De volta à realidade (por Marcelo Vivone)

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Depois do Zé povão (mais uma vez) ser feito de bobo pela campanha massiva da mídia e acreditar que seu time era a Alemanha ou que a Alemanha era o seu time (vai saber como funciona a cabecinha evoluída desse pessoal), a realidade do Campeonato Brasileiro volta a assombrar. O time do Zé povão hoje ocupa a lanterna da competição e seriam necessárias 4 Portuguesas para a Globo mais uma vez salvar seu clube de estimação.

No que tange ao Fluminense, assunto que realmente nos interessa, o recomeço de campeonato também não foi bom. Como aconteceu na volta da Copa das Confederações do ano passado, perdemos a partida de reinício do campeonato. Mas tenho certeza de que as coincidências acabam por aqui. Nosso time esse ano tem alguns defeitos, mas é muito mais forte que o de 2013 e tem um treinador superior.

O que não quer dizer que uma derrota para o Criciúma, clube que tem um time bastante fraco e disputa o campeonato apenas para lutar contra o descenso, não seja motivo de preocupação. Evidente que é preciso mais algumas rodadas para saber pelo que irá lutar o Fluminense nesse campeonato, mas a derrota de quarta-feira deve ligar o sinal de alerta para o técnico Cristóvão e os jogadores.

A preocupação dá-se, principalmente, porque o torcedor viu novamente em campo o grande defeito do time até a parada para a Copa: a falta de velocidade de ataque da equipe e, por consequência disso, os vários momentos de toque de bola do meio de campo sem a necessária objetividade e força para agredir o adversário.

É necessário que a novela (mais uma em se tratando Fluminense) da contratação do Nem chegue ao fim e com final feliz. Nosso elenco tem hoje na falta de velocidade do ataque o seu grande problema. Nosso meio de campo tem um excelente toque de bola, em especial com a entrada de Cícero no lugar de Diguinho, mas falta um jogador de velocidade para, em alguns momentos, servir como válvula de escape das nossas jogadas.

Se não for possível a contratação de Wellington Nem, que esse assunto seja decidido rapidamente para que a diretoria passe a analisar as opções que tem o mercado. Que seja o Vitinho (que seria um excelente reforço) ou outro jogador nesses padrões. Minha primeira opção seria o Maicon (Bolt), mas esse, infelizmente, parece não estar disponível. O fato é que a diretoria precisa contratar esse tipo de jogador se tem pretensões de que o Fluminense seja um dos reais candidatos ao título.

Outro motivo de inquietação foi a estreia do Henrique. Nosso novo zagueiro até fazia uma boa partida, mas cometeu duas falhas capitais, que nos levaram a sofrermos dois gols. No primeiro tento do adversário, inexplicavelmente, deixou o veterano Paulo Baier livre, na entrada da área e na mesma linha que ele e Gum. Somente depois que Baier recebeu a bola, nosso zagueiro chegou para marcá-lo e ocorreu a simulação de pênalti. No segundo gol, Henrique parou para reclamar de uma eventual inversão de lateral e deixou que o atacante corresse nas suas costas para receber a cobrança. Espero que esse primeiro jogo ruim seja apenas questão de adaptação e que ele se firme com o passar dos jogos.

Em relação à zaga, hoje a preocupação já não é tão grande quanto foi nos últimos dois ou três anos. Caso Henrique decepcione e não consiga se afirmar, vejo boas opções no elenco, principalmente no caso do jovem zagueiro Marlon.

O time precisa voltar a somar vitórias se quiser seguir firme na busca do título e até mesmo da vaga na Libertadores do ano que vem. Já são quatro derrotas em apenas dez partidas, sendo que duas delas com perdas de pontos dos chamados irrecuperáveis, para Vitória e Criciúma. Há equipes muito fortes concorrendo com o Fluminense, como são os casos de Cruzeiro e Corinthians, e outras boas que também devem disputar as primeiras colocações, casos de São Paulo, Inter, Atlético/MG e Grêmio. Portanto, é preciso que voltemos ao ciclo de vitórias já nesse final de semana, não vai dar para esperar a chegada do atacante rápido.

Não consegui ainda decidir o que ou quem foi o pior do jogo de quarta-feira. Minha dúvida fica entre o gramado, o juiz, a barriga do Walter e o estreante Henrique. O gramado, como tantos outros, nos deu motivos para termos saudades eternas do padrão Fifa. Sobre o juiz, nenhuma novidade. Horroroso e caseiro como a maioria deles. Soprador de apito perdido no jogo, dando cartões de forma equivocada e, na maioria dos casos, apitando para satisfazer a torcida local. Já em relação ao tamanho da barriga do Walter, é lamentável que um jogador profissional ganhe o peso que adquiriu em apenas 15 dias de férias.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MVivone

Imagem: http://www.lancenet.com/

2 Comments

  1. Vivone, excelente coluna.
    Gostaria de ressaltar, além do gramado, juíz, a barriga do Walter e o Henrique, os completamente inoperantes Jean e Sóbis. O segundo tem muito crédito, mas o primeiro eu acho que o crédito já se foi. É impressionante como o cara não consegue mais render um milésimo do que foi em 2012. Rapaz, chega a irritar.

    Eu que não sou disso, abandonei o jogo após o segundo gol dos caras. Coisa horrorosa! Qualquer desavisado afirmaria que o time estava sem treinar há quinze…

    1. Vivone:

      Concordo, amigo.

      O Sóbis, para mim, deveria sair para entrada do atacante de velocidade que precisa ser contratado.

      O Jean não joga há muito tempo e o gramado horroroso de Criciúma dificulta ainda mais o estilo de jogo dele.

      Abraço.

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