Tenho que confessar que sou um torcedor deveras apaixonado pelo Fluminense e que, como sabemos, normalmente, a paixão nos cega. Quantas vezes fizemos loucuras por alguém que não merecia uma gotinha de suor de nossas vidas? O nome disso é paixão! Na paixão não enxergamos os defeitos. Só olhamos as virtudes e as coisas boas do objeto da paixão.

Além de ser um apaixonado, tenho um grande defeito, sou exagerado em tudo que faço. Se amo, amo muito. Se odeio, odeio demais. Um copo de cerveja pra mim não me basta, bem como a vida terrena é pouco pra mim. Necessito da eternidade!

E se você é um apaixonado e exagerado em tudo que faz, a razão normalmente tende a ficar escondida e é deixada de lado. Sei disso. Entre muitos defeitos, tenho algumas qualidades e uma delas é a autocrítica. Alguns “amigos da onça” gostam de me taxar de maluco, bipolar ou algo que valha. Não me importo. Como diria Machado de Assis, “aos vencedores, as batatas”.

Dito isto, creio que nunca direi algo tão lúcido e tão racional como direi agora: o tetracampeonato brasileiro do Fluminense está chegando.

Sempre tive uma fé inabalável neste título. Muito por acreditar no trabalho do Abel, e também por ver neste grupo do Fluminense qualidades demais para a conquista. Mas tudo era uma questão de fé, sem comprovações científicas. Ao longo do campeonato, outra fator foi aumentando a minha crença na conquista: este grupo é cascudo demais. Não se abala diante das adversidades. Enfrenta-as de peito aberto, cabeça erguida e quando não dá na técnica, arranca a vitória no peito e na raça.

Outro fator que sustenta a minha tese é o elenco. Entra jogador e sai jogador e o time não sente. Joga da mesma forma, procurando a vitória.

Estamos batendo o recorde de pontos na era dos pontos corridos. Somos o melhor ataque e a melhor defesa. Temos o artilheiro do campeonato. Números cabais!

Mas, se alguém ainda duvida do título, quarta, tivemos a prova definitiva de que o caminho para a conquista do tetra está pavimentado. Jogamos mal em boa parte do tempo. Fomos constantemente atacados pelo adversário. Passamos sufoco. Nossos ataques não aconteciam, nosso meio não fazia o jogo fluir. Mas, mesmo assim, vencemos! Isso é um sinal! Uma mensagem subliminar!

O que pega hoje é a cola do Atlético/MG que insiste em não nos deixar em paz. Mas uma hora eles irão fraquejar e avançaremos mais ainda na dianteira. E nesta hora estaremos preparados para o sprint final rumo à conquista!

Tricolor, não há mais espaço para dúvidas ou cornetagem.

Seu lugar é no estádio. Seu pensamento tem de ser positivo. Seu espírito deve ser de apoio e sua fé no título tem que ser igual a minha: inabálavel!

Creiam, o tetra está chegando!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: Lancenet

Contato: Vitor Franklin