De cinema (por Marcus Vinicius Caldeira)

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O Fluminense foi ontem à Curitiba para enfrentar um adversário que tem se mostrado um freguês de carteirinha: o Atlético Paranaense. Desde 2009, não sabemos o que é perder para o rubro-negro do Paraná. A freguesia é tanta que, dentro da casa deles, pelo campeonato brasileiro, temos mais vitórias que eles. É freguês!

O estádio estava completamente vazio, uma vez que  o clube foi condenado a jogar com portões fechados por conta da selvageria de seus torcedores no jogo contra o Vasco pela última rodada do Brasileiro do ano passado.

Para confirmar a freguesia do nosso adversário, Cristovão mandou a campo o time com uma formação diferente da que vinha jogando. Se antes, o Fluminense jogava num 4-4-2 clássico com dois atacantes de ofício, ontem, nosso treinador modificou o time para um 4-2-3-1 (esquema que eu mais gosto) com apenas um atacante fixo. Para isso, ele sacou o Walter e colocou o Valência. Assim, o time ganhou um poder de marcação na frente da zaga e um meio-campo de mais toque e que encoste mais no atacante.

E o primeiro tempo foi de cinema. Fantástico, antológico.

O time jogou com muita marcação adiantada, muito toque de bola, muita movimentação, atacou bastante, teve posse de bola, controle do jogo e uma zaga bem sólida. Uma perfeição.

Para ter uma ideia disso, no primeiro gol do Fluminense, a bola foi tocada de pé em pé por dezoito vezes, rodando de um lado pro outro por mais de um minuto, com jogadores tocando e se deslocando para receber e terminou com o Jean chutando firme para abrir o marcador. Lembramos que o Jean é um segundo volante e estava lá na frente para chutar tamanha a movimentação do time.

Essa formação do Cristovão melhorou também o posicionamento do Cícero. Antes ele estava jogando de segundo volante, mais recuado e distante da área. Nesse esquema, ele foi adiantado e jogou mais ofensivamente. Conclusão: marcou o terceiro gol e deu o passe que deixou o Sóbis cara a cara com o goleiro para sofrer o penâlti marcado pelo juiz. Conca cobrou forte e marcou o segundo do Fluminense.

Fim de um primeiro tempo fantástico.

O Fluminense voltou com a mesma postura para a etapa final, porém o Atlético marcou mais forte que no primeiro tempo e conseguiu reverter o total domínio que o Tricolor teve no primeiro tempo. O time do Paraná atacou mais e criou boas chances. Principalmente dos trinta minutos pro fim.

Ainda no primeiro terço do segundo tempo, Cristovão sacou Sóbis e colocou Walter no seu lugar com a incumbência de fazer o pivô e segurar a bola mais na frente. Logo no primeiro lance, recebeu um lateral na área, tocou de primeira pro Conca que cruzou na cabeça do Cícero para marcar o terceiro do Fluminense. Nesse momento o jogo estava definido.

O treinador do Atlético trocou dois atacantes por outros dois atacantes e o time dos caras criou boas chances de marcar, mas ou chutava para fora ou esbarrava numa atuação perfeita do Cavalieri. Aliás, Cavalieri fez uma defesa de cinema, no final, indo buscar uma bola praticamente dentro do gol depois dela ter sido desviada por um defensor tricolor.

Mas, o placar final ficou em três a zero, mesmo.

Lembro-me de algumas exibições de gala do Fluminense como a vitória sobre o Corinthians no Morumbi em 1984, a vitória por seis a zero contra o Arsenal de Sarandí pela Libertadores de 2008, o dois a um no Boca em La Bombonera. Esse primeiro tempo contra o Atlético/PR entra no hall das grandes atuações tricolores.

Que continuemos assim.

Creiam, estamos na disputa pelo título.

Todos ao Maracanã, domingo que vem.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: Felipe Gabriel/ Lancepress

SPRIT

2 Comments

  1. DOMINGO NÃO TEM DESCULPA, É PRA LOTAR O MARACA….SEU EU MORASSE NO RJ, JÁ ESTARIA COM INGRESSO NA MÃO. RUMO AO TOPO. ST

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