As lições necessárias ao Fluminense (por Paulo Rocha)

 

Toda a torcida tricolor estava ciente de que alguma hora poderia acontecer. A estratégia de poupar os titulares no returno do Carioca, traçada em função das restrições impostas pelo nosso elenco, resultaria em uma derrota para um time pequeno bem organizado. Ela ocorreu diante do Nova Iguaçu.

É importante lembrar, contudo, que perdemos quando podíamos – conforme ressaltou Abel Braga após a partida. Temos que aprender com esta derrota, mesmo que ela tenha acontecido em função de falhas individuais de dois jovens zagueiros. O primeiro gol ocorre após excesso de preciosismo de Reginaldo, o segundo por pura falta de capacidade técnica de Nogueira.

Sobre a jovem dupla de zaga, confesso-lhes que gosto do futebol de Reginaldo, mas Nogueira, a meu ver, deixa a desejar. Tem aquele estilo “zagueiro-zagueiro” com o qual, nos anos 1990, o técnico Vanderlei Luxemburgo rotulou o vascaíno Odvan. Sem querer desfazer do garoto, mas eu prefiro mil vezes o Wesley Frazan.

Houve, sim, motivo de alegria no revés. E ele se chama Pedro. Marcou um golaço de cabeça, estilo centroavante, estilo Fred, e foi o único que perturbou a zaga iguaçuana, pelo mesmo até Lucas Fernandes entrar em campo. Ao longo desta temporada, Pedro se tornará o nosso camisa 9 titular, podem me cobrar isso depois.

Agora, vamos para a lógica de torcedor: foi bom termos baixado a bola (ainda que isso tenha custado nossa invencibilidade no Campeonato Carioca) às vésperas do clássico com o Botafogo. Tenho certeza que isso nos fará entrar em campo na quinta-feira, no Engenhão, muito mais concentrados. Precisamos da estratégia certa para vencer o organizadíssimo time alvinegro. E Abel, notadamente, é um estrategista.

O Clássico Vovô promete muita emoção. Pena que foi marcado para um horário péssimo – logo após a transmissão, pela TV, de Uruguai x Brasil, pelas Eliminatórias – num estádio que, além de pertencer aos caras, é de acesso complicado. Sei que, apesar dessas coisas, nossa torcida estará lá nos apoiando. Que entremos sem medo, de cabeça erguida.

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Começou nesta segunda-feira o outono, para mim, a mais bela das estações do ano. Que ele expulse para bem longe o calor infernal e seja recheado de alegria para a torcida do Fluminense.

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E o cabeludo do Madureira que contundiu Scarpa continua impune, jogando de forma imprudente, distribuindo pancadas sem ninguém fale porra nenhuma.  E olha que nem zagueiro ele é.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: para

2 Comments

  1. O jogador do Madureira deveria ficar sem jogar pelo mesmo período que o Scarpa estiver fora. Esses jogadores que só sabem bater tem que receber punições mais severas para que os jogadores que sabem jogar possam exercer seu ofício.

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