As contas e o Flu (por Walace Cestari)

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Começou o Brasileirão! Nada como prognósticos, palpites e chutes diversos! É para isso que serve o futebol! Vamos variar do otimismo exacerbado ao pessimismo incontido, como em todos os anos. Porém, podemos fazer contas e ver como será possível alcançar os objetivos do campeonato, sendo nós pessimistas, otimistas contidos ou eufóricos.

Há os que acham que lutaremos para não cair, outros que seremos campeões com os pés nas costas. O que não dá para negar é que o campeonato é de um equilíbrio absurdo e isso permite que as zebras e as decepções passeiem de forma cotidiana pelas rodadas.

Para fazer os cálculos de até onde podemos chegar e como chegaremos, apresento um planejamento de campeonato, para que saibamos o que é uma vitória esperada, um resultado a ser comemorado ou uma derrota que não nos afeta muito (ou torna tudo desesperador, se for o caso).

Assim, dividi – por minha conta e risco palpiteiro – os participantes (exceto o Fluminense) em quatro grupos, de acordo com minha avaliação pelo que brigam no campeonato. Você pode modificar de acordo com sua conveniência e palpitaria, bem como fazer alterações à medida que o campeonato se apresente mais “analisável”. Sem mais delongas, vamos aos grupos:

GRUPO I

São os clubes favoritos, que brigam pelo título e Libertadores. Neste grupo incluem-se quatro clubes. Em minha avaliação são Atlético Mineiro, Palmeiras, Santos e São Paulo.

GRUPO II

São os clubes que vão brigar na parte de cima da tabela, podendo beliscar uma vaga na Libertadores e não devem tomar nenhum susto no campeonato. Em minha análise são Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio e Internacional.

GRUPO III

São as equipes do meio para baixo da tabela. Com uma boa campanha, devem funcionar como coadjuvantes, a famosa água de salsicha. Qualquer passo em falso, brigam para não cair. Em minhas previsões são Atlético Paranaense, Botafogo, Coritiba, Ponte Preta e Sport Recife.

GRUPO IV

O último grupo é formado pelas equipes que lutam pela permanência na série A. Pode ser que alguma delas se destaque e coloque em maus lençóis equipes do grupo III. Coisas de campeonato. Na minha visão, América Mineiro, Chapecoense, Figueirense, Santa Cruz e Vitória.

Para saber o que o Flu deve fazer, partimos do princípio que, para ser campeão, a meta é conquistar 76 pontos. Pode ser que outro seja campeão com mais, porém esse é um número realista para a conquista do título.

Para a Libertadores, algo em torno de 65 pontos deve fazer a briga pela quarta vaga no torneio continental. Não fiz cálculos específicos para essa pontuação, bastando descontar alguns pontinhos na campanha campeã.

Para viver um campeonato de fortes emoções, mas permanecendo na série A, devem bastar 46 pontos, conseguidos normalmente no apagar das luzes, à base de sangue e suor. Tomara que não estejamos nesse caso, mas, em respeito aos leitores pessimistas, a conta está feita.

O fundamental é saber que em pontos corridos, ganha-se o campeonato não nos jogos “decisivos”, mas na regularidade da campanha e na imposição do futebol aos clubes com objetivos “menores”.

CAMPANHA DO CAMPEÃO

GRUPO I – 6 pontos

Contra equipes do grupo I, podemos nos dar ao luxo de arrumar seis pontos. Duas vitórias em casa ou uma vitória e três empates já nos faz alcançar a meta do grupo.

GRUPO II – 15 pontos

Contra os clubes da parte de cima, temos de ganhar os jogos em casa e não temos obrigações fora de casa. Lembrem-se que aí há um clássico: uma vitória já nos bastaria. Outros resultados, nos obrigarão a buscar pontos fora de casa.

GRUPO III – 25 pontos

É hora de se impor. Vencer todas em casa é obrigação contra adversários deste grupo. Além disso, três vitórias e um empate fora serão muito importante. Como há um clássico, podemos ainda ter alguma margem para manobras em jogos fora de casa. Não vacilar aqui é fundamental.

GRUPO IV – 30 pontos

Eis onde sempre nos complicamos. Contra as equipes “lá de baixo”, a obrigação é vencer dentro e fora de casa. Tropeços aqui obrigam à conquista de pontos nos jogos contra os favoritos.

CAMPANHA PARA ESCAPAR DO REBAIXAMENTO

GRUPO I – 4 pontos

Arrumar quatro empates em casa, na base da raça é o que se deve fazer contra os favoritos.

GRUPO II – 6 pontos

Os times que brigam lá em cima dão muito trabalho. Duas vitórias em casa ou uma vitória e três empates já somam pontos importantes para escapar.

GRUPO III – 16 pontos

Aqui é que a coisa fica dramática. É obrigação vencer possíveis adversários diretos nos jogos em casa e arrumar pelo menos um empate contra um deles fora de casa.

GRUPO IV – 20 pontos

No grupo da morte, qualquer erro é fatal. Vencer todas em casa e empatar todas fora. Assim fazemos com que percam pontos e escapamos.

E você, é otimista ou pessimista? Pensa nos 46 ou 76 pontos? Mudaria alguma coisa nos grupos? Faça seus cálculos, a jornada do penta acabou de começar!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: w2

1 Comments

  1. Vamos lá Cestari. Confesso que a instabilidade do time tem provocado muitas oscilações nos meus “achismos”. Entretanto, como boa tricolor, prefiro “achar” positivamente. Brigaremos na parte de cima. 10 pontos do grupo I e 18 no II (jogamos melhor com times menos fechados) me deixa mais tranquila, pois a turma dos grupos III e IV sempre nos causa algum desconforto. Apesar do Sport ter mais tradição em brasileirão que o Santa, no atual momento, em inverteria suas posições nos grupos.

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