LIVRO RODA VIVA 9 – ANDEL – DOWNLOAD GRATUITO

Amigos, amigas, foram cerca de 70 minutos de tédio. Conseguimos a proeza de, no decorrer desse interminável infortúnio, termos cedido ao Botafogo as melhores oportunidades de gol. Mais uma vez, temos que colocar na conta de Marcos Felipe, o melhor goleiro do Brasil na atualidade, a apertada vitória no clássico.

E na conta do Abel os intermináveis minutos de monotonia. Abel conseguiu colocar onze bons jogadores em campo e fazer um time ruim, no seu 3-4-3 alienígena, em que os setores não se comunicam, martirizando André e Martinelli, ilhados no meio de campo.

Bastou que num momento de lucidez, Abel colocasse, de uma só vez, Ganso, Nonato e Yago em campo, desmontando o esquema com três zagueiros, para que o jogo mudasse da água para o vinho. Em coisa de cinco minutos o Fluminense, que passou a jogar futebol, criou três oportunidades de gol em sequência. Na quarta, não teve jeito. Yago, que entrou para jogar de ala, serviu Árias, que, diante do goleiro botafoguense, balançou as redes do nosso salão de festas.

Esse é um jogo que dispensa análise mais específica. A análise que precisa ser feita é a da temporada do Fluminense e da teimosia de nosso veterano treinador, mas essa já está esgotada. Todo mundo está vendo a realidade. O Fluminense, se bem escalado, não teria tomado conhecimento desse frágil Botafogo, mas as escolhas ruins nos privaram de um bom espetáculo e de uma vitória confortável.

As escolhas ruins nos tiraram da fase de grupos da Libertadores. Não é possível que Abrel continue acreditando, mesmo diante dos fatos, que o melhor esquema seja esse no qual ele insiste. Não é possível que não perceba que Paulo Henrique Ganso é o craque do time, que não pode não ser titular absoluto. Não é possível que Abel, com os meias que tem, atue com três zagueiros e dois volantes.

Não é possível que Abel ainda não tenha percebido que o nosso jogo é o do famoso Time B, que colocou Vasco e Resende na roda, marcando pressão, controlando o jogo e envolvendo o adversário. Repito: nós passamos 70 minutos com uma única jogada de ataque construída. Em menos de dez minutos, tivemos quatro após as substituições. Isso é estatística, amigas, amigos. Isso são indicadores claros, só não vê quem não quer.

Bastou sentir o cheiro do Time B, para que o Fluminense rapidamente construísse a vitória. O que mais precisa para que Abel use o que tem de melhor em campo? O que mais precisa?

Saudações Tricolores!