Bonança (por Marcus Vinicius Caldeira)

marcalmo

Depois da tempestade vem a bonança! Não é assim que diz o ditado?

A palavra bonança significa o estado do mar quando o tempo volta a ser propício à navegação normalmente após uma tempestade!

Pois é, meus amigos, semana que passou foi uma tempestade. Tempo ruim, impróprio pra navegação. Mas foi só o Fluminense entrar em campo pela Libertadores para reverter um placar que lhe era adverso e voltar a ser o time de guerreiros para a tempestade passar – e o mar voltar a ser navegável, calmo, sereno!

Time e torcida deram show de garra! A segunda, atendeu ao chamado dos jogadores, da comissão técnica e da diretoria, e apesar do horário nefasto – imposto pela emissora que manda no futebol brasileiro – a torcida compareceu em excelente número e transformou São Januário num caldeirão tricolor! E como já havia feito no jogo contra o Caracas, cantou o tempo todo, apoiou sempre e vibrou como nunca!

E o time sente este espírito em campo. Acaba ocorrendo a simbiose! Torcida e time num espírito guerreiro querendo conquistar a vitória como nunca! Quando isso ocorre, não me canso de repetir: somos imbatíveis!

O time equatoriano, que só ganhou a partida lá por conta de um erro clamoroso do juiz, é um time tecnicamente muito inferior ao do Fluminense e veio para cá com um único objetivo: baixar o sarrafo! E o fez! O time dos caras bateu o tempo todo! Sem parar! E sejamos justos desta vez: o juiz fez de tudo para coibir a violência e deu todos os cartões que deveriam ser dados.

O Fluminense jogou o tempo inteiro com muita intensidade, disputando aposse de bola com muita raça e gana. E foi bem melhor que o adversário no primeiro tempo. O Emelec ficou fechadinho, só esperando os contra ataques e o fez de forma perigosa em dois erros de passe no meio do campo por parte do Tricolor e que acabaram deixando os atacantes adversários de frente pro crime. Sorte nossa que eles eram ruins! Mas, foi só!

O Fluminense tentava usar a velocidade de Nem pela direita e Carlinhos (em forma esplendorosa) pela esquerda! E usava muito bem nosso capitão Fred. Aliás, quando nosso camisa nove está em campo o time se transforma. Sabe que tem o cara que irá chamar a responsabilidade e que tomará as rédeas do jogo na hora que precisar.

Mas o gol demorou a sair. Só lá pelos trinta minutos, após Frederico ter sofrido uma falta perto da lateral. Jean cobrou e Fred, livre, cabeceou pro fundo da rede! Fluminense em vantagem no marcador e na disputa pela vaga. Quem tinha que correr atrás agora era o Emelec.

Apesar deste cenário, então favorável ao Tricolor, o jogo mudou no começo do segundo tempo. O adversário foi pra cima, e o Fluminense insistia em se defender e rifar a bola. E o jogo ficou sofrido embora, não fossemos ameaçados. Estávamos apenas sem o domínio da posse de bola. O Emelec não levou nenhum perigo ao gol de Cavalieri, mas pressionou muito!

O jogo começou a mudar pro nosso lado quando Abel sacou Thiago Neves – que estava morto – e colocou o Rhayner. Ganhamos mais fôlego e mais uma opção de escape em velocidade no contra-ataque. A partir dos trinta, o jogo  voltaria a ficar sob nosso controle. O jogador deles foi expulso após uma unhada em Wagner e depois outro jogador foi expulso a após entrada dura em Rhayner.

E aos quarenta matamos o jogo. Contra-ataque de quatro contra três puxado pelo Samuel que entrara no lugar do Fred! Este tocou pro Nem. Rhayner fez o overlaping e cruzou para Carlinhos colocar pro fundo da rede. Ele, tão contestado, tão cornetado, mas que sempre teve grande participação nos momentos decisivos, mereceu este gol. Até porque jogou demais essa partida!

Depois, foi só partir para o abraço e comemorar a classificação suada, com sacrifício e muita adrenalina. Porém, merecida!

Teremos duas semanas de mares calmos para trabalharmos o time para a disputa das quartas de final! Para recuperar jogadores como Sóbis, Gum e Marcos Junio. Que venha Tigre ou Olimpia! Não escolhemos adversários, nem campo pra jogar! A guerra continua!

A Libertadores será nossa: creiam!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

4 Comments

  1. Quando me alembro de um time deste A-Belzebu ser campeão do mundo,  com goal do gabiru, num lance em que o quixeramobinense, Iarley,  fez a zaga do barça cair sentada…

    Tudo se torna possível…

    E o Ronalduço estava lá!

  2. Belo texto. A torcida realmente estava linda.
    Só corrigindo: O segundo jogador expulso fez falta dura no Rhayner.

  3. Velho, temos q recuperar jogadores e o futebol de alguns personagens peinpcipais q estão bem abaixo de seu padrão.

Comments are closed.