Breves considerações nas férias do PANORAMA (por Paulo-Roberto Andel)

Como a rapaziada já começou a escrever no PANORAMA, vim dar uma breve passada. Estou finalizando meu novo livro, com participações especialíssimas de craques da imprensa tricolor (Mauro Jácome, Marcelo Savioli, Felipe Fleury e Rodrigo Mattar), mas deixo uns rabiscos.

Todo ano é a mesma coisa. As especulações vão e vêm, uma tremenda ladainha até que os times finalmente são montados e começam a longa jornada de partidas na temporada. Tomara que ainda falte gente pra chegar.

Sem um tostão, aporte ou reformulação das suas contas, o Fluminense se vira como pode.

Mesmo ainda sob o manto das últimas sete temporadas, onde em cinco o Flu lutou para não cair, a nova ordem é sempre acreditar que 2020 será diferente, mesmo que a realidade entre em divergência ocasional com os fatos.

Assim sendo:

1) Contratação é uma coisa, reforço é outra. Para se tornar reforço, um jogador deve apresentar uma performance superior a outro que substituiu, ou vir de uma jornada virtuosa. Logo, só o tempo dirá se os contratados para a temporada 2020 serão realmente reforços. A julgar por algumas procedências, alguns casos exigem reflexão, vide os egressos do rebaixado Cruzeiro.

Até aqui, não considero nenhum dos contratados propriamente um reforço. Desculpem, mas só escrevo o que sinto. De quem já estava, o Evanílson pode ser uma excelente peça.

Sinceramente, achava melhor subir o time da Copinha e só fazer contratações pontuais. Muito melhor do que Lucão, Kelvin, Ewandro e outras peças raras que se penduraram na folha salarial em 2019.

Aguardemos.

2) Chega dessa conversa fiada de quem critica a montagem do elenco é porque é contra o clube, o fulano, o sicrano, a política, o diabo a quatro.

Torcedor não é claque de programa de auditório e não tem que ser Pollyanna no mundo onde tudo do Fluminense é bonito e tudo dos outros é feio. Se der certo, aplaude-se; se não der, vaia-se.

Quem critica quer vencer e não se contentar na coadjuvância. Simples. Basta criticar com razão e propriedade.

A falta de senso crítico tem sido a tônica do Fluminense nos últimos anos, e não é coincidência que o conjunto de resultados foi péssimo nas últimas temporadas. Que seja diferente em 2020.

Ter senso crítico também não é vaiar o time com três minutos de jogo, nem colocar perebadas no Olimpo, vai muito além disso.

E, sinceramente, que a dita imprensa tricolor seja menos marcada pelo casuísmo e mais pela responsabilidade, dizendo o que tem que dizer e não se limitando a bajular – ou apedrejar – o presidente e sua diretoria (conforme cada caso), inclusive vira-casacas como os do número 1 de clipping, outrora pró-Mário (o que será que aconteceu? Snif.), e outros menos votados.

3) Ao mesmo tempo, num passado já distante, o Fluminense conseguiu muitas vezes fazer boas campanhas com os famosos “timinhos”, montados com critério técnico, etário e econômico. Quem sabe venha um suave milagre em 2020? Do amanhã nunca se sabe. A conferir.

4) Idade: é inviável montar um time competitivo com sete jogadores de trinta e vários anos. Que Odair Hellmann – que tem meu respeito e simpatia – tenha isso em mente, já que a insistência com veteranos lhe custou a demissão no Inter.

5) Vamos esperar a preparação do elenco e o começo da temporada para poder fazer uma análise mais embasada, além de novas contratações. Que as próximas duas semanas sejam gloriosas, pois.

RIP Neil Peart

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. O item 4 dos seus comentários é o que mais me preocupa. Estamos montando um time sub-40, comandado por um técnico que adora veteranos. Como enfrentar os pequenos do carioquinha, que treinam desde novembro e o sub-20 dos mulambos, doido para mostrar serviço, com um time de veteranos, alguns dos quais ajudaram a colocar o Cruzeiro na segundona? E as 38 rodadas do Brasileirão? E os torneios em paralelo, como Copa do Brasil e Sul-americana? É preocupante. ST

Comments are closed.