Acabei de chegar de Belo Horizonte, onde fui ajudar a empurrar o time rumo a mais uma vitória!.

Infelizmente, não deu.

Demos uma bobeira inaceitável e deixamos o empate escapar no último lance da partida.

Mas, a torcida tricolor que foi para lá (mais de mil e só não foram mais por conta da mentalidade provinciana e tacanha do presidente do Atlético/MG, que não vendeu ingressos na hora) empurrou o time, zoou o rival e cantou sempre.

Saí cedo da casa do grande amigo Eduardo Teixeira e partimos rumo ao Galeão. Ao chegar lá, com check-in já feito, abrimos as primeiras cervas do dia (e foram muitas ao longo do dia). Muitos tricolores no aeroporto, encontro com amigos da torcida e no embarque compartilhei a fila com o nosso grande presidente Peter Siemsen.

Chegamos em BH por volta das dez e meia e tivemos que esperar o amigo Victor Cavalcante que iria no voo que chegaria lá pelo meio-dia, ou seja, mais cervas! E no aeroporto já comecei a sentir o quão ridícula é a torcida do Atlético. Dois deles me abordaram dizendo que o Fluminense já era campeão. E eu vos pergunto: se estivéssemos seis pontos atrás, não estaríamos gritando “Seremos campeões”? Aí, está uma das diferenças entre torcedor de time pequeno e provinciano e torcedor de time grande.

Finalmente, Victor chegou e negociamos um táxi até os arredores do Independência. O aeroporto de Confins é longe de BH, uns 45 minutos de carro. Um absurdo. Encontramos com o amigo cruzeirense Eugênio Raggi e esposa para almoçarmos no Bar Floresta. E comemos e bebemos bem. Falamos sobre política, Minas, BH, futebol e claro, sacaneamos muito o Atlético e os atleticanos.

Chegamos ao Independência e, para surpresa nossa, subimos uma ladeira que parecia Ouro Preto e demos numa viela que dá acesso ao estádio. Isso mesmo, você entra numa viela que nunca imaginaria ter um estádio por ali. De cara, uma fila enorme de torcedores do Fluminense que tentavam comprar ingressos, mas em vão porque o Atlético não vendeu na hora.

Sobre o Independência, apesar da localização ruim, é um estádio bacana e um caldeirão.

E aí começou o show de horrores da torcida do Atlético/MG. Depois do que vi, ontem, tive
certeza da pequenez da torcida do Atlético. Eles são mais patéticos que a torcida do Botafogo. Muito mais! Era torcedor com nariz de palhaço, faixa contra o “roubo” no campeonato e, para completar um mosaico ridículo nas cores verde, vermelha e branca, com CBF escrito de cabeça pra baixo.

Os pobres coitados realmente acham que há uma teoria da conspiração contra eles. Talvez seja para justificar a vergonha de ficar 41 anos sem ganhar um título nacional! Freud explica! E a cada marcação do juiz eles gritavam “Vergonha”. Inacreditável!

Sobre o jogo, meus companheiros poderão analisar melhor que eu, só digo que não jogamos bem, mas fomos valentes e o jogo se encaminhava para um empate quando demos uma bobeira no final. Eu nem vi o último gol.

Ao final, a polícia nos prendeu no estádio por mais de uma hora, para esperar escoar a torcida adversária. Até aí tudo bem, mas numa hora baixaram o sarrafo num tricolor que e recusou a tirar a camisa por ordem deles. Desde quando alguém é obrigado a tirar a camisa do clube? Os policiais é que têm que garantir a integridade da torcida.

Na saída, mais uma cena patética dos atleticanos. Na avenida que cruza o estádio, um atleticano resolveu sair do carro para brigar com um tricolor que estava passando. O tricolor não arregou, enfiou a porrada no atleticano, que ainda teve o azar de uma organizada estar chegando e acabar de enfiar a porrada nele e no colega, dois “joselitos”. Ainda por cima, a policia prendeu o carro deles, provavelmente porque os dois estavam bebâdos e um deles ficou de cinismo tentando dizer para os policiais que foram atacados covardemente. Ridículo!

Voltamos para o aeroporto por volta das nove horas, mais cantoria, cervas e mais cena patética dos atleticanos. Um cidadão do alto dos seus 50 anos olhou para a gente e fez o gesto de quem estava roubando. Olhei pro cidadão e mandei na lata: “Tem vergonha não? Um homem deste tamanho e com essa idade ficar chorando que o time está sendo roubado”? O cara enfiou o “rabo entre as pernas” e calou-se!

Na volta, o encontro no avião com a nossa bela musa Priscila Cannone, ola e mosaico com os cartazes da gol, mais cantoria e a certeza de que mesmo com a derrota, o dever foi cumprido; afinal, como disse Drummond sobre a tragédia de Sarriá em 1982: “Ganhar, perder, viver”.

Quinta tem mais!

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Cada vez que viajo para cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre ou São Paulo, volto amando ainda mais a Cidade Maravihosa!

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Muito bom saber que mais de trezentos torcedores foram recepcionar o time no Santos Dummont! Unidos pelo tetra!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: MV Caldeira

Contato: Vitor Franklin