Cinco decisões (por Paulo Rocha)

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Não há como fugir do clichê: o Fluminense inicia neste domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, a primeira de suas cinco decisões pela vaga na Taça Libertadores do ano que vem. Segundo as contas dos matemáticos, será preciso conquistar entre nove e dez pontos para a concretização da meta. Algo possível de alcançar, desde que o time tenha comprometimento. Ah, e um mínimo de competência também.

Comecemos pelo Cruzeiro. Jogou no meio de semana, está cansado, mas possui jogadores decisivos (Sobis, Ábila, Arrascaeta) e terá o apoio de sua torcida. Além disso, não teremos Pierre. Mesmo sem possuir técnica refinada, ele é muito importante no time atual, pois ajuda a proteger uma defesa fraca. Seu substituto natural é Edson, jogador até superior tecnicamente ao titular, mas que oscila muito, principalmente no aspecto emocional.

Se for mesmo Edson o escolhido (Marquinho e Marco Júnior estão na briga pela vaga, cada qual com características e funções distintas das de Pierre) torço pare que consiga ficar até a metade do segundo tempo sem receber cartão amarelo. É difícil. E é uma pena, pois se trata de um belíssimo jogador. Que nosso próximo treinador saiba aproveitá-lo melhor.

Não temos que entrar na babaquice dos que estão torcendo contra nós: o empate no Mineirão será bom resultado. Contudo, nos dois jogos seguintes, teremos obrigação de vencer. O primeiro deles será no Maracanã, contra o Atlético-PR, no feriado de 15 de novembro. É confronto direito, temos que cair para dentro dos caras. Só tenho medo dos “pés frios” que costumam ir ao estádio nestas ocasiões, tal qual aconteceu contra o Vitória – os leitores da coluna sabem do que eu estou falando.

Após o Atlético do Paraná, teremos a Ponte Preta, em Campinas. Em que pese a regularidade da Macaca em casa, a esta altura, já não deverão estar disputando mais nada, seja vaga no G6 ou fuga do rebaixamento. E não poderão contar com os gols do atacante Roger “mondrongo”, demitido após ter assinado pré-contrato com o Botafogo, já tendo até realizado exames médicos (Oh, o tão ético Botafogo fez uma coisa dessas? Não posso acreditar!). Ou seja: o Fluminense tem que ganhar o jogo.

As duas últimas decisões serão contra Figueirense, fora, e Internacional, no Maraca. Duas pedreiras. O Figueira luta desesperadamente contra a queda e em Floripa, com o incentivo de sua galera, torna-se um adversário duríssimo. Torço para que, quando este jogo chegar, eles já estejam rebaixados – salvos, certamente, não estarão.

O Inter, contudo, pode chegar à última rodada já livre da degola. Se o panorama se confirmar, temos tudo para vencer, afinal, já estarão com a cabeça em 2017. Contudo, é um clássico do futebol brasileiro. Não batemos os colorados há bastante tempo (no tempo normal, pois na primeira Liga, após empate em 2 a 2, os batemos na disputa de pênaltis, na semifinal, em Brasília). Essa seria a ocasião ideal para tornamos a derrotá-los.

Ou seja, torcida tricolor: dos cinco jogos, teremos que vencer três e empatar um para salvar o ano. Vamos ver o que acontece e acreditar até o fim. Torcendo, é claro, para que a eleição não atrapalhe ainda mais o time na sua caminhada.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc

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