E agora, Flapress? (por João Leonardo Medeiros)

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Primeiro, eles tentaram descaracterizar o STJD. “Eles” aí significa: o Flamengo, a Portuguesa e a imprensa empresarial. Os três sabiam, antes do julgamento, que, se o STJD cumprisse o rito, tanto o Flamengo quanto a Portuguesa seriam punidos. Todo mundo do metiê sabia disso. O próprio redator do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, Dr. Heraldo Panhoca, disse com todas as letras que os dois deveriam ser punidos.

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Punido o Flamengo e rebaixada a Portuguesa, argumentaram que o caso seria revertido na justiça “de verdade”, a justiça comum. Algumas liminares confusas favoráveis, todas emitidas pelo mesmo juiz, alimentaram a farsa da virada de mesa. Talvez não tivessem se dado conta de que era necessário pouco tempo para reverter a situação também na justiça comum, o que de fato aconteceu. Em algumas decisões liminares, magistrados pronunciaram-se sobre o mérito e desqualificaram abertamente a tese da Flamenguesa.

Surgiram os primeiros indícios concretos de compra da Portuguesa ao mesmo tempo em que o espalhafatoso procurador do MP de SP, o doutor Roberto Senise, abriu um inquérito sobre o caso. Seu propósito inicial era averiguar se o STJD tinha prejudicado os torcedores da Portuguesa e dos demais clubes atingidos pela decisão da CBF de respeitar o veredicto da justiça desportiva (e decisões liminares da justiça comum). Hoje sabemos que o resultado do inquérito parece apontar a própria Portuguesa como corrupta confessa, sem que se tenha mapeado (ainda) o corruptor.

Enquanto a mídia independente tricolor ia assumindo o papel que deveria caber ao clube, isto é, a defesa veemente e imediata da instituição, o Flamengo, sempre com apoio ostensivo da impressa empresarial, sacou um novo argumento: de que no tribunal da FIFA, o tal do TAS, tudo seria revertido. Na instância mais alta decisória do futebol, o Flamengo haveria de provar que foi vítima de um julgamento injusto.

O resultado está aí: o TAS reafirmou a decisão do STJD.

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Nós de nossa parte, perguntamos: até onde eles (os três) vão para desfazer a impressão que todos têm? Ou seja, a impressão de que, de fato, a Portuguesa se vendeu, mas não para qualquer um, e sim para o único time que certamente seria rebaixado com resultados adversos do domingo, dia 08 de dezembro de 2013. Os indícios apontam para o Flamengo. Em lugar de se defender, até então ele e sua poderosa mídia desviaram o dedo para o Fluminense. A casa parece estar caindo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: pr paúl

CAPA O FLUMINENSE QUE EU VIVI AUTÓGRAFOS

1 Comments

  1. Como sempre, ninguém da “mídia independente” se pronunciou, cadê as manchetes nos jornais, os colunistas veementes, os programas esportivos com seus “entendidos” de mesas de debates para gritar aos 4 ventos que o time mulambo é mal caráter e tentou uma virada de mesa internacional.

    triste imprensa do nosso mundo!!!

    ST

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