América-MG 0 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

CAVALO DE PAU

Amigos, amigas, o Fluminense é uma coisa estranha. Temos vivido situações diferentes a cada jogo. E temos nos saído mal em muitas delas, caso dos dois últimos jogos. O América, no jogo desta quarta, deu uma lição de como se comportar quando com um jogador a menos desde os 13 minutos da primeira etapa. Trancou a sua área com duas linhas de quatro, amarrou o jogo do Fluminense e buscou contragolpes em velocidade quando possível. Acabou tendo as melhores oportunidades de gol enquanto nós batíamos monotonamente em suas muralhas defensivas, quase sem causar danos ou perplexidade às suas posições.

Talvez tenha faltado humildade ao Fluminense para fazer o mesmo contra o Atlético-GO, na partida anterior, quando perdemos um jogador, também expulso, aos 20 minutos do primeiro tempo, mas isso é só parte da história. Perdemos um jogador por uma falha que denuncia um erro na forma como o time foi escalado frente a proposta de jogo.

Não temos mais tempo a perder. É preciso dar um cavalo de pau. Cabe a Diniz fazer isso. Suas escalações não correspondem às suas ideias, e isso tem que mudar para que o trabalho não se perca.

Ninguém quer exigir que o Fluminense, com menos de dois meses com o novo comando, tenha respostas perfeitas a todas as situações de jogo. Isso seria uma insanidade, ainda mais quando trocamos um treinador bossa nova por um rock´n roll, ainda mais sem pré-temporada. Mas é legítimo exigir que as escalações façam sentido.

Diniz pode testar até o Marcos Felipe na lateral-esquerda, embora eu ache que ele deveria ser o nosso goleiro titular, mas, tirando isso, temos opções melhores, técnicas e táticas, do que o que vem sendo adotado, apesar do inusitado passeio no Atlético-MG há mais de uma semana, que se perdeu nos desvarios das últimas atuações.

Eu espero que isso aconteça a partir do duelo com o Avaí no Maracanã no próximo domingo. Não é possível que o Fluminense se sujeite a jogar fora o que resta da temporada por escolhas duvidosas. Precisamos pelo menos tentar ser a melhor versão de nós mesmos. O que não será possível com peças como Wellington, Felipe Melo, Cris da Moldávia, Caio Paulista e William Bigode, se é que é para dar nome aos bois.

Nosso goleiro titular, faça Fábio o que fizer, é Marcos Felipe, por méritos, por ter sido o jogador mais importante da última temporada.

É isso ou vamos acabar repetindo as últimas temporadas, obtendo resultados abaixo do que poderíamos.

Isso explica o jogo no Independência? Não, não explica, mas explica o que fizemos no Brasileiro até agora, que é o campeonato que deveríamos estar pensando em ganhar. Se não temos as credenciais para isso, que pelo menos estivéssemos tentando fazer o melhor.

Saudações Tricolores!

2 Comments

  1. Fernando Diniz é um treinador que já mostrou ser incapaz de dar consistência e regularidade as equipes que treina. Infelizmente é “paparicado” e tratado como “inovador” quando é de fato, tão fraco quanto o elenco do qual dispõe.

  2. Não gostei do Martins, do L. Henrique, do Kenedy, do Jesus, do Nonato, do Caio. A falta de Árias e André foi desastrosa como a falta de Ganso em outros jogos. Nessa situação e contra times “pequenos” optaria por Martineli no lugar do Árias e na composição do meio-campo.

    Poderia ter entrado com: M. Felipe(explicando ao Fábio que tem que dar rodagem ao substituto), Xavier, Manoel, Lucas Claro e Pineida, Yago, Nonato, Martineli, Ganso, L. Henrique e Cano.

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