Arroz com pequi (por Rods)

Para quem não sabe, pequi é um fruto típico do cerrado e, entre outras coisas, pode-se fazer com ele um prato muito popular chamado arroz com pequi. Muita gente saliva só de pensar na iguaria e muita gente só pensa em correr pra longe. Eu estou no segundo grupo. EU ODEIO PEQUI! Pra mim, esse jogo contra o Atlético Goianiense foi como terem enfiado arroz com pequi goela abaixo, enquanto eu esperava uma bela feijoada.

Aliás, a derrota foi um dos resultados menos esperados do Brasileirão. Soberba? Não, não acredito nisso. O time jogou mal contra a Portuguesa e conquistamos a vitória. Não por sorte, mas por estarmos espertos para aproveitar as oportunidades que surgiram. A tal feijoada que eu queria também era esperada pela torcida tricolor que apareceu em peso no Raulino e que, apesar do início de vaia no intervalo, apoiou o tempo todo, inclusive durante os 20 minutos de atraso por problemas com a iluminação, diga-se de passagem.

A luz voltou, mas o Fluminense entrou no escuro, sem conseguir enxergar o que acontecia em campo. O time jogou como se estivesse nos cinco minutos finais e vencendo por quatro a zero, pronto pra ir para casa.

É claro que é normal o time ter altos e baixos no seu futebol, mas para falta de concentração e atenção não há desculpas. Aí aparecem os corneteiros aproveitadores pra xingar o Abel enquanto a culpa, ao menos dessa vez, foi dos jogadores. Ele fez o que pôde e escalou um Flu ofensivo que, infelizmente, não funcionou. O primeiro gol do Atlético foi um “prêmio” à nossa falta de interesse e uma bola forte daquela nenhum goleiro pegaria. O segundo foi um típico gol Mandrake, pois nem eu, nem você e nem a mãe do tal do Reniê esperava que a bola entrasse. Veio como um soco na boca do estômago, quando todos nós só esperávamos acabar o primeiro tempo para colocar ordem na casa.

Com a substituição dos – a meu ver – três piores em campo (Samuel, Carlinhos e Sóbis), o time ganhou em vontade, mas não em organização. Gostei do gol do Michael, que chutou certinho a bola pra dentro (outro teria chutado ela pra lua) e da falta bem treinada batida pelo Jean. Pena que não entrou, mas foi escanteio que o juizão não quis dar. No fim não conseguimos transformar a pressão em mais gols, mesmo porque foi uma pressão bem meia-bomba.

Ao lanterna restou segurar o jogo, como fez, com cera, com jogador caindo e tudo isso que a gente já conhece. Não adiantou a torcida esbravejar, era óbvio que eles iriam levar assim até o fim, como fizeram. Fomos cozidos por 45 minutos, mais tempo que se leva pra fazer um arroz com pequi.

Ô moço, posso mudar meu prato?

ST!

Nos acréscimos:

– Secadores ligados! Rezemos todos por uma iluminação divina para o Araújo! Que os mineiros fiquem aflitos!

– Wallace não jogou bem, mas ainda merece a vaga do Bruno.

– Por que Thiago Neves não bate mais escanteios e faltas para dentro da área? A única que bateu foi direta para o gol e ficou na barreira. Tem coisa aí. Será que volta melhor da Seleção?

– Uma semana para treinar bem e ter Deco de volta contra o mesmo Náutico pelo qual torceremos neste domingo.

– Tenhamos calma. O tetra continua a caminho.

Rodrigo César – o Rods

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

2 Comments

  1. Hehehehe… eu como bom brasiliense, sei bem como vocês gostam, por isso me limitei a dizer que eu odeio e não que era ruim. Como vc disse, causa reações e acabou causando em todo mundo na tabela.

    O Araújo não colaborou muito, mas continuamos líderes!

  2. Rods, como bom goiano, gosto de arroz com pequi. É uma comida forte e causa reaçōes. Tal qual esse prato, fiquei o domingo lembrando do jogo.

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