Cruzeiro 3 x 4 Fluminense (por Lucio Bairral)

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Cruzeiro e Fluminense, no Mineirão, pela Primeira Liga. Um gramado impecável. Perfeito para o jogo. E uma derrota significaria a eliminação precoce da Primeira Liga.

O técnico do Cruzeiro é o David. Aquele que jogou no Flamengo e se notabilizou pelos gols mais incríveis que se tem história. Perdidos, que fique claro. Se seus atacantes tivessem se inspirado no comandante, as coisas ficariam bem mais fáceis para o Fluminense.

O time foi para o jogo com Diego Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Marlon e Giovanni; Pierre, Douglas e Gustavo Scarpa; Marcos Junior, Diego Souza e Cícero. Com a ausência do Fred, Cícero entrou como um falso 9. O que, a meu ver, não fez nenhum sentido.

Com quatro minutos, em uma enfiada do ataque do Cruzeiro e nossa defesa em linha, Rafael Silva recebeu, cortou o Cavalieri e empurrou para as redes, fazendo o 1 a 0.

Aos dez minutos, Cícero tabelou com Diego Souza e chegou na área. Com o defensor celeste pressionando, não conseguiu boa finalização.

Com uma marcação frouxa até então e sem velocidade, parecia que o time teria que melhorar muito para conseguir vencer o jogo. Ou muita sorte.

O Cícero, capitão do time, irritou ao tentar o segundo toque de calcanhar e errar ambos.

Diego Souza, aos 26 minutos, ficou isolado na ponta esquerda. Ciscou, procurou alguém para tocar a bola, não achou e foi cruzar. Em um lance sem nenhuma pretenção, o zagueiro deixou o braço um pouco mais aberto quando a bola foi cruzada e o juiz marcou a penalidade. A sorte começou a dar as caras. O próprio Diego Souza cobrou e empatou a partida. Com paradinha, 1 a 1 e colocou-nos de volta ao jogo.

Logo depois, em um escanteio, a bola sobrou para o Dedé, que chutou a queima roupa. Cavalieri defendeu e sobrou para Manoel, que isolou.

Aos 34 minutos, Wellington Silva disputou uma bola e ganhou. Foi à linha de fundo e cruzou para trás, na marca do pênalti. Diego Souza vinha na corrida e chutou de chapa, rasteiro, fazendo o gol da virada. Com o 1 a 2 no placar, precisávamos ajustar a defesa e sair na boa.

E foi, aos 36 minutos, que Diego Souza deu uma linda assistência. Viu a entrada do Gustavo Scarpa no meio da defesa, bem parecido com o gol que sofremos, e deu um passe com açúcar. Scarpa adiantou e soltou um forte chute, com raiva. A bola bateu no travessão e entrou. Belo gol, fazendo 1 a 3 no placar.

Mas aos 43 minutos, em um contra ataque, Fabiano cruzou por trás da zaga tricolor. A bola foi no segundo pau, na cabeça do Rafael Silva, que fez o segundo gol e colocou 2 a 3 no placar.

O primeiro tempo foi animado, onde o Fluminense acertou muito no ataque e pouco na defesa. Pela movimentação dos times, a promessa era de mais gols na segunda etapa.

No intervalo Scarpa reclamou de uma pancada e Osvaldo entrou na sua vaga no segundo tempo. E o jogo continuou movimentado como na primeira etapa.

Aos quatro minutos, dois lances de perigo do Cruzeiro. Um cruzamento perigoso e um passe, devidamente bloqueado pelo Marlon.

Marcos Júnior recebeu um cartão amarelo, aos seis minutos, por excesso de vontade. Atropelou o adversário e foi advertido.

Em uma bola tirada da defesa do Cruzeiro, Pierre jogou na área. Com nosso ataque em impedimento, a defesa cruzeirense parou na jogada. Mas Cícero veio de trás, em posição legal, e cabeceou de forma perigosa. Fábio teve que se esticar todo para evitar o quarto gol tricolor.

Giovanni parou um contra-ataque e recebeu cartão amarelo, aos nove minutos. Aos 15 minutos Cavalieri precisou sair na cabeça de um atacante do Cruzeiro, aliviando o perigo. Marcos Júnior saiu da maca, para a entrada de Felipe Amorim, aos 17 minutos.

O Fluminense continuava com a defesa exposta, o jogo continuava aberto e, além das laterais, perdíamos muitas jogadas pelo meio campo.

