Ah, a imprensa! (por Marcelo Vivone)

Nelson Rodrigues

É realmente caso de psicanalista (ou de polícia) a cisma de grande parte da imprensa esportiva com o Fluminense.

Desde dezembro, quando a Unimed unilateralmente decidiu pela não renovação do contrato com o Fluminense, as redações estão ávidas, babando por decretar o fim do Fluminense. O rancor, a inveja, o ódio encubado nesses 15 anos da mais duradoura parceira entre uma empresa privada e um clube de futebol, vieram à tona de uma só vez.

Fico imaginando o que seria escrito se esse longo patrocínio fosse feito com uma empresa pública. Mas, nesse caso, como não é o Fluminense e sim o queridinho das redações, não se toca no assunto. Tudo normal.

Nesses poucos mais de 30 dias, já falimos, voltamos à série C, ficamos sem jogadores, perdemos Conca (para pelo menos quatro clubes) e por aí vai.

Foram concedidos amplos espaços na mídia para desafetos do atual presidente e, principalmente, para o presidente do plano de saúde, antigo patrocinador do clube.

Apesar de patético e até aviltante, todo esse contexto pode até ser considerado normal, visto que o Fluminense é o desafeto dos grandes meios de comunicação. Basta voltarmos a um passado muito recente e ver o que foi feito com o nosso clube por essa mesma corja no caso “Flamenguesa”.

O que me espanta é acompanhar, principalmente nas redes sociais, o comportamento dos torcedores do Fluminense. Parece-me que por mais que a imprensa se comporte de forma suja e infame, nossos torcedores ainda não aprenderam que 90% do que é dito e escrito pode ser desconsiderado.

O torcedor do Fluminense precisa ter um mínimo de discernimento.

Quanta falta fazem Nelson Rodrigues, João Saldanha, Luiz Mendes e tantos outros craques do passado.

Patrocínio

Foi noticiado ontem que o Fluminense está fechando contrato para o espaço das mangas com o curso de inglês Fisk. Se não me engano, ainda existe mais um ou dois contratos a serem firmados para 2015. Essas notícias são muito boas.

Em relação ao Viton 44 tenho visto muita reclamação sobre dois aspectos: o primeiro, relativo ao nível do patrocinador em si; o segundo, por conta da aplicação da marca na camisa do clube.

Concordo com o pessoal que reclama que a aplicação da marcar na camisa está feia, horrorosa. Não sou da área e sequer tenho como debater esse item tecnicamente com o pessoal da área. Mas, como leigo, acho que a aplicação atual está muito ruim e espero que seja revista. Já vi até algumas sugestões nas redes sociais muito melhores que a atual (o que não é difícil).

A outra questão é em relação ao patrocinador. Nesse ponto discordo veementemente das críticas que tenho lido. Evidente que gostaria muito de ver estampados em nossa camisa as marcas da Apple, da Microsoft, da Fly Emirades e de empresas desse porte. Mas, infelizmente, essas companhias não têm interesse em colocar seus nomes na nossa camisa.

Sendo assim, se é o guaraná o que tem pra hoje, que assim seja. Eu quero mesmo é que o clube tenha dinheiro para montar times que disputem e ganhem os campeonatos dos quais participar.

Horroroso para mim é ter visto vestindo a nossa centenária camisa jogadores do quilate dos que passaram nas Laranjeiras nos anos 90, a época do bom, bonito e barato.

Desde que o dinheiro entre nos cofres do clube de forma legal, que ele venha da empresa que for. Pode ser até do João das couves, que tem uma quitandinha na esquina da rua da minha residência.

Eu quero é encher cada vez mais a nossa linda sala de troféus.

Panorama Tricolor

@Panoramatri @Mvivone

Imagem: nelsonrodrigues.com.br

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1 Comments

  1. Cabe ao Fluminense tomar atitudes drásticas contra essa corja que é a imprensa esportiva brasileira. Seguir o exemplo do Sporting de Portugal, que, praticamente, rompeu relações com os órgãos de imprensa daquele país por conta das mentiras veiculadas sobre o clube.

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