Duas vezes no céu, quatro anos depois (por Paulo-Roberto Andel)

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Não chegamos até aqui à toa. E nem foi a primeira vez este ano.

O Fluminense começou 2012 como sempre: sob a desconfiança e as galhofas dos que se prostituem malversando o nome do jornalismo. E tropeçou. E quase não foi à final da Guanabara. Mas o Vasco foi gigante, teve dignidade, fizemos a nossa parte e vencemos o turno quando as luzes da cidades foram mais brilhantes.

Ao fim, os 4 a 1 demolidores comandados pelo golaço de Fred selaram o título tão esperado há sete anos. Moura deu o golpe final. Fomos os grandes campeões do Rio.

Mais uma vez, fizemos a melhor campanha da primeira fase da Libertadores. Num momento capital, sem nossos grandes craques, caímos de pé diante do gigante das América, o Boca Juniors, o mesmo que vencemos com tamanha autoridade em La Bombonera. O mundo já foi nosso e voltará a sê-lo. A América é questão de tempo – ela virá.

Veio o campeonato brasileiro que, ano passado, nos escapou pelos dedos. Rodada a rodada, fomos provando nossa força. Como sempre, o circo da “informação oficial” deu todo seu favoritismo ao Atlético Mineiro. “O São Paulo vai chegar!”, “O Grêmio é forte!”, “O Vasco está há 50 rodadas no G4”, “Dessa vez o Botafogo vai!”. O Fluminense não constava do circuito oficial de favoritos nem quando se tornou líder do campeonato.

Mas não precisamos disso.

Não precisamos das redações, dos estúdios, da imprensa convencional em geral.

Jogo após jogo, o Fluminense foi letal. Mortífero. Soube chegar ao topo para nunca mais largá-lo.

A águia do Atlântico Sul deu seu bote primordial, levou sua presa para o fim e mergulhou no infinito do céu.

Duas vezes no céu.

Heróicos como sempre. Heróicos como em 1995, não à toa pelo placar emblemático de 3 a 2 que traz luto aos caluniadores.

Quanto mais tentam menosprezar o Fluminense, ele se torna um gigante indestrutível de dois mil séculos.

Estamos duas vezes no céu neste ano. Viemos duas vezes. Permanecemos. É a nossa infinita sina. Há quem cante em vencer e vencer, nós nos satisfazemos com os títulos que temos.

Olhemos para 2008 e 2009. Vivemos alegrias, dores e delírios. Veio um 2010 fantástico. Em 2011, fizemos uma ótima campanha. Agora, o Rio e o Brasil são nossos.

Somos o azul da paz duas vezes no céu, com nossas cores tricolores.  Somos imortais. A morte não existe. Somos os campeões do Rio e do Brasil. Somos os campeões de terra, mar e ar.

O ódio, a infâmia e os descalabros dos falsos jornalistas estão ao chão, em pleno rastejamento. E como lhes dói essa vitória imperecível! E como remoem ao lado das carpideiras rancorosas e dos contras.

Daqui de cima, é fácil saber o que enxergamos: nós os rebaixamos para sempre. A série que lhes cabe pagar é a do descaso, a do descrédito.

A campanha do penta com cinco não espera.

A Guanabara será ainda mais linda em 2013, como se fosse Juliana.

O Brasil será pouco diante da grandeza do Fluminense.

Permitam-me a economia das palavras.

As lágrimas de um tetracampeão persistem.

Amanhã temos mais. Muito mais.

Publicado em 11 de novembro de 2012, às 18 horas, neste PANORAMA

Panorama Tricolor

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Imagem: pra

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