Assis 84 (por Paulo-Roberto Andel)

Olhe com atenção esta imagem acima.

Nela, falta um segundo para o fim do mundo. O mundo deles. O nosso era o mundo da vitória.

Uma explosão de três cores e dois mil sons.

Lá vem o Benedito de novo.

Uma jogada matreira e mortal. Duílio para Renê, este para Aldo, o cruzamento perfeito num momento em que os flamengos vaiavam pelo temor, mas estavam bem na partida.

A bola na área.

Era o Benedito outra vez.

Sabe aquela cabeçada que cem mil pessoas admiram como se fosse um solo rascante de David Gilmour ou Eric Clapton? Ou os últimos acordes de uma canção impactante de Nelson Cavaquinho? Foi isso.

Assis subiu pouco depois da marca do pênalti. Olhos abertos, como se pede a um craque. Elegância e fúria, traços típicos dos craques.

Ubaldo Fillol era um dos maiores goleiros do mundo. Mas falava demais. E não era páreo para Assis.

Bola no ângulo esquerdo, implacável. Fillol estático. Os flamengos também. Agora você entende a dor deles em 1995? Isso já vinha de longa data.

E o Benedito se tornou o primeiro – e único, até agora – jogador a alijar um dos grandes times do Rio de dois títulos seguidos no Maracanã.

E a torcida do Fluminense grita por esse gol até hoje.

Estamos em 16/12/2012. Aniversário de 28 anos dessa jogada monumental.

Para mim, para você, para todos nós, parece que foi ontem.

É que os clássicos são eternos.

Assim como Benedito de Assis, eterno pavilhão da torcida do Fluminense. Assis, símbolo do amor e das grandes conquistas.

Paulo-Roberto Andel

Panorama Tricolor

Colaboração de Eugênio Castro

@PanoramaTri @pauloandel

Contato: Vitor Franklin

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