Atlético-MG 1 x 2 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Abel – em seu jogo de número 250 como treinador do Fluminense – mexeu no time tricolor. Começou com Scarpa de titular, teoricamente cinco no meio com Dourado na frente e, para completar, Nogueira na defesa em lugar de Chaves. Abraços fraternos de Fred na turma antes do jogo. A vida é isso. Bola em campo, jogo no Horto e promessa de uma partida ofensiva, aberta.

Apesar de um leve predomínio ofensivo do Atlético nos primeiros vinte minutos, o perigo de verdade foi num único lance após uma cobrança de escanteio da direita. Os times atacavam sem concluir, o Flu assumindo para si os contra-ataques. O panorama não se modificou depois da aguinha: movimentação, pouquíssimas finalizações, o Galo um pouco mais perigoso do que o Tricolor, sem que os goleiros tivessem qualquer trabalho mais complicado.

Então veio o contra-ataque matreiro do Fluminense aos 36 minutos: Dourado girou para Richarlison na esquerda, o jovem atacante invadiu a área e foi derrubado. Dourado cobrou com enorme categoria no canto direito, sem chance para o goleiro Victor, 1 a 0 e o terceiro gol do esforçado artilheiro tricolor no Brasileirão 2017, com 14 gols na temporada.

Aos 38, estopa outra vez: Dourado cruzando da direita e Richarlison cabeceando seco, no canto esquerdo, no contrapé de Victor. Uma súbita e animadora vantagem tricolor no placar. Mas a resposta veio quase imediatamente: Gabriel, livre na marca do pênalti, nem precisou saltar para cabecear forte no meio do gol, descontando no placar e recolocando o Atlético na partida.

Cavalieri fez um defesaço aos 41. O jogo incendiou e alternou ataques até o fim da primeira etapa. Numa partida dura e movimentada, desceu para o vestiário com a vitória parcial quem soube ser mortífero na hora certa.

Para a segunda etapa uma baixa: Lucas, machucado, deu lugar a Renato. Aos 7 minutos, depois de bom passe de Scarpa, Dourado acerta um excelente corte e chuta para Victor fazer grande defesa. A seguir, uma falta criminosa de Felipe sobre Richarlison, que deveria render expulsão mas não deu sequer falta. E o velho He-Man em campo, do outro lado.

Aos 17, Maicosuel perdeu um gol incrível na pequena área, chutando por cima. Abel então resolveu colocar Douglas, saindo Scarpa. O Atlético tentando forçar ofensivamente, mais em cima de Maicosuel, com o Flu se defendendo bem. Jogo equilibrado, Richarlison brigando muito pela direita até sair cansadíssimo, saindo para a entrada de Marcos Jr. Aos 32, Sornoza quase faz um golaço de fora da área, pertinho do ângulo direito de Victor. Torceu o totnozelo, não conseguiu voltar e, com as três alterações feitas, o Flu ficou com dez jogadores em campo. Drama.

O jogo seguiu franco e disputado até o fim, com o Fluminense se garantindo diante da pressão atleticana, mesmo com a desvantagem numérica de jogadores. Noite de brilho e eficiência de Cavalieri, Henrique, Nogueira, Orejuela – quase um terceiro zagueiro -, Richarlison e Dourado. Wendel foi um monstro supremo. É só o começo, mas o Fluminense​ está no topo da tabela, muito, mas muito distante do praguejado pré-rebaixamento.

O Atlético estava invicto há sete jogos, e vinha de onze vitórias consecutivas jogando no Independência. Definitivamente, não foi uma vitória qualquer. Merece respeito e dá mais crédito ao jovem time de Abelão. Por fim, Fred sempre será um dos maiores artilheiros da história do clube, mas o presente é outro. A plantação das Marias Crises não deu colheita neste domingo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: Curvelo

2 Comments

  1. Santa Vitória!!
    Que sufoco!
    O time todo foi bem, Wendel, Richarlison e o Ceifador em grande tarde.
    E Viva o Fluminense!!!

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