Até que, aos 20 minutos, o Cruzeiro fez o 3 a 3. Marlon entrou de primeira e foi cortado pelo Elber, que cruzou para Arrascaeta finalizar sem grandes problemas. Vale ressaltar que o Giovanni não deu o primeiro combate, deixando o Marlon na podre.

E aos 24 minutos, em um chute forte de fora da área do Douglas, Fábio bateu roupa e Felipe Amorim, que vinha de posição absolutamente normal, deu um tapa pro lado e deixou o goleiro derrubá-lo. Pênalti bem marcado. Diego Souza correu para a cobrança e bateu forte, alto e fez seu terceiro gol, fazendo o 3 a 4 no jogo.

Com 29 minutos, Diego Souza recebeu uma pancada na cabeça e caiu. O time esperava atendimento médico, quando o arbitro autorizou a cobrança do lateral para o Cruzeiro. Quase saiu o gol de empate e o tempo fecharia certamente.

O jogo estava completamente aberto. Qualquer equipe que fizesse gol ou saísse vitoriosa, seria normal.

Cavalieri recebeu cartão amarelo, por cera. Pierre recebeu mais um, por uma entrada um pouco mais dura. Nosso time foi ficando todo pendurado e isso poderia atrapalhar muito, caso tivéssemos alguém expulso.

Aos 39 minutos a torcida empurrava o Cruzeiro. Queria evitar a derrota a qualquer custo. E o Fluminense se segurava. Tocava a bola, cadenciando o jogo. Na defesa, dava chutões quando precisava.

Aos 43 minutos Douglas saiu para a entrada do Edson. Substituição típica de quem quer ganhar tempo.

A arbitragem assinalou mais cinco minutos de acréscimo.

O Cruzeiro lutava contra o tempo. E para nós, o tempo demorava muito a passar.

Nada de jogo acabar.

Àquela altura chegava a páscoa, mas o jogo não terminava.

A última bola foi levantada em nossa área. Cavalieri ficou com ela. No tiro de meta, o árbitro terminou a partida.

O Fluminense venceu duas seguidas, o que não acontecia desde agosto. E venceu muito mais pelo talento individual dos jogadores do que pelo esquema.

Diego Souza fez uma partida primorosa. Pela técnica e pela vontade.

Mas falta muito para o esquema funcionar.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @luciobairral

Imagem: lb/pra

7 Comments

  1. E as avenidas direita e esquerda na nossa defesa continuam, o Canhota de Ouro (conhecido tb como Gerson) disse na rádio:
    – Goleiro sai ou fica no gol, dar 2 passos a frente e tentar voltar é que não pode.

    Precisa falar mais?

    Valeu pela vitória e pela disposição, coincidentemente quando Frederico está fora.

    ST

  2. Voces falam em esquema, em talento individual, mas na hora de apontar falhas ficam na omissao, nao encaram de frente e depois tome no tecnico, etc. Vou copiar e colar pois é enfadonho escrever toda hora mesma obviedade:
    Eu nao entendo é como engolimos o Cavaliere!! O cara é passivo, ele espera chutar ou cabecear, se a bola bate nele, bem, se ele tem reflexo, bem, senão, f….. O cara não participa ativamente da defesa, isso é um suicidio! A torcida resolveu assumir este preju? Então ta, vamos…

    1. Certamente você não é leitor do PANORAMA. Há dezenas de colunas anteriores sobre o tema de tua referência. Sua opinião a respeito de omissão é completamente desalinhada de nosso conteúdo regular.

      1. Eu nao sou historiador, estou me referindo ao presente, se no passado erraram menos, p.f, aprendam com esse passado. Ou tenho que ler tudo o que ja foi dito aqui pra discordar com o que esta sendo dito? Ou nao devo criticar, melhor nao voltar? Sejamos honestos, se é pra ler calado, até.

        1. Voltar ou não é problema seu. Dar opinião não é sinônimo de ser leviano, o que foi o caso da sua opinião estapafúrdia.

          1. Quem não engole uma critica, se ofende tao profundamente a uma menção de omissão de determinado fato, sem considerar se é ou não uma acusação de falha dolosa ou culposa, e sai respondendo com ofensas, certamente não é pouco leviano, e pior, não apenas isto.

          2. Saber que o PANORAMA incomoda a pessoas como você é ótimo. Nosso trabalho é exatamente esse: causar desconforto em gente leviana.

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