestáveis -, é obrigação moral honrar o discurso eleitoral, já que agora ela responde pelos anseios de toda a torcida, e não apenas de seus eleitores ou a eventual vassalagem de Twitter.

Pensar o Fluminense grande é ter Pedro por mais tempo em campo, até que venham os devidos retornos esportivo e econômico. Quem pensa grande, reforça o próprio time – e não o rival. Assim seja.

Panorama Tricolor

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