É CAMPEÃO: Fluminense num jogo típico (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense, em menos de seis meses, conquista seu segundo título inédito. Depois de bater o Boca Juniors na final da Libertadores, na noite especial de ontem vencemos a LDU na final da Recopa da Libertadores.

Para os incautos, nossos dois primeiros títulos internacionais. Para os que conhecem um pouco da história do futebol, apenas a confirmação de que o Prêmio Nobel do Esporte é uma força da natureza e, por conseguinte, da raça humana. Campeão Mundial de 1952 e bi do Torneio de Paris, que os incautos não sabem o que é.

Como esperar sabedoria de onde só brotam fluidos apaixonados por esse ou por outro clube, que não o nosso amado clube das Laranjeiras, precursor de quase tudo quando se trata de esportes no Brasil, inclusive da hoje insossa Seleção Brasileira de Futebol?
Não somos movidos por comparações ridículas, até porque qualquer comparação do Fluminense com qualquer clube do mundo sempre será ridícula. Vivemos e vibramos por nossa sina, que é a elevação da Civilização Brasileira. Essa é a única missão do Fluminense, que nos perdoem os que vivem por vaidades e veleidades, onde é possível caberem atitudes pouco recomendáveis.

A LDU, por incrível que pareça, veio com a mesma receita de 2008 e 2009. Muita cera e apoio quase que incondicional da arbitragem. Quase que me escandaliza ter o soprador de apito marcado um pênalti claro em Renato Augusto, quando vencíamos por 1 a 0, já a poucos minutos do final. Afinal, era a iminência do gol do título.

Um gol marcado por Jhon Arias, “a experiência”, o jogador de futebol quase perfeito. Foram dois gols do colombiano, um projeto futurista de atleta de futebol profissional, quer deram ao Fluminense o título da Recopa.

Para isso, tivemos que escalar cordilheiras, já desde o jogo em Quito, se me perdoam a analogia barata e óbvia. A escalação inicial de Diniz quase levou a torcida à loucura com sua inoperância, o que não chega a ser uma novidade. Temos problemas que vêm desde o ano passado.

Nem vou entrar nos méritos, porque o que importa hoje é celebrar mais uma conquista. Que começou a vir a partir dos 65 minutos de jogo, quando nosso mago, melhor e mais irritante treinador do Brasil, se é que algo assim é possível, fez três substituições de uma só vez. Fez entrar Marcelo, Douglas Costa e Renato Augusto na equipe, quando o jogo caminhava sem gols para o título da LDU.

Saíram, Ganso, Diogo Barbosa e o inoperante, no jogo de ontem, Keno. Os que entraram, mudaram totalmente a dinâmica do jogo. Se a LDU jogava confortável até então, até a torcida, que já se mostrava enfadada, inconformada e conformada com o jogo, ressurgiu nas arquibancadas.

Marcelo, entrando no segundo tempo, como eu sempre apregoei (que a minha falta de modéstia seja perdoada), foi o principal personagem a incendiar o jogo. O primeiro a, com sua inteligência, mostrar ter entendido o jogo. Mas Renato e Douglas também fizeram o que deles se esperava, além de JK, que já havia entrado. Aceleraram e incendiaram o jogo.

Confusa, a LDU viu Samuel, um dos melhores, se não o melhor, em campo, encontrar Arias livre na pequena área, para fazer o primeiro gol. Renato Augusto sofreu o pênalti indiscutível, que Arias cobrou para sacramentar o primeiro (espero que o primeiro de muitos) título de 2024.

Se eu gostei do jogo? Não, não gostei. Não gostei do Fluminense e não tenho gostado desde a Libertadores do ano passado, que também conquistamos. Porque Diniz – eu não estou dizendo que acho – pode produzir mais do que isso. Ainda mais com esse elenco, embora seja possível compreender a estratégia do jogo de ontem.

Mas isso é outro assunto, porque estamos nos estendendo demais para dizer que o Fluminense é campeão da Recopa. Merecidamente, é bom que se diga.

Agora é focar na conquista do tri do Flamengão.

Saudações Tricolores!

1 Comments

  1. Embora Renato Augusto tenha sido um dos que mudaram o jogo, o Ganso vinha bem, mas realmente no segundo tempo ele cai e como foi bom ver o Marcelo acertar lançamentos, visto que vinha errando muito nas partidas anteriores. Keno, realmente, tem sido, quando não tenta chegar na linha de fundo, um jogador improdutivo. Bom ver o retorno do Samuel. Pensei que fosse ser um daqueles jogadores, que após uma contusão e o clube, erradamente estender o contrato, passar a ser só figuração. Thiago Santos continua jogando bem, assim como Felipe Melo, que também é importante para cobrar postura do time e fez falta no jogo com a dissidência. Cano, embora não tenha quase recebido bolas, está muito mal. John Kenedy em três lances mostrou estar melhor, mas não sei teve a intenção, mas colocou um elemento dramático no jogo. Acho que precisamos de um lateral esquerdo porque o Diogo é uma negação. Acho que o…

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