Ataque contra defesa (por Marcus Vinicius Caldeira)

walter

O futebol é um esporte deveras apaixonante. Dinâmico e sem espaço pra conclusões e prognósticos definitivos, o que era uma verdade ontem, pode cair por terra, hoje. Estávamos há sete jogos só vencendo, inclusive o clássico como o Flamengo. Pois bem: agora estamos há duas rodadas sem vencer, depois de termos tomado uma sapatada do time reserva do Botafogo.

Ontem, entramos para jogar contra um bem armado time da Cabofriense, com uma formação diferente da que vinha sendo usada. Com a ausência de Carlinhos e Valencia, suspensos, Renato desmontou o esquema com três volantes e colocou um homem de velocidade que eu tanto pedia. O time entrou em campo com Biro-Biro ao lado de Sobis e Fred, num 4-3-3 com Sobis um pouco mais recuado.

E com essa ofensividade no esquema e uma marcação mais adiantada no campo do adversário o jogo não deu outra: ataque contra defesa.

Só com o Biro-Biro, tivemos umas três boas oportunidades no primeiro tempo. O moleque é rápido demais, se desloca bem, dribla bem. Levou vantagem na maioria dos lances. O problema é que não conclui com eficiência; se fosse o caso, teríamos virado o primeiro tempo ganhando, dado o volume que tivemos e as oportunidades claras com ele.

Parênteses: o Ailton pela esquerda foi uma nulidade e, por isso, foi substituído corretamente no intervalo pelo veloz Chiquinho.

Fred não foi bem no primeiro tempo como na maior parte do jogo. Tá se movimentando mais, ajudando na marcação, mas ainda não é aquele Fred que precisamos, embora no final da partida tenha nos brindado com o golaço que nos livrou da derrota. Mas precisamos do Fred 2012 de novo se quisermos almejar grandes conquistas esse ano.

No segundo tempo o jogo seguiu na mesma toada do primeiro. Iniciativa do jogo totalmente do Fluminense e com uma melhora na ala esquerda com a entrada do Chiquinho. O time continuou martelando no ataque. Fred teve uma chance de ouro, de cabeça, ele e o goleiro, mas cabeceou para fora. Incrível!

Então veio o castigo para o time que buscou o gol, entretanto sem ter tido competência para fazê-lo. Bruno foi sair dando um balão na intermediária defensiva do Fluminense e perdeu a bola. Esse cara é um imbecil! Não tem outra definição melhor pra ele. Desse lance surgiu o escanteio e, em seguida, o gol da Cabofriense.

Aí, veio o desespero. Renato colocou Walter e logo em seguida Wagner, tirando Diguinho e Sobis. E virou um bumba meu boi. O técnico adversário tirou um meia atacante e colocou mais um zagueiro. E aí virou um “ataque contra defesa” de vez. O problema era que o Flu esbarrava na primeira linha de marcação adversária e alçava bolas na área, facilitando para o adversário.

Contudo, eis que no apagar das luzes, já nos descontos, veio o gol salvador! Fred recebeu mais uma bola alçada por cima para ele, dominou no peito, tirou do zagueiro e marcou um golaço para empatar a partida. Ainda tivemos um último lance pra desempatar, mas não deu.

O empate não foi justo pelo volume de jogo que apresentamos e pelas oportunidades que criamos. Porém, não conseguimos converter as oportunidades criadas em gols necessários à vitória.

O sinal de alerta continua ligado.

Vamos para as finais do Carioca, mas para o resto da temporada ainda se tem muito por fazer.

A hora é essa.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: Photocamera

1 Comments

  1. Caldeira, o Walter quem fez o lançamento para o Fred marcar. Gostei da entrada do Biro-Biro no ataque e por mim o Renato acaba com o esquema de três volantes, tira Bruno do time e desloca o Jean para lateral mantendo três atacantes, nesse caso o Walter fica com a vaga do Sobis e pode voltar pra ajudar o Conca a armar jogadas, pois tem um bom passe!

    S.T

Comments are closed.