De cabeça (por Mauro Jácome)

A Ponte Preta já é passado, mas há que se tirar algumas lições. O jogo foi típico dessa fase do campeonato. Todos encontram imensas dificuldades. Quem está embaixo, tem que jogar o que ainda não jogou para não queimar no fogo do inferno. Quando a briga é por posições, os jogos tornam-se verdadeiras batalhas. Ainda, os líderes penam contra adversários que não têm mais nada a fazer, mas que têm, simplesmente, o prazer de estragar a festa alheia.

Nesse momento, acima de tudo, é preciso ter cabeça. Faltando poucas rodadas para o final do campeonato, muitos resultados inesperados acontecem. Nesse fim de semana, os três times que ocupam as primeiras posições viram-se em situações difíceis. Fluminense e Atlético, mesmo enfrentando times fracos, quase tropeçaram. Viraram seus jogos no apagar das luzes e ambos tiveram suas vitórias contestadas por lances que poderiam mudar o placar, caso Suas Excelências tivessem tomado outras decisões. O Grêmio não teve a mesma sorte e, também no final, viu sua diferença para o Fluminense aumentar para 11 pontos.

E assim vai ser até o final. Fazendo uma projeção das dificuldades que serão encontradas até o dia 2 de dezembro, vejamos os oito jogos que faltam para o Fluminense:

Grêmio – última chance de encurtar a diferença e ainda sonhar com o título. Uma derrota elevará para 14 pontos a distância, ou seja, bye, bye…

Atlético – independente do resultado de quarta-feira, também deverá ser a grande chance de o time mineiro continuar sonhando.

Coritiba – um dos desesperados que vê o rebaixamento logo ali na esquina.

São Paulo – o time de três cores paulista vem numa escalada espetacular. Já é o quarto e, até lá, provavelmente, estará defendendo uma terceira posição no campeonato.

Palmeiras – deverá estar em máximo desespero e o jogo contra o Fluminense poderá ser o suspiro final.

Cruzeiro – em férias antecipadas,  talvez seja um refresco para o Fluminense depois de tanto sufoco.

Sport – mesmo caso do Palmeiras. Se não estiver matematicamente rebaixado, será a chance final de se manter na primeira divisão no ano que vem.

Vasco – caso se recupere e inverta a tendência de queda, poderá chegar à última rodada brigando por uma vaga na Libertadores.

É isso. Só pedreira. O Fluminense terá que colocar em campo sua vasta qualidade e experiência para superar todos os adversários e adversidades que surgirão.

Além da lição psicológica, o jogo de São Januário provou que o Fluminense tem que prestar mais a atenção à marcação. O time de Campinas, enquanto procurava o jogo e não ficava se fingindo de morto, tinha muita tranquilidade para tocar a bola. A marcação tricolor estava frouxa, o meio-campo, principalmente, marcava à distância. É necessário que o time avance e marque mais no campo do adversário, tentando sufocar a saída de bola. Enquanto alguns jogadores pressionam, os demais pegam os jogadores que se deslocam para receber a bola. Assim, o time terá menos dificuldades para achar o adversário e para recuperar a bola.

Por fim, vale registrar a extrema complacência do juiz com a cera da Ponte. Somente acrescer tempo ao final do jogo, não pune, devidamente, o time que pratica o antijogo. Há todo um clima criado que influencia o adversário. Irritação, ansiedade, quebra de ritmo, dispersão, entre outros fatores, contribuem para tornar o jogo, artificialmente, mais difícil. É necessário que o juiz iniba essa prática, se não, teremos um caso em que o crime compensa.

Ah! Deixa essa discussão para lá, afinal, não faz parte do “senso comum” imposto, desde as últimas rodadas, nas intermináveis discussões sobre os erros intencionais dos árbitros para favorecer o Fluminense.

Mauro Jácome

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: clege.blogspot.com

Contato: Vitor Franklin

6 Comments

  1. Mauro,

    Como disse o Rods acima: se a gente ganhar amanhã e pelo menos empatar no domingo, o campeonato fica praticamente decidido. A grande preocupação é essa imensa pressão que a globo produções anda fazendo contra o Flu. A escalação do Ricci para amanhã já preocupa e muito!!!

    1. Marcelo, fico imaginando a posição do árbitro em lances difíceis. Como será? Um pênalti não muito bem definido, por exemplo. Também fico muito prepcupado. Além do Grêmio ser um bom time. Tudo ingrediente para colocar o emocional em cheque.

  2. Realmente, Jácome, talvez o Cruzeiro seja nosso único respiro nessa sequência e como você disse, Palmeiras e Sport poderão jogar no maior desespero possível (ou maior desânimo tb).

    Porém, como até discutimos ontem durante a gravação do Panorama, talvez o campeonato acabe pra valer no domingo à noite.

    ST!

    1. As coisas são sempre complicadas. Até quando o time abre boa vantagem, saindo do seu padrão dos últimos anos, colocam essa pilha toda. Hoje vai ser muito difícil. O planeta inteiro estará torcendo contra. Agora é o verdadeiro teste para o time. Espero que suportem tudo isso. Não é fácil. Para nós não é, imagina para eles!

  3. NADA É MAIOR QUE O FLUMINESE

    PROCURO ENTENDER POR QUE A IMPRENSA É CONTRA O FLUMINENSE?

    SERÁ QUE É POR CAUSA DO NOSSO STATUS PERANTE DO MELHOR PATROCINADOR DO BRASIL (A UNIMED)?

    CHUPA CAMBADA SEREMOS CAMPEÕES E VOCÊS SE CURVARÃO PARA O FLUZÃO!

Comments are closed.