De volta à Série A do Brasileirão, o Cruzeiro recebeu seu algoz de tempos recentes em um Mineirão cheio, mas com pouca grama no palco principal. Em um duelo de estilos distintos, a equipe das Minas Gerais tentou trocar com o Tricolor do tique-toca de Fernando Diniz. No fim, não deu.

Ainda estamos todos atônicos e revoluteados com os recentes escândalos de jogadores corrompidos a receber cartões ou provocar scouts em partidas dos campeonatos brasileiros, a princípio, em 2022, em troca de vencimentos extras para que apostadores pudessem lucrar junto às casas de apostas. Uma tristeza enorme para o esporte que tanto amamos.

Um primeiro tempo de pouca inspiração de lado a lado, alguma correria e lances acrobáticos aqui e acolá deram a tônica, até que um bate-rebate dentro da área do time mineiro abriu os caminhos: Ganso, por fim, tirou o zero do placar, pegando um rebote e batendo no cantinho com maestria.

A segunda etapa começou eletrizante, quase o Fluminense aumentou e o Cruzeiro na sequência empatou. Os comandados de Pepa Rodrigues tentavam ficar com a bola e sair em velocidade para chegar até Fábio.
E logo aos nove minutos após voltar dos vestiários, Guga cruzou na medida para Cano de cabeça ampliar e dar alguma folga à equipe, já que a maior tensão estaria no porvir.

Próximo aos oitenta minutos de jogo, o árbitro, virtualmente, marcou pênalti que só ele viu de Manoel (que havia substituído Felipe Melo) em Bruno Rodrigues, além de amarelar o defensor. No lance, André foi expulso por reclamação.

Fábio pegou a primeira cobrança, mas estava adiantado na cobrança. Henrique Dourado estava em campo e tentou bater o replay do penal, mas Bruno Rodrigues – para nossa sorte – insistiu na cobrança e perdeu, a bola triscou a trave esquerda do arqueiro tricolor e foi para o fundo. Na ocasião, o camisa nove cruzeirense, chorou, chorou, até ficar com dó de si mesmo, mas não pode se trancar no camarim.

Com um a menos, Fernando Diniz resolveu fechar a casinha, colocando David Braz no lugar de Ganso e admitiu Lelê, para explorar contra-ataques na vaga de Germán Cano.

Em um dos contragolpes do Flu, Alexsander fez falta no defensor celeste e levou a pior: lesionou o joelho, tentou voltar a campo, mas teve de sair e deixar o clube da Álvaro Chaves com Pinheiro Machado com dois a menos em campo.

A Raposa até tentou, mas faltou inspiração, e o jogo terminou mesmo em dois a zero para o clube que orgulha o Brasil retumbante de glórias e vitórias mil.

O jogo exigiu muito, física e mentalmente da equipe, que agora jogará no próximo sábado no Maracanã diante do Cuiabá, antes de iniciar às oitavas da Copa do Brasil contra o rival da Lagoa.

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Serviço do jogo:

Cruzeiro 0 x 2 Fluminense

Campeonato Brasileiro 2023 – 5ª Rodada
Mineirão, Belo Horizonte-MG

Quarta-feira, 10/05/2023, 21:30h (Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza

Cartões Amarelos: Marcelo 19’, Thiago Santos 72’, Manoel 75’, André 76’, Fábio 80’ (Fluminense); Wesley 42’ (Cruzeiro)
Cartão vermelho: André 76’ (Fluminense)
Gols: Ganso 43’ e Cano 54’

Cruzeiro: Rafael Cabral; William, Oliveira, Luciano Castán (Nikão 84’), Marlon; Machado (Daniel Junior 84’), Neto Moura (Wallison 68’), Mateus Vital, Wesley (Stênio 61’), Gilberto (Henrique Dourado 61’) e Bruno Rodrigues. Técnico: Pepa. 4-2-3-1

Fluminense: Fábio; Guga, Nino, Felipe Melo (Manoel 68’), Marcelo (Thiago Santos 68’); André, Alexsander, Lima, Ganso (Lelê 82’), Arias (Isaac 90’) e Cano (David Braz 82’). Técnico: Fernando Diniz. 4-4-2